segunda-feira, fevereiro 28, 2005
P. Lino vence CINANIMA + presença FANTASPORTO
As maiores felicitações ao Pedro Lino, ex-aluno do Dep, Design.
Venceu no CINANIMA 2004 e vai estar presente no FANTASPORTO 2005,
com a sua "Menina Gorda".
Parabéns para ti Pedro e continua a "tocar o barco prá frente"
Adriano Rangel
------------------------------------------------
FANTASPORTO 2005 www.fantasporto.com
PANORAMA DO CINEMA PORTUGUÊS 1
Quinta-Feira 03/03
17.15
Filmzoide – Fabíola Valença
5 cm para a Morte – Claudia Bandeira
Miss Fullmoon – César Martins
Aguenta Rapaz – Manuel Vilarinho
Quem é Ricardo –José Barahona
Malfunction -João Soares
A Menina Gorda – Pedro Lino
(Vencedor "Jovem Cineasta Português" CINANIMA 2004)
Um Olhar Sobre Esmoriz - Diogo Vaz
Incógnito - Nuno Jardim
Venceu no CINANIMA 2004 e vai estar presente no FANTASPORTO 2005,
com a sua "Menina Gorda".
Parabéns para ti Pedro e continua a "tocar o barco prá frente"
Adriano Rangel
------------------------------------------------
FANTASPORTO 2005 www.fantasporto.com
PANORAMA DO CINEMA PORTUGUÊS 1
Quinta-Feira 03/03
17.15
Filmzoide – Fabíola Valença
5 cm para a Morte – Claudia Bandeira
Miss Fullmoon – César Martins
Aguenta Rapaz – Manuel Vilarinho
Quem é Ricardo –José Barahona
Malfunction -João Soares
A Menina Gorda – Pedro Lino
(Vencedor "Jovem Cineasta Português" CINANIMA 2004)
Um Olhar Sobre Esmoriz - Diogo Vaz
Incógnito - Nuno Jardim
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
Aquario > Catia Rodrigues inaugura novo espaço
O Aquário agora como novo espaço de exposição de Fotografia
01 Março > 07 Março: Cátia Rodrigues
08 Março > 18 Março: Grupo Bárbara/Bruno/Sofia
Para a semana haverá mais informação (AR)
01 Março > 07 Março: Cátia Rodrigues
08 Março > 18 Março: Grupo Bárbara/Bruno/Sofia
Para a semana haverá mais informação (AR)
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
Sessão de cinema - sexta, 09h30, sala 100
Porque a Aula Magna se encontrava já reservada para um forum do 4º ano, a projecção do filme "O Anjo Exterminador", de Luis Buñuel, realizar-se-á na sala 100 (anfiteatro do Pavilhão de Design, R/C), sexta 25, às 9h30 da manhã. Todos são bem-vindos.
Projecto pessoal - versao 2
Pedro Sá
O projecto é composto por dois grandes momentos, a que correspondem dois temas principais que iram integrar um objecto final, quer como tema, quer como forma. O primeiro é todo um processo de criação de imagens: a fotografia como base na construção de novas realidades, novas imagens. O segundo, a hipernarrativa presente na construção e forma de estruturação do objecto final bem como tema em si.
O projecto terá como ponto de partida dois trabalhos realizados no 4º ano de fotografia. Estes projectos, mais do que a representação fotográfica de uma qualquer realidade, visam um principio de criação. A criação de novas imagens. Realidades inexistentes num mundo real, não representando nenhum lugar geográfico específico. A sua realidade e existência palpável apenas o são na presença física do suporte impresso ou do monitor. Criação de ficção com base na realidade.
Para uma compreensão e contextualização destes dois trabalhos que estarão na base deste projecto, farei uma sumária descrição dos mesmos:
No primeiro, o processo de criação inicia-se a partir de uma fotografia digital. Com base no seu elemento indivisível: o ponto de cor “pixel”, é retirada à fotografia uma tira horizontal com a largura mínima desse elemento. É esta a matéria para a construção da nova imagem. Este pequeno elemento horizontal é justaposto lado a lado milhões de vezes e criará a nova imagem. O resultado é a criação de uma série de paisagens, que partem de uma ínfima parte do real, ou pelo menos de uma representação do real, para construir algo novo. Esta nova realidade que não existia até então, já estava de certa forma contida no original, criando aqui uma situação paradoxal de algo que não é realidade mas está nela contido.
O outro projecto tem em comum com o primeiro a criação de novos espaços. Espaços não reais, incorpóreos, com existência apenas na imagem. Esta ficção de um espaço real parte também de uma fotografia. Uma porção do original será o ponto de partida, e a utilização a simples recursos como a inversão, espelho e rotação da imagem, são os princípios da criação deste novo espaço que pretende afastar-se da fotografia inicial e de qualquer significação desta, sendo agora uma nova realidade.
Por desejo de organização pessoal e aproveitamento do período destinado à elaboração deste projecto, e uma vez já defenida a tipificação do mesmo, criei uma metodologia processual que define um planeamento e organização do trabalho que assenta em três momentos principais:
1 – Com base nos trabalhos de criação de imagens já realizados irei procurar e testar novas possibilidades.
Este momento inicial é assumidamente práctico, procurando produzir aqui o maior número de resultados. De entre estes resultados estará a matéria para a construção do projecto.
2 – Perante os resultados obtidos na primeira fase, este segundo momento será caracterizado por uma análise e avaliação desses resultados, considerando a sua pertinência tendo em conta a articulação destes resultados na fase final do projecto, e a qualidade que cada um possa ter ou não.
Este momento de análise do trabalho desenvolvido no primeiro ponto será combinado com a procura e pesquisa de referências numa “análise de realidades exteriores” que lhe sejam próximas, investigando-as, para criar uma melhor compreensão do sentido deste projecto, e em último, da importância da imagética no discurso e na práctica do designer.
3 – Num momento final, perante uma série de resultados criados e devidamente analisados nas anteriores fases, será criado um objecto final que irá conter esses mesmos resultados. Este não será um simples “catálogo” dos trabalhos realizados, mas sim o trabalho em si. É a criação de um objecto potenciador da compreensão do processo de criação das imagens, e da fruição das mesmas.
O objectivo final do projecto é a construção deste objecto. Estruturado como hipernarrativa, segundo uma dinâmica de associações, conexões, ligações entre os múltiplos elementos que a compõem, terá a sua existência em suporte digital. É um objecto gráfico sustentado por uma formação em rede, dando ao utilizador a possibilidade de uma interacção com os conteúdos.
Pretendo assim a criação de um objecto que potencialize a discussão do processo de produção de conhecimento, entendido no sentido de “uma nova visão do mundo, compatível com a abordagem da complexidade.”
Fev.2005
O projecto é composto por dois grandes momentos, a que correspondem dois temas principais que iram integrar um objecto final, quer como tema, quer como forma. O primeiro é todo um processo de criação de imagens: a fotografia como base na construção de novas realidades, novas imagens. O segundo, a hipernarrativa presente na construção e forma de estruturação do objecto final bem como tema em si.
O projecto terá como ponto de partida dois trabalhos realizados no 4º ano de fotografia. Estes projectos, mais do que a representação fotográfica de uma qualquer realidade, visam um principio de criação. A criação de novas imagens. Realidades inexistentes num mundo real, não representando nenhum lugar geográfico específico. A sua realidade e existência palpável apenas o são na presença física do suporte impresso ou do monitor. Criação de ficção com base na realidade.
Para uma compreensão e contextualização destes dois trabalhos que estarão na base deste projecto, farei uma sumária descrição dos mesmos:
No primeiro, o processo de criação inicia-se a partir de uma fotografia digital. Com base no seu elemento indivisível: o ponto de cor “pixel”, é retirada à fotografia uma tira horizontal com a largura mínima desse elemento. É esta a matéria para a construção da nova imagem. Este pequeno elemento horizontal é justaposto lado a lado milhões de vezes e criará a nova imagem. O resultado é a criação de uma série de paisagens, que partem de uma ínfima parte do real, ou pelo menos de uma representação do real, para construir algo novo. Esta nova realidade que não existia até então, já estava de certa forma contida no original, criando aqui uma situação paradoxal de algo que não é realidade mas está nela contido.
O outro projecto tem em comum com o primeiro a criação de novos espaços. Espaços não reais, incorpóreos, com existência apenas na imagem. Esta ficção de um espaço real parte também de uma fotografia. Uma porção do original será o ponto de partida, e a utilização a simples recursos como a inversão, espelho e rotação da imagem, são os princípios da criação deste novo espaço que pretende afastar-se da fotografia inicial e de qualquer significação desta, sendo agora uma nova realidade.
Por desejo de organização pessoal e aproveitamento do período destinado à elaboração deste projecto, e uma vez já defenida a tipificação do mesmo, criei uma metodologia processual que define um planeamento e organização do trabalho que assenta em três momentos principais:
1 – Com base nos trabalhos de criação de imagens já realizados irei procurar e testar novas possibilidades.
Este momento inicial é assumidamente práctico, procurando produzir aqui o maior número de resultados. De entre estes resultados estará a matéria para a construção do projecto.
2 – Perante os resultados obtidos na primeira fase, este segundo momento será caracterizado por uma análise e avaliação desses resultados, considerando a sua pertinência tendo em conta a articulação destes resultados na fase final do projecto, e a qualidade que cada um possa ter ou não.
Este momento de análise do trabalho desenvolvido no primeiro ponto será combinado com a procura e pesquisa de referências numa “análise de realidades exteriores” que lhe sejam próximas, investigando-as, para criar uma melhor compreensão do sentido deste projecto, e em último, da importância da imagética no discurso e na práctica do designer.
3 – Num momento final, perante uma série de resultados criados e devidamente analisados nas anteriores fases, será criado um objecto final que irá conter esses mesmos resultados. Este não será um simples “catálogo” dos trabalhos realizados, mas sim o trabalho em si. É a criação de um objecto potenciador da compreensão do processo de criação das imagens, e da fruição das mesmas.
O objectivo final do projecto é a construção deste objecto. Estruturado como hipernarrativa, segundo uma dinâmica de associações, conexões, ligações entre os múltiplos elementos que a compõem, terá a sua existência em suporte digital. É um objecto gráfico sustentado por uma formação em rede, dando ao utilizador a possibilidade de uma interacção com os conteúdos.
Pretendo assim a criação de um objecto que potencialize a discussão do processo de produção de conhecimento, entendido no sentido de “uma nova visão do mundo, compatível com a abordagem da complexidade.”
Fev.2005
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
Um convite para projectos de colaboração
Caros colegas do 5º ano de Design,
Preciso da vossa colaboração!
A finalidade do meu projecto é criar versões pessoais, minhas, de projectos alheios.
O meu projecto, a desenvolver até ao final do ano, tem por objectivo interpretar a complexa, rica e variada actividade da nossa psique consciente, e reconhecer também as “mensagens” e os “símbolos” que o nosso inconsciente nos transmite. O projecto baseia-se na compreensão, valorização e interpretação de como vemos e falamos. Deste modo, para além da justificação racional e planificadora, terei em conta o mundo das emoções, o qual costuma agir de uma forma bem mais espontânea.
Preciso da vossa colaboração, porque pretendo dar uma visão pessoal, e re-interpretar também, não só o meu trabalho, mas também trabalhos alheios. Tinha todo o interesse que esses trabalhos fossem dos meus colegas de turma.
Os trabalhos devem assim ser da vossa autoria e identificados. Podem ser texto, imagens, texto e imagens, vídeo, fotografia, audio, etc. etc. ...
Aguardo pedidos de esclarecimento e voluntários generosos e corajosos.
Cátia Rodrigues
cat_sor@hotmail.com
cat_sor@portugalmail.com
Preciso da vossa colaboração!
A finalidade do meu projecto é criar versões pessoais, minhas, de projectos alheios.
O meu projecto, a desenvolver até ao final do ano, tem por objectivo interpretar a complexa, rica e variada actividade da nossa psique consciente, e reconhecer também as “mensagens” e os “símbolos” que o nosso inconsciente nos transmite. O projecto baseia-se na compreensão, valorização e interpretação de como vemos e falamos. Deste modo, para além da justificação racional e planificadora, terei em conta o mundo das emoções, o qual costuma agir de uma forma bem mais espontânea.
Preciso da vossa colaboração, porque pretendo dar uma visão pessoal, e re-interpretar também, não só o meu trabalho, mas também trabalhos alheios. Tinha todo o interesse que esses trabalhos fossem dos meus colegas de turma.
Os trabalhos devem assim ser da vossa autoria e identificados. Podem ser texto, imagens, texto e imagens, vídeo, fotografia, audio, etc. etc. ...
Aguardo pedidos de esclarecimento e voluntários generosos e corajosos.
Cátia Rodrigues
cat_sor@hotmail.com
cat_sor@portugalmail.com
terça-feira, fevereiro 22, 2005
Sessão de Cinema - O Anjo Exterminador - 25 Fev, 9h30
As boas notícias:
Para os que na última sessão votaram em Buñuel, e naturalmente para quem quiser assistir, o clássico filme "O Anjo Exterminador" será (finalmente) projectado na íntegra (e novamente, pela terceira vez, contextualizado).
As não-tão-boas notícias:
A sessão terá início às 9h30 da manhã, devido à coincidência de eventos com o forum do quarto ano. Por favor sejam pontuais.
As não-notícias:
Ainda está por confirmar se podemos projectar o filme na Aula Magna. Logo que esteja definido onde veremos o filme, isso será aqui comunicado.
Para os que na última sessão votaram em Buñuel, e naturalmente para quem quiser assistir, o clássico filme "O Anjo Exterminador" será (finalmente) projectado na íntegra (e novamente, pela terceira vez, contextualizado).
As não-tão-boas notícias:
A sessão terá início às 9h30 da manhã, devido à coincidência de eventos com o forum do quarto ano. Por favor sejam pontuais.
As não-notícias:
Ainda está por confirmar se podemos projectar o filme na Aula Magna. Logo que esteja definido onde veremos o filme, isso será aqui comunicado.
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
Amanhã, dia 22, 3ª feira pelas 9h30, no Aquário
Amanhã, dia 22, 3ª feira pelas 9h30, no Aquário, vai haver uma importante sessão de trabalho para os alunos com projectos inscritos na área de NARRATIVAS VISUAIS. Não Faltem por favor!
O coordenador de projectos NV, Adriano Rangel
O coordenador de projectos NV, Adriano Rangel
Viagens mentais a Tóquio: 22 Fev, 10h30, aula magna
Marta Baptista fala sobre a sua recente participação no Asia-Europe Art Camp em Tóquio.
22 de Fevereiro
Terça-Feira
10h30
Aula Magna
todos são bem-vindos
22 de Fevereiro
Terça-Feira
10h30
Aula Magna
todos são bem-vindos
quarta-feira, fevereiro 16, 2005
Exposiçoes permanentes no novo Aquario
Recontextualização do espaço da Fotografia
Nestes dois últimos anos lectivos os docentes de fotografia Adriano Rangel, José Carneiro e Susana L. Marques têm empreendido um esforço no sentido de recontextualizar o espaço, os recursos e os métodos de utilização da área de fotografia. Principalmente as alunas e os alunos das disciplinas de fotografia bem como todos os outros sabem como as medidas e alterações propostas valem no sentido de as mesmas valorizarem a dimensão formal e estrutural das imagens ali produzidas.
Essa recontextualização organiza-se agora em novos pressupostos técnicos e estéticos com forte incidência nas obras dos alunos como autores.
Assim, anunciamos que a partir do dia 28 de de Fevereiro, as alunas e alunos vão dispôr de um espaço de exposições permanentes. Rotativas quanto à organização e utilização pelos alunos dos respectivos docentes dessa área. As mesmas terão lugar num expaço então reconvertido na antecâmara do agora denominado "estúdio de fotografia (aquário)"
Cada um dos três docentes irá então comissariar exposições com períodos aproximados de três semanas, assim distribuidas:
ADRIANO RANGEL > 3 semanas
28 Fevereiro -> 04 Março
07 Março > 11 Março
14 Março > 18 Março
SUSANA LOURENÇO MARQUES > 3 semanas
04 abril > 08 Abril
11 Abril > 15 Abril
18 Abril > 22 Abril
JOSÉ CARNEIRO > 3 semanas
26 Abril > 29 Abril
02 Maio > 06 Maio
09 Maio > 13 Maio
ADRIANO RANGEL > 3 semanas
16 Maio > 20 Maio
23 Maio > 27 Maio
30 Maio > 03 Junho
SUSANA LOURENÇO MARQUES > 3 semanas
06 Junho > 10 Junho
13 Junho > 17 Junho
20 Junho > 24 Junho
JOSÉ CARNEIRO > 3 semanas
27 Junho > até ao fim das aulas
Os docentes de fotografia I e II
e tecnologia de fotografia I e II
FBAUP, 17 de Fevreiro de 2005
Nestes dois últimos anos lectivos os docentes de fotografia Adriano Rangel, José Carneiro e Susana L. Marques têm empreendido um esforço no sentido de recontextualizar o espaço, os recursos e os métodos de utilização da área de fotografia. Principalmente as alunas e os alunos das disciplinas de fotografia bem como todos os outros sabem como as medidas e alterações propostas valem no sentido de as mesmas valorizarem a dimensão formal e estrutural das imagens ali produzidas.
Essa recontextualização organiza-se agora em novos pressupostos técnicos e estéticos com forte incidência nas obras dos alunos como autores.
Assim, anunciamos que a partir do dia 28 de de Fevereiro, as alunas e alunos vão dispôr de um espaço de exposições permanentes. Rotativas quanto à organização e utilização pelos alunos dos respectivos docentes dessa área. As mesmas terão lugar num expaço então reconvertido na antecâmara do agora denominado "estúdio de fotografia (aquário)"
Cada um dos três docentes irá então comissariar exposições com períodos aproximados de três semanas, assim distribuidas:
ADRIANO RANGEL > 3 semanas
28 Fevereiro -> 04 Março
07 Março > 11 Março
14 Março > 18 Março
SUSANA LOURENÇO MARQUES > 3 semanas
04 abril > 08 Abril
11 Abril > 15 Abril
18 Abril > 22 Abril
JOSÉ CARNEIRO > 3 semanas
26 Abril > 29 Abril
02 Maio > 06 Maio
09 Maio > 13 Maio
ADRIANO RANGEL > 3 semanas
16 Maio > 20 Maio
23 Maio > 27 Maio
30 Maio > 03 Junho
SUSANA LOURENÇO MARQUES > 3 semanas
06 Junho > 10 Junho
13 Junho > 17 Junho
20 Junho > 24 Junho
JOSÉ CARNEIRO > 3 semanas
27 Junho > até ao fim das aulas
Os docentes de fotografia I e II
e tecnologia de fotografia I e II
FBAUP, 17 de Fevreiro de 2005
Grande Prémio Fotografia INESC Porto 2005
Parceria: FBAUP + INESC Porto
Início previsto: Março 2005
Duração: 2/3 meses
Prémios de aquisição das obras
Selecção: portfolio produzido no INESC
--------------------------------
Pré-inscritos:
Adelina Sofia Leal AR
Ana Cláudia Araújo, VA
Ana Isabel Brandão:VA
Ana Rita Coelho: VA
Bárbara Castelo Branco: AR
Bruno Oliveira: AR
Cátia Rodrigues: HA
Celeste Pedro: HA
Cláudia da Silva da Silva: EA
Daniela Maria Barbosa: AR
Daniela Graça Rocha:VM
Dária Salgado: VM
Hugo Brás: EA
Joana Araújo Campos: AR
Joana Martins: BG
João Eugénio Pereira: EA
Jorge Barreto: EA
José Duarte: BG
Lígia Costa: AR
Luciana Marques: AR
Manuela Silva: VA
Micaela Amaral: VM
Pedro Sá Teixeira:
Rui Silva: HA
Sara Rodrigues: EA
Selma Flor: AR
Sérgio Miguel Januário: HA
Sílvia Santos: VA
Susana Almeida:
Susana Pimentel Pereira
Thierry Lambert Bapfakurera: HA
Vitorino Santos: HA
Início previsto: Março 2005
Duração: 2/3 meses
Prémios de aquisição das obras
Selecção: portfolio produzido no INESC
--------------------------------
Pré-inscritos:
Adelina Sofia Leal AR
Ana Cláudia Araújo, VA
Ana Isabel Brandão:VA
Ana Rita Coelho: VA
Bárbara Castelo Branco: AR
Bruno Oliveira: AR
Cátia Rodrigues: HA
Celeste Pedro: HA
Cláudia da Silva da Silva: EA
Daniela Maria Barbosa: AR
Daniela Graça Rocha:VM
Dária Salgado: VM
Hugo Brás: EA
Joana Araújo Campos: AR
Joana Martins: BG
João Eugénio Pereira: EA
Jorge Barreto: EA
José Duarte: BG
Lígia Costa: AR
Luciana Marques: AR
Manuela Silva: VA
Micaela Amaral: VM
Pedro Sá Teixeira:
Rui Silva: HA
Sara Rodrigues: EA
Selma Flor: AR
Sérgio Miguel Januário: HA
Sílvia Santos: VA
Susana Almeida:
Susana Pimentel Pereira
Thierry Lambert Bapfakurera: HA
Vitorino Santos: HA
terça-feira, fevereiro 15, 2005
Ranking View das imagens no Blog
recolha Adriano Rangel
!5.02.2005
#1: artesdotempo
• 16 views
#2: 1ªmutação
• 15 views
#3: TA04
Terra da Abundância - Win Wenders
• 12 views
#4: isabelflores
Encontros da Imagem em Braga
• 12 views
#5: rapaziada
• 11 views
#6: blog
• 11 views
#7: Anonyme 1956
• 11 views
#8: Angus Boulton
• 10 views
#9: VULTOgif
• 10 views
#10: Fotografia II
• 10 views
#11: MassiveChange_02
• 9 views
#12: matilde1
• 9 views
#13: Elinor Carucci
• 9 views
#14: coleoptero
• 8 views
#15: Cartaz
• 8 views
#16: belaxmonstro
• 8 views
#17: joana campos imag
• 8 views
#18: Deller-Bats-1
• 8 views
#19: Robert Asman
• 8 views
#20: Bill Brandt
• 7 views
!5.02.2005
#1: artesdotempo
• 16 views
#2: 1ªmutação
• 15 views
#3: TA04
Terra da Abundância - Win Wenders
• 12 views
#4: isabelflores
Encontros da Imagem em Braga
• 12 views
#5: rapaziada
• 11 views
#6: blog
• 11 views
#7: Anonyme 1956
• 11 views
#8: Angus Boulton
• 10 views
#9: VULTOgif
• 10 views
#10: Fotografia II
• 10 views
#11: MassiveChange_02
• 9 views
#12: matilde1
• 9 views
#13: Elinor Carucci
• 9 views
#14: coleoptero
• 8 views
#15: Cartaz
• 8 views
#16: belaxmonstro
• 8 views
#17: joana campos imag
• 8 views
#18: Deller-Bats-1
• 8 views
#19: Robert Asman
• 8 views
#20: Bill Brandt
• 7 views
formação InDesign
Comunico a todos os interessados que as sessões de formação em ferramentas digitais continuam a ser facultadas no seguimento do que já se tem feito. As sessões são abertas a todos às Sexta-feiras das 14:00 às 17:00 na sala 402 conforme as informações que se seguem.
---
Introdução ao Adobe InDesign
INTRODUÇÃO
Apresentação do software
A área de trabalho
EDIÇÃO
A navegação
As Layers
As Paletas e os Menus
Criar e editar um documento novo
As Masters - criar e modificar
As Frames - imagens, texto e objectos
Importar e linkar gráficos e imagens
Gráficos vectoriais e Máscaras
Criar e aplicar cores e transparências
Criar, editar e formatar texto
CRIAÇÃO
Criação da um projecto
Sessão 01
Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2005, 14h00 - 17h00 Sala 402
8 INSCRIÇÕES*
(min. 2)
Sessão 02
Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2005, 14h00 - 17h00 Sala 402
8 INSCRIÇÕES*
(min. 2)
Cada sessão será dividida em 2 partes de cerca de 1h30m, sendo a primeira introdução/apresentação e a segunda exercícios/truques. Cada sessão é independente e vai ser dada numa sessão única. No entanto dada a natureza curta das sessões aconselha-se a frequência das duas para uma melhor compreensão.
INSCRIÇÕES NA SALA 306
* Inscrições sujeitas ao número de computadores disponíveis.
Próxima formação:
Macromedia Dreamweaver
(Data prevista 04 e 11 de Março 2005)
---
Pedro Amado
Técnico de Design
---
Introdução ao Adobe InDesign
INTRODUÇÃO
Apresentação do software
A área de trabalho
EDIÇÃO
A navegação
As Layers
As Paletas e os Menus
Criar e editar um documento novo
As Masters - criar e modificar
As Frames - imagens, texto e objectos
Importar e linkar gráficos e imagens
Gráficos vectoriais e Máscaras
Criar e aplicar cores e transparências
Criar, editar e formatar texto
CRIAÇÃO
Criação da um projecto
Sessão 01
Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2005, 14h00 - 17h00 Sala 402
8 INSCRIÇÕES*
(min. 2)
Sessão 02
Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2005, 14h00 - 17h00 Sala 402
8 INSCRIÇÕES*
(min. 2)
Cada sessão será dividida em 2 partes de cerca de 1h30m, sendo a primeira introdução/apresentação e a segunda exercícios/truques. Cada sessão é independente e vai ser dada numa sessão única. No entanto dada a natureza curta das sessões aconselha-se a frequência das duas para uma melhor compreensão.
INSCRIÇÕES NA SALA 306
* Inscrições sujeitas ao número de computadores disponíveis.
Próxima formação:
Macromedia Dreamweaver
(Data prevista 04 e 11 de Março 2005)
---
Pedro Amado
Técnico de Design
sábado, fevereiro 12, 2005
Documento orientaçao - segundo semestre
Os docentes do quinto ano / departamento de design
Foruns mensais
Para pontos da situação e apresentação/apreciação
do trabalho desenvolvido pelos alunos.
Quinta, 10 de Fevereiro
Segunda, 7 de Março
Terça, 5 de Abril
Quarta, 4 de Maio
Sexta, 3 de Junho
(sempre das 14 às 18 horas)
Trabalho escrito
Todos os alunos devem apresentar mensalmente por email, em attachment (Word, TextEdit, RTF), enviado a todos os professores do quinto ano, uma revisão/ actualização do texto de projecto apresentado em Janeiro de 2005. Em função da natureza dos projectos e dos textos apresentados pelos alunos, estes trabalhos escritos poderão ser conduzidos no sentido de uma dissertação.
Dossier do projecto
Todos os alunos deverão reunir um dossier relativo ao seu projecto, onde depositarão documentação, esboços, experiências, escritos e transcrições, etc. etc. etc. Este dossier, que pode assumir as formas mais diversas, e terá um carácter informal, servirá como elemento de monitorização e apreciação processual do trabalho. Este dossier deve estar disponível / consultável durante o semestre e será entregue no final do ano, juntamente com o projecto na sua versão final.
Exposição
Prevê-se que o anterior sistema de apresentações finais de ano seja subsituído pela realização de uma exposição final, em que os alunos irão apresentar o seu projecto. A exposição será provavelmente realizada num espaço exterior à FBAUP, e será aberta ao público em geral. Os alunos deverão ter em conta que o material a fornecer para esta exposição fará parte do projecto que desenvolveram, embora não necessite de apresentar exaustivamente esse projecto na sua totalidade. A data e local desta exposição serão estabelecidos e comunicados dentro de cerca de um mês.
Avaliações
Parametros essenciais em forma de síntese na avaliação do segundo momento curricular
A) Qualidades mais ligadas ao Projecto
1. Fundamentação: Capacidade de dar a ver o sentido, a importância, a razão de ser do Projecto.
2. Metodologia/Aprofundamento: Capacidade de reflectir as escolhas processuais. Capacidade de aperfeiçoar (ir aperfeiçoando) a própria ideia, a essência, do Projecto.
3. Teoria/Prática: Capacidade de gerir e tornar fecundo o vaivém entre estes dois momentos.
4. Ruptura/Inovação/ Experimentação: Capacidade de distanciamento relativamente aos modelos convencionais. Capacidade de imaginar situações e procedimentos inéditos e de os testar.
5. Linguagem – Domínio e capacidade de desenvolvimento das linguagens empregues.
6. Expressão – Capacidade artística de “dar vida” ao que se faz.
B) Qualidades mais próprias do aluno
1. Autoria: Capacidade de “partir de si próprio”.
2. Crítica: Capacidade de análise crítica e de consciência auto-crítica.
3. Utopia: Capacidade de imaginar/construir “mundos novos”.
4. Comunicação: Capacidade de fazer entender e de se fazer entender.
5. Sustentabilidade e Transmissibilidade: Capacidade de “tornar fácil” a outrém continuar ou retomar aquilo que se fez.
6. Relacionamento: Capacidade de integração e de articulação nos colectivos em que opera.
7. Regeneração: Capacidade de superação de erros, insucessos, más experiências, ....
C) Componente escolar
1. Presença nas aulas.
2. Regularidade no trabalho.
3. Empenho no Projecto.
4. Participação nas actividades.
5. Cooperação na turma.
6. Aprendizagem constante.
D) Componente curricular
1. Na base dos pontos anteriores a avaliação será contínua e formativa.
2. Deverá reflectir a evolução e integração do aluno como pessoa e como autor no contexto da turma e do ano escolar (primeiro e segundo semestre).
3. Serão referentes globais: a capacidade para desenvolver projectos, tendo em conta as diferentes etapas na sua realização; os valores e atitudes manifestados, tanto no processo de ensino-aprendizagem como na relação com os outros.
E) Acompanhamento e atendimento dos Alunos
Colaboração na implementação de uma estrutura de desenvolvimento do projecto.
Procura de uma metodologia e planeamento de trabalho depois de tipificar o mesmo projecto.
Acompanhamento individual, face às caraterísticas específicas dos projectos e características pessoais, científicas e culturais de cada aluno. Face a uma exposição inicial de dúvidas colocadas por cada aluno, são sugeridas soluções subsidiadas por informações bibliográficas de acordo com o problema a resolver.
Acompanhamento na produção técnica do projecto.
Demonstrações práticas e aplicativas em situações modelo implementadas para o aluno.
FBAUP, 10 de Fevereiro de 2005
Foruns mensais
Para pontos da situação e apresentação/apreciação
do trabalho desenvolvido pelos alunos.
Quinta, 10 de Fevereiro
Segunda, 7 de Março
Terça, 5 de Abril
Quarta, 4 de Maio
Sexta, 3 de Junho
(sempre das 14 às 18 horas)
Trabalho escrito
Todos os alunos devem apresentar mensalmente por email, em attachment (Word, TextEdit, RTF), enviado a todos os professores do quinto ano, uma revisão/ actualização do texto de projecto apresentado em Janeiro de 2005. Em função da natureza dos projectos e dos textos apresentados pelos alunos, estes trabalhos escritos poderão ser conduzidos no sentido de uma dissertação.
Dossier do projecto
Todos os alunos deverão reunir um dossier relativo ao seu projecto, onde depositarão documentação, esboços, experiências, escritos e transcrições, etc. etc. etc. Este dossier, que pode assumir as formas mais diversas, e terá um carácter informal, servirá como elemento de monitorização e apreciação processual do trabalho. Este dossier deve estar disponível / consultável durante o semestre e será entregue no final do ano, juntamente com o projecto na sua versão final.
Exposição
Prevê-se que o anterior sistema de apresentações finais de ano seja subsituído pela realização de uma exposição final, em que os alunos irão apresentar o seu projecto. A exposição será provavelmente realizada num espaço exterior à FBAUP, e será aberta ao público em geral. Os alunos deverão ter em conta que o material a fornecer para esta exposição fará parte do projecto que desenvolveram, embora não necessite de apresentar exaustivamente esse projecto na sua totalidade. A data e local desta exposição serão estabelecidos e comunicados dentro de cerca de um mês.
Avaliações
Parametros essenciais em forma de síntese na avaliação do segundo momento curricular
A) Qualidades mais ligadas ao Projecto
1. Fundamentação: Capacidade de dar a ver o sentido, a importância, a razão de ser do Projecto.
2. Metodologia/Aprofundamento: Capacidade de reflectir as escolhas processuais. Capacidade de aperfeiçoar (ir aperfeiçoando) a própria ideia, a essência, do Projecto.
3. Teoria/Prática: Capacidade de gerir e tornar fecundo o vaivém entre estes dois momentos.
4. Ruptura/Inovação/ Experimentação: Capacidade de distanciamento relativamente aos modelos convencionais. Capacidade de imaginar situações e procedimentos inéditos e de os testar.
5. Linguagem – Domínio e capacidade de desenvolvimento das linguagens empregues.
6. Expressão – Capacidade artística de “dar vida” ao que se faz.
B) Qualidades mais próprias do aluno
1. Autoria: Capacidade de “partir de si próprio”.
2. Crítica: Capacidade de análise crítica e de consciência auto-crítica.
3. Utopia: Capacidade de imaginar/construir “mundos novos”.
4. Comunicação: Capacidade de fazer entender e de se fazer entender.
5. Sustentabilidade e Transmissibilidade: Capacidade de “tornar fácil” a outrém continuar ou retomar aquilo que se fez.
6. Relacionamento: Capacidade de integração e de articulação nos colectivos em que opera.
7. Regeneração: Capacidade de superação de erros, insucessos, más experiências, ....
C) Componente escolar
1. Presença nas aulas.
2. Regularidade no trabalho.
3. Empenho no Projecto.
4. Participação nas actividades.
5. Cooperação na turma.
6. Aprendizagem constante.
D) Componente curricular
1. Na base dos pontos anteriores a avaliação será contínua e formativa.
2. Deverá reflectir a evolução e integração do aluno como pessoa e como autor no contexto da turma e do ano escolar (primeiro e segundo semestre).
3. Serão referentes globais: a capacidade para desenvolver projectos, tendo em conta as diferentes etapas na sua realização; os valores e atitudes manifestados, tanto no processo de ensino-aprendizagem como na relação com os outros.
E) Acompanhamento e atendimento dos Alunos
Colaboração na implementação de uma estrutura de desenvolvimento do projecto.
Procura de uma metodologia e planeamento de trabalho depois de tipificar o mesmo projecto.
Acompanhamento individual, face às caraterísticas específicas dos projectos e características pessoais, científicas e culturais de cada aluno. Face a uma exposição inicial de dúvidas colocadas por cada aluno, são sugeridas soluções subsidiadas por informações bibliográficas de acordo com o problema a resolver.
Acompanhamento na produção técnica do projecto.
Demonstrações práticas e aplicativas em situações modelo implementadas para o aluno.
FBAUP, 10 de Fevereiro de 2005
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
"225 de belas artes" Aula Pública de Desenho 17 Fev
Aos Alunos do QUINTO ANO de Design
Divulga-se o programa para a abertura da comemoração de
"225 de belas artes" - Aula Pública de Desenho
17 de Fevereiro de 2005
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
9.30h-12.30h: Desenha-se desenhando
Nas salas de aula designadas, actividades em torno do Desenho
Escultura (1º ano) – PE salas 2,6
Pintura (1º ano) – PA sala 202
Design (1º ano) – PA sala 301
Desenho (1º ano) – PT salas 16,17
Estudos de Composição (2ºano) – PA sala 101
Desenho (3ºano) – PA sala 401; PT sala Tap.
Fotografia (5º ano) - PT
15h-17h: Falar de Desenho
Palestras na Aula Magna
Bernardo Pinto de Almeida
Relações entre desenho e escrita no século XX português
Mário Bismark
Disegnare é Insegnare
Heitor Alvelos
Desenho, Imaginação e Ficção:
considerações em redor de uma realidade mais e mais figurante
Gabriela Vaz Pinheiro
Em torno da ideia de registo processual
Miguel Leal
A imaginação cega
18h: Estudos de Composição
Exposição de desenho e pintura, no Museu
Visita guiada por Lúcia Almeida Matos e José Vaz
Divulga-se o programa para a abertura da comemoração de
"225 de belas artes" - Aula Pública de Desenho
17 de Fevereiro de 2005
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
9.30h-12.30h: Desenha-se desenhando
Nas salas de aula designadas, actividades em torno do Desenho
Escultura (1º ano) – PE salas 2,6
Pintura (1º ano) – PA sala 202
Design (1º ano) – PA sala 301
Desenho (1º ano) – PT salas 16,17
Estudos de Composição (2ºano) – PA sala 101
Desenho (3ºano) – PA sala 401; PT sala Tap.
Fotografia (5º ano) - PT
15h-17h: Falar de Desenho
Palestras na Aula Magna
Bernardo Pinto de Almeida
Relações entre desenho e escrita no século XX português
Mário Bismark
Disegnare é Insegnare
Heitor Alvelos
Desenho, Imaginação e Ficção:
considerações em redor de uma realidade mais e mais figurante
Gabriela Vaz Pinheiro
Em torno da ideia de registo processual
Miguel Leal
A imaginação cega
18h: Estudos de Composição
Exposição de desenho e pintura, no Museu
Visita guiada por Lúcia Almeida Matos e José Vaz
Sessão Erasmus 14 de Fevereiro
Forum de apresentação de trabalho realizado por alunos do 5º ano que chegaram de Erasmus
Segunda, 14 de Fevereiro
14 horas
Aula Magna
Todos são bem-vindos
Segunda, 14 de Fevereiro
14 horas
Aula Magna
Todos são bem-vindos
quinta-feira, fevereiro 10, 2005
Sessão de Cinema - dia 11 (sexta), 10a.m., aula magna
Sessão de Cinema integrada no ciclo de sessões do 5º ano de Design
~ Eleições - Ficções ~
Os presentes irão votar o filme que querem ver
com base em dois filmes propostos:
Luis Buñuel - El Ángel Exterminador (1962)
Jacques Tati - Playtime (1967)
Para ajudar a uma votação consienciosa, serão projectados os 10 primeiros minutos de cada filme e ambos os filmes serão contextualizados.
Sexta, 11 de Fevereiro
10:00 da manhã
Aula Magna
FBAUP
~ Eleições - Ficções ~
Os presentes irão votar o filme que querem ver
com base em dois filmes propostos:
Luis Buñuel - El Ángel Exterminador (1962)
Jacques Tati - Playtime (1967)
Para ajudar a uma votação consienciosa, serão projectados os 10 primeiros minutos de cada filme e ambos os filmes serão contextualizados.
Sexta, 11 de Fevereiro
10:00 da manhã
Aula Magna
FBAUP
Comentário e recomendação bibliográfica
Um comentário e recomendação bibliográfica do João Cruz, docente de Desenho Gráfico I:
Olá a todos,
devo desde já cumprimentar os discentes pela qualidade dos textos/proposta para desenvolvimento do projecto final, são muito bons ;)Recentemente deparei-me com esta referência bibliográfica que penso ser relevante para o desenvolvimento de alguns dos temas propostos, e não só. Existe também uma versão online.Cumprimentos e bom trabalho!
Mau, Bruce and the Institute without Boundaries, Massive Change, Massive Change is not about the world of design; it's about the design of the world, London, New York: Phaidon Press, 2004, http://www.massivechange.com
Olá a todos,
devo desde já cumprimentar os discentes pela qualidade dos textos/proposta para desenvolvimento do projecto final, são muito bons ;)Recentemente deparei-me com esta referência bibliográfica que penso ser relevante para o desenvolvimento de alguns dos temas propostos, e não só. Existe também uma versão online.Cumprimentos e bom trabalho!
Mau, Bruce and the Institute without Boundaries, Massive Change, Massive Change is not about the world of design; it's about the design of the world, London, New York: Phaidon Press, 2004, http://www.massivechange.com
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Forum 5º ano - 10 Fev, 14h
Forum do 5º ano
Quinta-feira 10 de Fevereiro
14 horas
3º andar do Pavilhão de Design
Para distribuição de alunos por professores/orientadores, calendarização do semestre e divulgação / discussão do programa do segundo semestre.
Comparência obrigatória para professores e alunos.
Quinta-feira 10 de Fevereiro
14 horas
3º andar do Pavilhão de Design
Para distribuição de alunos por professores/orientadores, calendarização do semestre e divulgação / discussão do programa do segundo semestre.
Comparência obrigatória para professores e alunos.
PROJECTO ANUAL SELMA FLOR
O tema que pretendo desenvolver neste projecto anual é a neurobiologia dos sentimentos e o modo como estes moldam a condição humana. A minha pesquisa basear-se-á, no inicio, nos temas tratados por António Damásio, nos livros “O Sentimento de Si” e “Ao Encontro de Espinosa”. Segundo este autor, e sob o ponto de vista biológico, a ciência não sabe explicar o que são os sentimentos. Comecei a abordar este tema no projecto de narrativas visuais da disciplina de Fotografia, analisando o sentimento de medo. Visto o tema dos sentimentos ser bastante complexo e devido á dificuldade da sua explicação por parte da ciência, pareceu-me interessante tentar aborda-lo de outras formas que não a científica, nomeadamente através da imagem e criando uma tentativa de manual ilustrativo. O meu objectivo inicial, depois da pesquisa, será a procura do meio ideal para tentar explicar de onde vem essa “química” que nos faz reagir emocionalmente a objectos e acontecimentos
FBAUP, fevereiro 2005
FBAUP, fevereiro 2005
terça-feira, fevereiro 08, 2005
Curtas metragens - selecção na competição Take One!
13º Curtas Vila do Conde Festival Internacional de Curtas Metragens
Caros(as) Senhores(as),
O Curtas Vila do Conde, Festival Internacional de Curtas Metragens, propõe a inscrição de curtas metragens recentes para a selecção na competição Take One! da sua próxima edição que decorrerá entre 2 e 10 de Julho de 2005.
Todas as curtas metragens produzidas em 2004 ou 2005, como trabalho escolar em qualquer instituição portuguesa de ensino superior; com duração até 60 minutos; em suportes de película, 16 ou 35 mm, e vídeo Betacam SP-Pal ou Mini-DV;nas categorias de ficção, animação, documentário, experimental ou vídeo musical; poderão ser aceites.
Poderá registar-se e inscrever online os seus filmes a partir do nosso site:
http://www.curtasmetragens.pt/festival/index.php?menu=11&submenu=56〈=pt
Neste caso, deverá enviar a cópia VHS ou DVD de cada filme com o respectivo número de identificação da inscrição (o qual receberá na conclusão do preenchimento e envio dos dados) para o endereço abaixo.
Poderá ainda, em último caso, descarregar um ficheiro PDF com a ficha de inscrição para preenchimento manual que disponibilizaremos brevemente também a partir do nosso site.
Neste caso, após imprimir a ficha e preencher correctamente os dados do filme, terá que enviá-la junto com a cópia VHS ou DVD para o Festival.
Por favor, tenha presente a data limite de recepção no Festival: 16 de Maio de 2005. Contamos com as vossas novas curtas!
Com os melhores cumprimentos,
A equipa do take one! do Curtas Vila do Conde
Curtas Vila do Conde
Auditório Municipal, Praça da Republica
4480-715 Vila do Conde, Portugal
T +351 252 638025
F +351 252 638027
submissions@curtasmetragens.pt
http://www.curtasmetragens.pt/festival
Caros(as) Senhores(as),
O Curtas Vila do Conde, Festival Internacional de Curtas Metragens, propõe a inscrição de curtas metragens recentes para a selecção na competição Take One! da sua próxima edição que decorrerá entre 2 e 10 de Julho de 2005.
Todas as curtas metragens produzidas em 2004 ou 2005, como trabalho escolar em qualquer instituição portuguesa de ensino superior; com duração até 60 minutos; em suportes de película, 16 ou 35 mm, e vídeo Betacam SP-Pal ou Mini-DV;nas categorias de ficção, animação, documentário, experimental ou vídeo musical; poderão ser aceites.
Poderá registar-se e inscrever online os seus filmes a partir do nosso site:
http://www.curtasmetragens.pt/festival/index.php?menu=11&submenu=56〈=pt
Neste caso, deverá enviar a cópia VHS ou DVD de cada filme com o respectivo número de identificação da inscrição (o qual receberá na conclusão do preenchimento e envio dos dados) para o endereço abaixo.
Poderá ainda, em último caso, descarregar um ficheiro PDF com a ficha de inscrição para preenchimento manual que disponibilizaremos brevemente também a partir do nosso site.
Neste caso, após imprimir a ficha e preencher correctamente os dados do filme, terá que enviá-la junto com a cópia VHS ou DVD para o Festival.
Por favor, tenha presente a data limite de recepção no Festival: 16 de Maio de 2005. Contamos com as vossas novas curtas!
Com os melhores cumprimentos,
A equipa do take one! do Curtas Vila do Conde
Curtas Vila do Conde
Auditório Municipal, Praça da Republica
4480-715 Vila do Conde, Portugal
T +351 252 638025
F +351 252 638027
submissions@curtasmetragens.pt
http://www.curtasmetragens.pt/festival
proj.: (ainda sem título)
Pedro Sá
“O somatório das experiências humanas tem se expandido numa proporção incrível mas os meios que usamos para nos movimentarmos através do labirinto formado pelos itens mais importantes, são os mesmos utilizados no tempo das caravelas.”
BUSH, Vannevar. As we may think. 1945
“Com a inteligência artificial, os instrumentos de simulação de predominância visual, a síntese de imagens, o hipertexto e a hipermedia interactiva, o final do século XX está a reiventar a escrita, talvez de modo ainda mais profundo que o século XV com a imprensa.”
LÉVY, Pierre. A ideografia dinâmica: rumo a uma inteligência artificial?. São Paulo: Edições Loyola, 1998. P. 14.
Como George Landow defende, no contexto tecnológico actual, hipertexto confunde-se com hipermedia, evocando uma multiplicidade de meios e sentidos. Para o autor, hipermedia estende a noção do hipertexto para além do simplesmente verbal, porque as conexões não acontecem somente entre textos, mas também entre informação visual, som, animação e outras formas de apresentação de dados.
É perante esta noção de hipermedia que assentará o meu trabalho sendo a estruturação do conteúdo organizada segundo os princípios da hipernarrativa, como o do texto incompleto a ser preenchido por contribuições individuais e numa dinâmica de associações, tal como o fluxo dos pensamentos humanos.
Dinâmica essa a da hipernarrativa que é a mesma que sustenta uma formação em rede, uma vez que ele opera por associações, conexões, ligações entre os múltiplos elementos que a compõem.
Pretendo assim a criação de um objecto que potencialize a discussão do processo de produção de conhecimento, entendido no sentido de “uma nova visão do mundo, compatível com a abordagem da complexidade.”
Esta não é uma apresentação do assunto concreto do projecto, mas sim uma apresentação da forma que este terá, e como será estruturada, de acordo com os princípios da hipernarrativa.
“O somatório das experiências humanas tem se expandido numa proporção incrível mas os meios que usamos para nos movimentarmos através do labirinto formado pelos itens mais importantes, são os mesmos utilizados no tempo das caravelas.”
BUSH, Vannevar. As we may think. 1945
“Com a inteligência artificial, os instrumentos de simulação de predominância visual, a síntese de imagens, o hipertexto e a hipermedia interactiva, o final do século XX está a reiventar a escrita, talvez de modo ainda mais profundo que o século XV com a imprensa.”
LÉVY, Pierre. A ideografia dinâmica: rumo a uma inteligência artificial?. São Paulo: Edições Loyola, 1998. P. 14.
Como George Landow defende, no contexto tecnológico actual, hipertexto confunde-se com hipermedia, evocando uma multiplicidade de meios e sentidos. Para o autor, hipermedia estende a noção do hipertexto para além do simplesmente verbal, porque as conexões não acontecem somente entre textos, mas também entre informação visual, som, animação e outras formas de apresentação de dados.
É perante esta noção de hipermedia que assentará o meu trabalho sendo a estruturação do conteúdo organizada segundo os princípios da hipernarrativa, como o do texto incompleto a ser preenchido por contribuições individuais e numa dinâmica de associações, tal como o fluxo dos pensamentos humanos.
Dinâmica essa a da hipernarrativa que é a mesma que sustenta uma formação em rede, uma vez que ele opera por associações, conexões, ligações entre os múltiplos elementos que a compõem.
Pretendo assim a criação de um objecto que potencialize a discussão do processo de produção de conhecimento, entendido no sentido de “uma nova visão do mundo, compatível com a abordagem da complexidade.”
Esta não é uma apresentação do assunto concreto do projecto, mas sim uma apresentação da forma que este terá, e como será estruturada, de acordo com os princípios da hipernarrativa.
proj.: sem titulo
Ana Rita Coelho
O meu propósito primordial é simples: formar-me enquanto pessoa e enquanto designer, que é o mesmo que dizer, enquanto indivíduo com curiosidade pelo que o rodeia, que procura obter uma cultura geral e, pela sua profissão de designer, com a mais-valia de produzir conhecimento e comunicá-lo a outrem de uma forma simples e geradora de empatia.
Ambiciono ser capaz de criar ou re-criar um conhecimento com alegria, com atitude positiva, que lance nas pessoas o interesse e entendimento de si próprias e dos outros, do seu ambiente contextual, com vista a uma possível progressão através da poesia do afirmativo, através do formar de um sorriso. Falo no sorriso porque sintéticamente é uma das formas mais poderosas de propiciação de empatia, motivação e, consequentemente, trabalho, ou seja, progressão. Quero mencionar tanto o sorriso literal de alguém com um sorriso na face, como aquele que é vivido interiormente pela experiência ou memória de um dia com uma luminosidade excepcional; formado graças ao ritmo musical da engrenagem de uma bicicleta, ou originado pelo contacto com uma certa textura num chão, colorido com folhagens de Outono e fresco com a humidade da manhã.
Como pessoa e designer, uma questão que se me depara com especial relevo é a pertinência e necessidade de criação de conforto. Por outras palavras, a urgência em aprender a ter uma atitude colorida, musical, positiva; como a que observei a propósito da minha viagem e vivência na Holanda. Portugal tem todos os meios para nos inspirar felicidade: possui ritmos topológicos e geográficos riquíssimos, texturas da gastronomia e dos rituais muito fortes; que só faz sentido que sejam valorizados. Há que parar uma generalizada auto e hetero-flagelação quando possuímos na vida que nos rodeia muitas razões gratificantes. A mesma vida que nos traz insatisfação, que possui problemas a que nenhum de nós está indiferente (temos questões como o caos urbano; as autênticas cidades artificiais celebradoras da futilidade, ou os chamados shoppings; questões como o alheamento ou marginalização em relação ao acesso à cultura...) mas onde podemos também encontrar pontos que servem de solução ou, pelo menos, inspiradores de hipóteses que contrariam essas crises. Como já referi, temos, designadamente, ambiente natural, sol, desencadeadores de luminosidade e energia afirmativa.
Sendo estudante de design, uma profissão eminentemente mediática, tenho os meios ou, melhor, a responsabilidade de que o meu trabalho traduza esta situação que me parece premente: quero implementar em mim e naqueles que visualizem o meu projecto vontade de querer melhorar como profissionais, como cidadãos, como agentes inter-relacionais capazes de se inspirar na vida, nas imagens e sons que nos rodeiam, para obter uma sensação libertadora. Pretendo neste projecto lembrar que esta liberdade, advinda da reflexão, do encontro com o meio ambiente, com a vida em geral, se encontra ao alcance de cada um e é importante que inspire o nosso comportamento, as nossas relações, o nosso trabalho.
"Mais do que decidir o que quer fazer, o Designer precisa de se preocupar com o que precisa de ser feito - a equação é semelhante mas o fluxo é o oposto: a primeira propõe a visão potencialmente autista do criador, enquanto que a segunda parte das realidades exteriores a quem cria e propõe que o criador se defina antes de mais como veículo, como agente gerador de empatia." (Heitor Alvelos, FBAUP, Janeiro 2005)
Em traços muito simples, o que eu pretendo desenvolver neste projecto final como discente que teve a feliz oportunidade de viver durante aproximadamente quatro meses em Roterdão, na Holanda e nela viajar, privar com gente de todo o mundo, e para onde levei toda uma formação e um filtro para as interpretações portugueses; ambiciono, mais do que diferenciar, encontrar pontos de contacto entre estes locais. Designadamente, pontos que têm relação com o conceito de liberdade, ou seja, aqueles que têm a ver com o que é natural e autêntico em cada um deles, mas sempre potenciador de felicidade.
Procederei a uma recolha de material, de memórias e vivências sonoras e visuais sintéticas e ilustrativas do meu espaço natal, como também usarei arquivos audio-visuais do meu intercâmbio Erasmus (possuo registos que prefazem mais de vinte horas em mini-dv) para este trabalho. Pretendo que a evocação destas referências e emoções vivenciais dos diversos locais, veincule, nos que a usufruírem e com ela interagirem, uma reflexão e conforto pela alegria visual e sonora.
Como se afere da exposição "Multimedia e Artes do Tempo" do Professor Vítor Almeida, um modo de legitimar esta expressão da memória ou imaginário pessoal face à colectividade, passa pela sua democratização, ou seja, pela sua tradução em forma de hipernarrativa que é algo - a nível formal, técnico e temático - que pretendo realizar. Isto é, algo onde o usufruidor é interpelado a participar e interagir com as minhas vivências e interpretações e torná-las suas, criando a sua própria narrativa, enfim, intimando-o a construir as suas próprias conclusões sobre o que lhe é exposto, tal como eu também contruí interpretações sobre o que se me deparou.
Uma vez mais, saliento o facto de vivermos numa sociedade que procura o bem-estar, uma sociedade que procura a todo o custo a liberdade, por vezes da forma menos própria, tem as mais diversas terapias para aliviar a dor (a terapia da cor, a terapia dos aromas, etc.) O meu design com emoção ou com um lado espiritual, posso dizer que tentará re-criar uma sensação de conforto em outrem e alertá-lo para que a vida está cheia de coisas bonitas.
" (...) vale a pena perguntar: somos livres? Se somos dá a ideia de que o grande benefeciário foi a indústria farmacêutica. O que não falta aí são psiquiatras para nos receitarem psicotrópicos que nos permitam aguentar o mundo sem rédeas que nos rodeia. (...) como indicam as estatísticas, o medicamento mais receitado aos Portugueses pelos médicos de família dos Centros de Saúde é o Prozac (...) como anunciou há tempos a Comunicação Social, Portugal é o país do Ocidente com maior consumo de ansiolíticos e antidepressivos per capita (...)
A gente tem a Sexta-Feira Santa, temos o anho pascal, tudo coisas lindas e antigas que eles não têm. Até temos o Enterro do Bacalhau, uma festividade extremamente pitoresca e completamente desleixada. Vamos ter de trocar isto tudo pelo Thanksgiving?" (Clara Pinto Correia, Trinta Anos de Democracia e Depois, Pronto: 94, 100)
Pelo contrário, teremos é de trocar esta nossa atitude de autocomiseração por uma atitude de orgulho do que temos. Acto que se constitui como "um programa que nos permitiria viver com mais calma e disponibilidade. E, entre outras coisas, passarmos mais tempo uns com os outros. Ficarmos sossegados ao ponto de conseguirmos amar-nos mais. Os Portugueses andam a namorar pouco, a beijar pouco, a sonhar e a suspirar de prazer muito pouco. Não estou a falar de sexo. Estou a falar de carinho, de ternura, de bem-estar e de entrega. Daquelas coisas que valem tudo na vida, e nos fazem logo vê-la com outros olhos." (Clara Pinto Correia: 101)
Não tenciono fazer um enaltecimento desastroso, desproporcionado e esteriotipado de Portugal-folclórico-x e Holanda-y, pelo contrário, tenciono sublinhar o que há de comum em ambos os ambientes no que concerne à poesia do exercício da liberdade que se expressa nos mais singelos momentos do quotidiano mas de grande humanidade. (Por exemplo, o encontro de amigos, o partilhar de refeições, visita a eventos culturais, o passear do animal doméstico.) O orgulho que ambas as culturas demonstram por esses momentos é que parece diferente.
Termino com um poema de Fernado Pessoa que serviu de base para a hipernarrativa que criei em Roterdão e que servirá de ponto de partida sintético do tema que pretendo ilustrar:
"LIBERDADE
Ai que prazer / não cumprir um dever. Ter um livro para ler / e não o fazer! / Ler é maçada, / estudar é nada. / O sol doira sem literatura. / O rio corre bem ou mal, / sem edição original. / E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal / como tem tempo, não tem pressa. / Livros são papéis pintados com tinta. / Estudar é uma coisa em que está indistinta / a distinção entre nada e coisa nenhuma. / Quanto melhor é quando há bruma, / Esperar por D. Sebastião, / Quer venha ou não! / Grande é a poesia, a bondade e as danças... / Mas o melhor do mundo são as crianças, / Flores, música, o luar e o sol que peca / Só quando, em vez de criar, seca. / E mais do que isto / É Jesus Cristo, / Que não sabia nada de finanças, / Nem consta que tivesse biblioteca..."
Porto, Janeiro de 2005
O meu propósito primordial é simples: formar-me enquanto pessoa e enquanto designer, que é o mesmo que dizer, enquanto indivíduo com curiosidade pelo que o rodeia, que procura obter uma cultura geral e, pela sua profissão de designer, com a mais-valia de produzir conhecimento e comunicá-lo a outrem de uma forma simples e geradora de empatia.
Ambiciono ser capaz de criar ou re-criar um conhecimento com alegria, com atitude positiva, que lance nas pessoas o interesse e entendimento de si próprias e dos outros, do seu ambiente contextual, com vista a uma possível progressão através da poesia do afirmativo, através do formar de um sorriso. Falo no sorriso porque sintéticamente é uma das formas mais poderosas de propiciação de empatia, motivação e, consequentemente, trabalho, ou seja, progressão. Quero mencionar tanto o sorriso literal de alguém com um sorriso na face, como aquele que é vivido interiormente pela experiência ou memória de um dia com uma luminosidade excepcional; formado graças ao ritmo musical da engrenagem de uma bicicleta, ou originado pelo contacto com uma certa textura num chão, colorido com folhagens de Outono e fresco com a humidade da manhã.
Como pessoa e designer, uma questão que se me depara com especial relevo é a pertinência e necessidade de criação de conforto. Por outras palavras, a urgência em aprender a ter uma atitude colorida, musical, positiva; como a que observei a propósito da minha viagem e vivência na Holanda. Portugal tem todos os meios para nos inspirar felicidade: possui ritmos topológicos e geográficos riquíssimos, texturas da gastronomia e dos rituais muito fortes; que só faz sentido que sejam valorizados. Há que parar uma generalizada auto e hetero-flagelação quando possuímos na vida que nos rodeia muitas razões gratificantes. A mesma vida que nos traz insatisfação, que possui problemas a que nenhum de nós está indiferente (temos questões como o caos urbano; as autênticas cidades artificiais celebradoras da futilidade, ou os chamados shoppings; questões como o alheamento ou marginalização em relação ao acesso à cultura...) mas onde podemos também encontrar pontos que servem de solução ou, pelo menos, inspiradores de hipóteses que contrariam essas crises. Como já referi, temos, designadamente, ambiente natural, sol, desencadeadores de luminosidade e energia afirmativa.
Sendo estudante de design, uma profissão eminentemente mediática, tenho os meios ou, melhor, a responsabilidade de que o meu trabalho traduza esta situação que me parece premente: quero implementar em mim e naqueles que visualizem o meu projecto vontade de querer melhorar como profissionais, como cidadãos, como agentes inter-relacionais capazes de se inspirar na vida, nas imagens e sons que nos rodeiam, para obter uma sensação libertadora. Pretendo neste projecto lembrar que esta liberdade, advinda da reflexão, do encontro com o meio ambiente, com a vida em geral, se encontra ao alcance de cada um e é importante que inspire o nosso comportamento, as nossas relações, o nosso trabalho.
"Mais do que decidir o que quer fazer, o Designer precisa de se preocupar com o que precisa de ser feito - a equação é semelhante mas o fluxo é o oposto: a primeira propõe a visão potencialmente autista do criador, enquanto que a segunda parte das realidades exteriores a quem cria e propõe que o criador se defina antes de mais como veículo, como agente gerador de empatia." (Heitor Alvelos, FBAUP, Janeiro 2005)
Em traços muito simples, o que eu pretendo desenvolver neste projecto final como discente que teve a feliz oportunidade de viver durante aproximadamente quatro meses em Roterdão, na Holanda e nela viajar, privar com gente de todo o mundo, e para onde levei toda uma formação e um filtro para as interpretações portugueses; ambiciono, mais do que diferenciar, encontrar pontos de contacto entre estes locais. Designadamente, pontos que têm relação com o conceito de liberdade, ou seja, aqueles que têm a ver com o que é natural e autêntico em cada um deles, mas sempre potenciador de felicidade.
Procederei a uma recolha de material, de memórias e vivências sonoras e visuais sintéticas e ilustrativas do meu espaço natal, como também usarei arquivos audio-visuais do meu intercâmbio Erasmus (possuo registos que prefazem mais de vinte horas em mini-dv) para este trabalho. Pretendo que a evocação destas referências e emoções vivenciais dos diversos locais, veincule, nos que a usufruírem e com ela interagirem, uma reflexão e conforto pela alegria visual e sonora.
Como se afere da exposição "Multimedia e Artes do Tempo" do Professor Vítor Almeida, um modo de legitimar esta expressão da memória ou imaginário pessoal face à colectividade, passa pela sua democratização, ou seja, pela sua tradução em forma de hipernarrativa que é algo - a nível formal, técnico e temático - que pretendo realizar. Isto é, algo onde o usufruidor é interpelado a participar e interagir com as minhas vivências e interpretações e torná-las suas, criando a sua própria narrativa, enfim, intimando-o a construir as suas próprias conclusões sobre o que lhe é exposto, tal como eu também contruí interpretações sobre o que se me deparou.
Uma vez mais, saliento o facto de vivermos numa sociedade que procura o bem-estar, uma sociedade que procura a todo o custo a liberdade, por vezes da forma menos própria, tem as mais diversas terapias para aliviar a dor (a terapia da cor, a terapia dos aromas, etc.) O meu design com emoção ou com um lado espiritual, posso dizer que tentará re-criar uma sensação de conforto em outrem e alertá-lo para que a vida está cheia de coisas bonitas.
" (...) vale a pena perguntar: somos livres? Se somos dá a ideia de que o grande benefeciário foi a indústria farmacêutica. O que não falta aí são psiquiatras para nos receitarem psicotrópicos que nos permitam aguentar o mundo sem rédeas que nos rodeia. (...) como indicam as estatísticas, o medicamento mais receitado aos Portugueses pelos médicos de família dos Centros de Saúde é o Prozac (...) como anunciou há tempos a Comunicação Social, Portugal é o país do Ocidente com maior consumo de ansiolíticos e antidepressivos per capita (...)
A gente tem a Sexta-Feira Santa, temos o anho pascal, tudo coisas lindas e antigas que eles não têm. Até temos o Enterro do Bacalhau, uma festividade extremamente pitoresca e completamente desleixada. Vamos ter de trocar isto tudo pelo Thanksgiving?" (Clara Pinto Correia, Trinta Anos de Democracia e Depois, Pronto: 94, 100)
Pelo contrário, teremos é de trocar esta nossa atitude de autocomiseração por uma atitude de orgulho do que temos. Acto que se constitui como "um programa que nos permitiria viver com mais calma e disponibilidade. E, entre outras coisas, passarmos mais tempo uns com os outros. Ficarmos sossegados ao ponto de conseguirmos amar-nos mais. Os Portugueses andam a namorar pouco, a beijar pouco, a sonhar e a suspirar de prazer muito pouco. Não estou a falar de sexo. Estou a falar de carinho, de ternura, de bem-estar e de entrega. Daquelas coisas que valem tudo na vida, e nos fazem logo vê-la com outros olhos." (Clara Pinto Correia: 101)
Não tenciono fazer um enaltecimento desastroso, desproporcionado e esteriotipado de Portugal-folclórico-x e Holanda-y, pelo contrário, tenciono sublinhar o que há de comum em ambos os ambientes no que concerne à poesia do exercício da liberdade que se expressa nos mais singelos momentos do quotidiano mas de grande humanidade. (Por exemplo, o encontro de amigos, o partilhar de refeições, visita a eventos culturais, o passear do animal doméstico.) O orgulho que ambas as culturas demonstram por esses momentos é que parece diferente.
Termino com um poema de Fernado Pessoa que serviu de base para a hipernarrativa que criei em Roterdão e que servirá de ponto de partida sintético do tema que pretendo ilustrar:
"LIBERDADE
Ai que prazer / não cumprir um dever. Ter um livro para ler / e não o fazer! / Ler é maçada, / estudar é nada. / O sol doira sem literatura. / O rio corre bem ou mal, / sem edição original. / E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal / como tem tempo, não tem pressa. / Livros são papéis pintados com tinta. / Estudar é uma coisa em que está indistinta / a distinção entre nada e coisa nenhuma. / Quanto melhor é quando há bruma, / Esperar por D. Sebastião, / Quer venha ou não! / Grande é a poesia, a bondade e as danças... / Mas o melhor do mundo são as crianças, / Flores, música, o luar e o sol que peca / Só quando, em vez de criar, seca. / E mais do que isto / É Jesus Cristo, / Que não sabia nada de finanças, / Nem consta que tivesse biblioteca..."
Porto, Janeiro de 2005
sexta-feira, fevereiro 04, 2005
proj.: explicar o que é o Design
Maria Koehler
Nos dias que correm, o Design Gráfico tornou-se num meio central de comunicação entre as empresas e o público. Essa comunicação dificilmente poderia ser feita de outro modo, tão directa e eficaz, como através de anúncios televisivos, anúncios impressos (cartazes, flyers…), Internet, etc. Todos nós temos o tempo preenchido de inúmeras formas, o que nem sempre nos permite procurar os acontecimentos que mais nos interessam (exposições, teatros, cinema…) da melhor forma. Deste ponto de vista o Design Gráfico funciona como um meio de transmissão dessa mensagem, procurando simplificar todo o processo.
A dificuldade do Design está nas boas ideias, porque ideias boas todos têm. O problema é aplicar as mesmas de forma compreensível e ao mesmo tempo diferente. Quando falamos em Design, não nos limitamos apenas ao Design Gráfico. Existem outros tipos como, por exemplo, Design de Interiores, Industrial e de Moda. Todos eles são fruto de uma sociedade modernizada que espera, desta relativamente nova profissão, uma resposta rápida e eficaz perante a sociedade.
Hoje em dia, todas as pessoas se acham um “pouco” designers, por exemplo, quando é preciso fazer uma imagem gráfica para uma empresa nova, o filho, “que tem muito jeito para o desenho faz num instante”. A profissão do Designer não é minimamente respeitada pela maior parte das pessoas. Provavelmente, a maioria nem sabe que profissão é esta. São artistas, pensam, e como andam nas Belas-Artes, pintam quadros.
A maior frustração, ainda assim, não são estas pessoas pouco informadas, porque com um pouco de paciência, conseguimos explicar o que é o Design. O grande problema está sim, nos que se dizem formados e informados. Quando, por exemplo, um Arquitecto desenha um edifício, e, com toda a confiança aproveita “o lanço” e desenha também o seu interior: móveis, utensílios, etc.… este é um dos casos a que me refiro. E se nós, Designers, desenhássemos uns móveis, e já agora, o edifício onde eles ficariam mesmo bem?! Isto não nos era permitido, com toda a certeza. A Ordem dos Arquitectos vinha logo pôr um ponto final nesse projecto. Arquitectura só os Arquitectos podem fazer! Então porque é que todas as pessoas podem fazer Design? Porque é que não existe uma entidade superior que nos defenda?
É sobre esta questão que tenciono direccionar o meu trabalho. Quais as vantagens e desvantagens da existência de uma entidade superior, o que implica em termos de consequências para os Designers a continuação da sua não existência, entre inúmeras outras questões. Será que grande parte do problema não está dentro da classe dos próprios Designers?
A minha pesquisa começará no sentido de me informar sobre a existência ou não de alguém que esteja a tentar criar esta entidade e quais as dificuldades de a fazer existir. Partindo do princípio que nada foi feito, o meu trabalho poderá englobar ainda a realização da imagem gráfica da mesma, assim como uma campanha de sensibilização, expressa pelos meios mais indicados.
Pelas características práticas do meu projecto, penso que o Professor Eduardo Aires será o mais indicado para meu tutor, mas penso que todos os outros Professores terão um papel activo pela pesquisa que todo este trabalho engloba, nem que seja apenas enquanto Designers.
Nos dias que correm, o Design Gráfico tornou-se num meio central de comunicação entre as empresas e o público. Essa comunicação dificilmente poderia ser feita de outro modo, tão directa e eficaz, como através de anúncios televisivos, anúncios impressos (cartazes, flyers…), Internet, etc. Todos nós temos o tempo preenchido de inúmeras formas, o que nem sempre nos permite procurar os acontecimentos que mais nos interessam (exposições, teatros, cinema…) da melhor forma. Deste ponto de vista o Design Gráfico funciona como um meio de transmissão dessa mensagem, procurando simplificar todo o processo.
A dificuldade do Design está nas boas ideias, porque ideias boas todos têm. O problema é aplicar as mesmas de forma compreensível e ao mesmo tempo diferente. Quando falamos em Design, não nos limitamos apenas ao Design Gráfico. Existem outros tipos como, por exemplo, Design de Interiores, Industrial e de Moda. Todos eles são fruto de uma sociedade modernizada que espera, desta relativamente nova profissão, uma resposta rápida e eficaz perante a sociedade.
Hoje em dia, todas as pessoas se acham um “pouco” designers, por exemplo, quando é preciso fazer uma imagem gráfica para uma empresa nova, o filho, “que tem muito jeito para o desenho faz num instante”. A profissão do Designer não é minimamente respeitada pela maior parte das pessoas. Provavelmente, a maioria nem sabe que profissão é esta. São artistas, pensam, e como andam nas Belas-Artes, pintam quadros.
A maior frustração, ainda assim, não são estas pessoas pouco informadas, porque com um pouco de paciência, conseguimos explicar o que é o Design. O grande problema está sim, nos que se dizem formados e informados. Quando, por exemplo, um Arquitecto desenha um edifício, e, com toda a confiança aproveita “o lanço” e desenha também o seu interior: móveis, utensílios, etc.… este é um dos casos a que me refiro. E se nós, Designers, desenhássemos uns móveis, e já agora, o edifício onde eles ficariam mesmo bem?! Isto não nos era permitido, com toda a certeza. A Ordem dos Arquitectos vinha logo pôr um ponto final nesse projecto. Arquitectura só os Arquitectos podem fazer! Então porque é que todas as pessoas podem fazer Design? Porque é que não existe uma entidade superior que nos defenda?
É sobre esta questão que tenciono direccionar o meu trabalho. Quais as vantagens e desvantagens da existência de uma entidade superior, o que implica em termos de consequências para os Designers a continuação da sua não existência, entre inúmeras outras questões. Será que grande parte do problema não está dentro da classe dos próprios Designers?
A minha pesquisa começará no sentido de me informar sobre a existência ou não de alguém que esteja a tentar criar esta entidade e quais as dificuldades de a fazer existir. Partindo do princípio que nada foi feito, o meu trabalho poderá englobar ainda a realização da imagem gráfica da mesma, assim como uma campanha de sensibilização, expressa pelos meios mais indicados.
Pelas características práticas do meu projecto, penso que o Professor Eduardo Aires será o mais indicado para meu tutor, mas penso que todos os outros Professores terão um papel activo pela pesquisa que todo este trabalho engloba, nem que seja apenas enquanto Designers.
proj.: os mapas cartográficos
Cátia Teixeira
Um dos aspectos ou ideias centrais na cultura humana é a ideia de “viagem”. As viagens são uma forma fundamental de nos relacionarmos com o espaço. Este aspecto é central nos nossos mitos e histórias, encontra-se codificado na nossa arquitectura e implícito no nosso meio construído: nas ruas, nas redes de auto-estradas, nos caminhos-de-ferro que atravessam as localidades, nos aeroportos nos arredores das cidades, nos portos distribuídos ao longo das costas, etc. Estes caminhos servem um propósito lógico: mover pessoas e mercadorias. Podemos decidir ficar relativamente quietos e ainda assim as coisas encontrarão o seu caminho para chegar até nós. Mas mesmo esta solução implica algumas deslocações: para o trabalho, para a escola, e mesmo para o quarto ao lado. Os seres humanos têm uma habilidade limitada para multi – tarefas, pelo menos a um nível consciente, o que significa que qualquer desvio na nossa atenção agregada se transforma numa viagem.
Associado a este fascínio por viajar, desenvolvi um outro (este estético) gosto especial por mapas, quer pelo seu aspecto “gráfico” quer pela sua história. A arte de traçar mapas começou com os gregos, que no séc. VI a.C., em função das suas expedições militares e de navegação criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. Mas foi com os Descobrimentos, que os dados recolhidos durante as viagens tornaram os mapas mais exactos. Com a descoberta do novo mundo, a cartografia começou a trabalhar com projecções de superfícies curvas em impressões planas. Hoje em dia a Cartografia é feita através de fotometria e de sensoreamento remoto por satélite, com a ajuda de computadores, mais informações podem ser visualizadas e analisadas pelos geógrafos.
Na área que diz respeito ao desenho de mapas, várias categorias podem ser distinguidas, desde mapas de visualização de informação, sistemas de anotação, os mapas cartográficos, até aos mapas associativos ou mentais. Todos estes mapas representam uma determinada realidade, frequentemente baseada num domínio ou disciplina específica. Por ex: a visualização de informação oferece, normalmente, uma visão moldada ou fatiada baseada em estatísticas, os mapas cartográficos representam uma visão baseada em aspectos geográficos do nosso meio. Muitos mapas mentais apresentam uma visão pessoal, emocional ou artística sobre informação abstracta, sem qualquer equivalente na nossa realidade física.
As pessoas constroem complexos mapas mentais internos dos espaços onde vivem. Qualquer que seja o nosso destino recorremos a variadíssimos pontos de referência presentes na nossa memória, relacionando não só as meras características do próprio espaço, mas conectando outros factores, como “o quê” e “onde” consideramos mais seguro quando, por exemplo, nos deslocamos à noite, sozinhos. Estes mapas de espaços são influenciados por associações culturais impostas, associações territoriais, e por experiências passadas.
E se estes mapas internos e individuais se pudessem formalizar, exteriorizar, partilhar e estender colectivamente? Certamente iria mudar radicalmente a forma como as pessoas se relacionam, tanto com o espaço envolvente como umas em relação às outras.
A minha intenção é então proceder a uma recolha variada de mapas e a uma investigação teórica, que pretende não só uma tomada de consciência relativamente ao assunto em questão, mas também uma acção crítica e interventiva.
Por esta vertente de investigação e crítica do meu projecto considero pertinente apontar o Prof. Heitor Alvelos como meu tutor. Não excluo, no entanto, a possibilidade de uma haver um intrusamento com as restantes áreas, uma vez que me parece perfeitamente possível que este trabalho recorra, igualmente, à fotografia e ao vídeo como forma de apresentação final.
Fevereiro 2005
Um dos aspectos ou ideias centrais na cultura humana é a ideia de “viagem”. As viagens são uma forma fundamental de nos relacionarmos com o espaço. Este aspecto é central nos nossos mitos e histórias, encontra-se codificado na nossa arquitectura e implícito no nosso meio construído: nas ruas, nas redes de auto-estradas, nos caminhos-de-ferro que atravessam as localidades, nos aeroportos nos arredores das cidades, nos portos distribuídos ao longo das costas, etc. Estes caminhos servem um propósito lógico: mover pessoas e mercadorias. Podemos decidir ficar relativamente quietos e ainda assim as coisas encontrarão o seu caminho para chegar até nós. Mas mesmo esta solução implica algumas deslocações: para o trabalho, para a escola, e mesmo para o quarto ao lado. Os seres humanos têm uma habilidade limitada para multi – tarefas, pelo menos a um nível consciente, o que significa que qualquer desvio na nossa atenção agregada se transforma numa viagem.
Associado a este fascínio por viajar, desenvolvi um outro (este estético) gosto especial por mapas, quer pelo seu aspecto “gráfico” quer pela sua história. A arte de traçar mapas começou com os gregos, que no séc. VI a.C., em função das suas expedições militares e de navegação criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. Mas foi com os Descobrimentos, que os dados recolhidos durante as viagens tornaram os mapas mais exactos. Com a descoberta do novo mundo, a cartografia começou a trabalhar com projecções de superfícies curvas em impressões planas. Hoje em dia a Cartografia é feita através de fotometria e de sensoreamento remoto por satélite, com a ajuda de computadores, mais informações podem ser visualizadas e analisadas pelos geógrafos.
Na área que diz respeito ao desenho de mapas, várias categorias podem ser distinguidas, desde mapas de visualização de informação, sistemas de anotação, os mapas cartográficos, até aos mapas associativos ou mentais. Todos estes mapas representam uma determinada realidade, frequentemente baseada num domínio ou disciplina específica. Por ex: a visualização de informação oferece, normalmente, uma visão moldada ou fatiada baseada em estatísticas, os mapas cartográficos representam uma visão baseada em aspectos geográficos do nosso meio. Muitos mapas mentais apresentam uma visão pessoal, emocional ou artística sobre informação abstracta, sem qualquer equivalente na nossa realidade física.
As pessoas constroem complexos mapas mentais internos dos espaços onde vivem. Qualquer que seja o nosso destino recorremos a variadíssimos pontos de referência presentes na nossa memória, relacionando não só as meras características do próprio espaço, mas conectando outros factores, como “o quê” e “onde” consideramos mais seguro quando, por exemplo, nos deslocamos à noite, sozinhos. Estes mapas de espaços são influenciados por associações culturais impostas, associações territoriais, e por experiências passadas.
E se estes mapas internos e individuais se pudessem formalizar, exteriorizar, partilhar e estender colectivamente? Certamente iria mudar radicalmente a forma como as pessoas se relacionam, tanto com o espaço envolvente como umas em relação às outras.
A minha intenção é então proceder a uma recolha variada de mapas e a uma investigação teórica, que pretende não só uma tomada de consciência relativamente ao assunto em questão, mas também uma acção crítica e interventiva.
Por esta vertente de investigação e crítica do meu projecto considero pertinente apontar o Prof. Heitor Alvelos como meu tutor. Não excluo, no entanto, a possibilidade de uma haver um intrusamento com as restantes áreas, uma vez que me parece perfeitamente possível que este trabalho recorra, igualmente, à fotografia e ao vídeo como forma de apresentação final.
Fevereiro 2005
proj.: sem titulo
Cláudia Silva
“O Homem é um ser eminentemente emotivo, o que implica uma forma de interacção com o mundo que o rodeia mais empírica do que racional”
Professor Eduardo Aires
Deixamo-nos levar constantemente pela nossa primeira impressão. A nossa mente ao observar seja o que for acaba por construir uma imagem baseada naquilo que “aparenta ser” e que desperta em nós certas sensações. Isto para aclarar que a primeira opinião nasce do que vemos. Sendo assim, tudo o que os nossos olhos processam acaba por fazer com que surja em nós uma opinião rápida e pouco ponderada – o caso da imagem que formamos de outra pessoa.
O mesmo acontece ao nível da comunicação gráfica de uma empresa. A primeira ideia que criamos, e que por vezes tem um peso elevado sobretudo nesta sociedade imediatista, acaba por nos transmitir o que podemos esperar dessa empresa.
Tendo em conta esta linha de raciocínio e a importância que daí advém, escolhi como tema para o desenvolvimento do meu projecto pessoal o “Grafismos Editorial e Publicitário”.
Como se sabe um dos ramos do Design Gráfico é a produção de “códigos visuais” que facilitem claramente a identificação de uma empresa, daí a importância que a Imagem Corporativa representa para o público.
O que proponho desenvolver neste projecto, mais especificamente, é a construção da imagem corporativa de uma empresa de Construção Civil.
Partindo do zero, começarei pelo logótipo e suas aplicações de modo a construir o Manual de Identidade. Mas como a imagem gráfica de uma empresa não se completa com esta definição visual, desenvolverei meios de apresentação e divulgação da empresa e dos seus “produtos” que podem passar pela elaboração de publicações, catálogos, brochuras, etc., até à criação de CD-ROMs e/ou Websites.
É óbvio que toda esta criação vai passar por várias fases e ao longo do desenvolvimento irão surgir novas ideias a ser ponderadas.
Cláudia Silva
“O Homem é um ser eminentemente emotivo, o que implica uma forma de interacção com o mundo que o rodeia mais empírica do que racional”
Professor Eduardo Aires
Deixamo-nos levar constantemente pela nossa primeira impressão. A nossa mente ao observar seja o que for acaba por construir uma imagem baseada naquilo que “aparenta ser” e que desperta em nós certas sensações. Isto para aclarar que a primeira opinião nasce do que vemos. Sendo assim, tudo o que os nossos olhos processam acaba por fazer com que surja em nós uma opinião rápida e pouco ponderada – o caso da imagem que formamos de outra pessoa.
O mesmo acontece ao nível da comunicação gráfica de uma empresa. A primeira ideia que criamos, e que por vezes tem um peso elevado sobretudo nesta sociedade imediatista, acaba por nos transmitir o que podemos esperar dessa empresa.
Tendo em conta esta linha de raciocínio e a importância que daí advém, escolhi como tema para o desenvolvimento do meu projecto pessoal o “Grafismos Editorial e Publicitário”.
Como se sabe um dos ramos do Design Gráfico é a produção de “códigos visuais” que facilitem claramente a identificação de uma empresa, daí a importância que a Imagem Corporativa representa para o público.
O que proponho desenvolver neste projecto, mais especificamente, é a construção da imagem corporativa de uma empresa de Construção Civil.
Partindo do zero, começarei pelo logótipo e suas aplicações de modo a construir o Manual de Identidade. Mas como a imagem gráfica de uma empresa não se completa com esta definição visual, desenvolverei meios de apresentação e divulgação da empresa e dos seus “produtos” que podem passar pela elaboração de publicações, catálogos, brochuras, etc., até à criação de CD-ROMs e/ou Websites.
É óbvio que toda esta criação vai passar por várias fases e ao longo do desenvolvimento irão surgir novas ideias a ser ponderadas.
Cláudia Silva
quinta-feira, fevereiro 03, 2005
proj.: o que se manifesta diante do olhar
José Duarte
Em qualquer situação ou experiência partilhada por, pelo menos, duas pessoas, a percepção de cada uma está irremediavelmente condicionada pela posição (física e subjectiva) que ocupa.
A impossibilidade da omnipresença determina que o que se manifesta diante do olhar de cada um não possam nunca ser objecto de percepção ou compreensão absoluta. Apenas pela técnica, cinematográfica e fotográfica – pela manipulação do tempo e pela possibilidade de registar, em simultâneo, vários pontos de vista –, é possível justapor, confrontar, cruzar perspectivas de uma mesma situação. Deste modo, serão conceitos-chave deste trabalho as noções de campo e contra-campo.
A esta problemática estão também associadas questões relacionadas com a subjectividade e intersubjectividade. Por um lado, à diversidade de pontos de vista corresponderá sempre igual diversidade de interpretações, determinadas pelo que define a identidade de cada um. Por outro, na relação intersubjectiva, a ambição de compreensão mútua enfrenta sempre a irredutibilidade do Outro, a margem de mistério que resiste à compreensão absoluta.
Em termos de suporte teórico, autores como Roland Barthes, E. Lévinas e Julia Kristeva poderão ser úteis no enquadramento do tema proposto.
Estando ainda por definir a forma como na prática este projecto se irá concretizar e servindo este documento como manifesto de intenções, pretende-se recorrer a todas as disciplinas e temáticas abordadas este ano, passando num primeiro momento por narrativas visuais – pensando a imagem fotográfica e videográfica –, pela componente teórica e, numa ultima fase, por grafismos editoriais.
03 de Fevereiro de 2005.
Em qualquer situação ou experiência partilhada por, pelo menos, duas pessoas, a percepção de cada uma está irremediavelmente condicionada pela posição (física e subjectiva) que ocupa.
A impossibilidade da omnipresença determina que o que se manifesta diante do olhar de cada um não possam nunca ser objecto de percepção ou compreensão absoluta. Apenas pela técnica, cinematográfica e fotográfica – pela manipulação do tempo e pela possibilidade de registar, em simultâneo, vários pontos de vista –, é possível justapor, confrontar, cruzar perspectivas de uma mesma situação. Deste modo, serão conceitos-chave deste trabalho as noções de campo e contra-campo.
A esta problemática estão também associadas questões relacionadas com a subjectividade e intersubjectividade. Por um lado, à diversidade de pontos de vista corresponderá sempre igual diversidade de interpretações, determinadas pelo que define a identidade de cada um. Por outro, na relação intersubjectiva, a ambição de compreensão mútua enfrenta sempre a irredutibilidade do Outro, a margem de mistério que resiste à compreensão absoluta.
Em termos de suporte teórico, autores como Roland Barthes, E. Lévinas e Julia Kristeva poderão ser úteis no enquadramento do tema proposto.
Estando ainda por definir a forma como na prática este projecto se irá concretizar e servindo este documento como manifesto de intenções, pretende-se recorrer a todas as disciplinas e temáticas abordadas este ano, passando num primeiro momento por narrativas visuais – pensando a imagem fotográfica e videográfica –, pela componente teórica e, numa ultima fase, por grafismos editoriais.
03 de Fevereiro de 2005.
proj.: RELATOS PRIVADOS, DISPOSITIVOS FICCIONAIS E (AUTO)BRIOGRAFIAS RETÓRICAS
Luciana Marques
Permiti-me a mim mesma um capricho: clicar três vezes no botão de ‘random’ (Oblique Strategies), e esperar que o que surgisse apoiasse ou que pusesse logo de parte a ideia que eu estava disposta a consolidar. Tive sorte. Ou então o que surgiu iria, de qualquer das formas, fazer sempre sentido para mim.
‘Change nothing and continue with immaculate consistency.’
Brian Eno . Peter Smith
RELATOS PRIVADOS, DISPOSITIVOS FICCIONAIS E (AUTO)BRIOGRAFIAS RETÓRICAS
O conceito que pretendo desenvolver no meu projecto foi extraído do meu dia-a-dia em Barcelona. Não que ele já não estivesse de certa forma implícito na minha rotina, esteja eu onde estiver, mas em Barcelona, e mais concretamente no espaço do Metro, foi de tal forma evidente que não pude deixar de o materializar e de o procurar desenvolver.
Confinada a um espaço reduzido e tão extenso nos seus corredores e múltiplas carruagens, e de toda a quantidade de pessoas que o frequentam e o habitam. Rodeada de pessoas que se evitam olhar, somente fixando o seu destino. Entro na carruagem. Sento-me ou estou de pé, mas sempre acompanhada. Obrigo-me a olhar os outros. Estamos todos juntos sem mais fontes de distracção para além de nos observarmos. Dessa forma entro nas suas vidas e permito que invadam a minha. Um jogo de observar e ser observado, e as sensações íntimas que essas miradas provocam.
Muitos lêem. Livros. Livros grossos. Eu enjoo se leio.
Construo histórias a partir dos títulos dos livros que nem sempre entendo, das paragens em que entram ou saem, o que falam, o que vestem. Desenvolvo-as na possibilidade da minha imaginação e de como ela constrói os outros.
Um desfazamento, um sentimento de estranheza que leva à intrusão na intimidade e à difusão pública de mundos privados. Através do que capto dos outros, das escassas informações que me dão e que se tornam tão importantes, desenvolvo estas novas histórias e percursos que tanto têm de real como de fictício. A minha capacidade de reter vidas e reconstruí-las através do meu olhar e até onde ele me leva. Como se os meus olhos e o meu cérebro fotografassem, por vezes filmassem, retendo e criando. Seguindo os personagens da minha narrativa, procurando descobrir e inventar mais para além do que tive acesso. Situar-me na margem da alteridade e do reflexo.
Falsas cópias e cópias autênticas, impostura e representação. Mentiras verdadeiras -, assim como as inumeráveis delícias que a imagem (estática ou em movimento) proporciona ao voyeur, ao espectador, e a todo aquele/aquela que se sente ou se sabe observado/observada.
Qual a fronteira entre realidade e ficção, quais os limites entre representação e verosimilitude, a distância entre o mundo real e o mundo textual, entre realidade e desejo, quando finalmente o desejo instala-se nas nossas vidas de um modo tão poderoso que contamina, contagia e expande até todo o tipo de territórios exteriores, propiciando precisamente a criação dessas vidas paralelas nas quais pode acontecer tudo aquilo que habitualmente temos carência, tudo aquilo que desejamos.
Estabelecer estas relações peculiares entre realidade e ficção. Novas interpretações dos outros, de nós mesmos; novas construções.
Uma incerta teoria do personagem. Construir a imagem pública através das minhas necessidades e intenções.
Reconhecer que as formas da memória utiliza procedimentos comuns a qualquer tipo de relato de ficção, mas que oferecem uma notória resistência a serem reduzidas às categorias da ficção. Mesclar as duas, sem procurar estabelecer barreiras ou distingui-las.
Procurar explorar a questão de identidade, do sujeito em processo, tendo sempre presentes, em todos os casos, as suas possibilidades, multiplicidades, alterações e os seus altamente produtivos mecanismos de representação.
Partindo da ideia de que a fotografia é essencialmente uma história, um relato, que não concede objectividade desinteressada e que está submergida em propósitos emocionais.
Relacionar o meu projecto com a ideia de simulacro e de aparência, acerca da sedução e do jogo de observar, acerca da distância entre o público e o privado, acerca das obcessões e dos desejos, das ficções, da intrusão, da espionagem, da vigilância, acerca do intercâmbio entre observador e observado.
Inevitável referência à questão do processo, do ritual e da cerimónia. Até que os acontecimentos mais insignificantes acabam adquirindo as formas de um ritual inventado e exclusivo, ordenado e eficaz, quase lógico, mas ao fim e ao cabo um ritual, no qual o processo converte em real e verosímel todo o ocurrido e que vai ocorrer.
Tudo parece matéria de ficção e todos personagens de novela. Visualizo o meu projecto em imagens estáticas, em movimento (enquanto sigo os meus personagens) e nas suas/ minhas narrações.
fbaup, janeiro 2005
Permiti-me a mim mesma um capricho: clicar três vezes no botão de ‘random’ (Oblique Strategies), e esperar que o que surgisse apoiasse ou que pusesse logo de parte a ideia que eu estava disposta a consolidar. Tive sorte. Ou então o que surgiu iria, de qualquer das formas, fazer sempre sentido para mim.
‘Change nothing and continue with immaculate consistency.’
Brian Eno . Peter Smith
RELATOS PRIVADOS, DISPOSITIVOS FICCIONAIS E (AUTO)BRIOGRAFIAS RETÓRICAS
O conceito que pretendo desenvolver no meu projecto foi extraído do meu dia-a-dia em Barcelona. Não que ele já não estivesse de certa forma implícito na minha rotina, esteja eu onde estiver, mas em Barcelona, e mais concretamente no espaço do Metro, foi de tal forma evidente que não pude deixar de o materializar e de o procurar desenvolver.
Confinada a um espaço reduzido e tão extenso nos seus corredores e múltiplas carruagens, e de toda a quantidade de pessoas que o frequentam e o habitam. Rodeada de pessoas que se evitam olhar, somente fixando o seu destino. Entro na carruagem. Sento-me ou estou de pé, mas sempre acompanhada. Obrigo-me a olhar os outros. Estamos todos juntos sem mais fontes de distracção para além de nos observarmos. Dessa forma entro nas suas vidas e permito que invadam a minha. Um jogo de observar e ser observado, e as sensações íntimas que essas miradas provocam.
Muitos lêem. Livros. Livros grossos. Eu enjoo se leio.
Construo histórias a partir dos títulos dos livros que nem sempre entendo, das paragens em que entram ou saem, o que falam, o que vestem. Desenvolvo-as na possibilidade da minha imaginação e de como ela constrói os outros.
Um desfazamento, um sentimento de estranheza que leva à intrusão na intimidade e à difusão pública de mundos privados. Através do que capto dos outros, das escassas informações que me dão e que se tornam tão importantes, desenvolvo estas novas histórias e percursos que tanto têm de real como de fictício. A minha capacidade de reter vidas e reconstruí-las através do meu olhar e até onde ele me leva. Como se os meus olhos e o meu cérebro fotografassem, por vezes filmassem, retendo e criando. Seguindo os personagens da minha narrativa, procurando descobrir e inventar mais para além do que tive acesso. Situar-me na margem da alteridade e do reflexo.
Falsas cópias e cópias autênticas, impostura e representação. Mentiras verdadeiras -, assim como as inumeráveis delícias que a imagem (estática ou em movimento) proporciona ao voyeur, ao espectador, e a todo aquele/aquela que se sente ou se sabe observado/observada.
Qual a fronteira entre realidade e ficção, quais os limites entre representação e verosimilitude, a distância entre o mundo real e o mundo textual, entre realidade e desejo, quando finalmente o desejo instala-se nas nossas vidas de um modo tão poderoso que contamina, contagia e expande até todo o tipo de territórios exteriores, propiciando precisamente a criação dessas vidas paralelas nas quais pode acontecer tudo aquilo que habitualmente temos carência, tudo aquilo que desejamos.
Estabelecer estas relações peculiares entre realidade e ficção. Novas interpretações dos outros, de nós mesmos; novas construções.
Uma incerta teoria do personagem. Construir a imagem pública através das minhas necessidades e intenções.
Reconhecer que as formas da memória utiliza procedimentos comuns a qualquer tipo de relato de ficção, mas que oferecem uma notória resistência a serem reduzidas às categorias da ficção. Mesclar as duas, sem procurar estabelecer barreiras ou distingui-las.
Procurar explorar a questão de identidade, do sujeito em processo, tendo sempre presentes, em todos os casos, as suas possibilidades, multiplicidades, alterações e os seus altamente produtivos mecanismos de representação.
Partindo da ideia de que a fotografia é essencialmente uma história, um relato, que não concede objectividade desinteressada e que está submergida em propósitos emocionais.
Relacionar o meu projecto com a ideia de simulacro e de aparência, acerca da sedução e do jogo de observar, acerca da distância entre o público e o privado, acerca das obcessões e dos desejos, das ficções, da intrusão, da espionagem, da vigilância, acerca do intercâmbio entre observador e observado.
Inevitável referência à questão do processo, do ritual e da cerimónia. Até que os acontecimentos mais insignificantes acabam adquirindo as formas de um ritual inventado e exclusivo, ordenado e eficaz, quase lógico, mas ao fim e ao cabo um ritual, no qual o processo converte em real e verosímel todo o ocurrido e que vai ocorrer.
Tudo parece matéria de ficção e todos personagens de novela. Visualizo o meu projecto em imagens estáticas, em movimento (enquanto sigo os meus personagens) e nas suas/ minhas narrações.
fbaup, janeiro 2005
proj:Declaração de Intenções para o Projecto Pessoal de Fim de Curso
Madalena Gagliardini Graça
Ao longo destes cinco anos no curso de Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes, deparei-me com muitas novas questões e, algumas, continuam hoje por esclarecer. Muitas mais se manifestaram, ganhando consistência, agora que estou num novo ambiente, país, cultura, sistema de ensino. Certa de que não vou chegar ao fim com todas as minhas dúvidas esclarecidas, sinto que se impõe ver algumas destas dissipadas antes de entrar no mundo do trabalho.
Aqui em Itália, caí no erro de chamar a atenção a uma colega de que nós também somos artistas. Muito ofendida, respondeu-me que não era artista, era projectista… tratei de investigar, e descobri que isso mesmo lhes é ensinado, atirando os artistas para um patamar de irresponsabilidade, e frequente desprendimento, face ao receptor da sua mensagem. Se, ao início, tinha ficado feliz por ver que o curso de Design de Comunicação no Politécnico de Milão se preocupava em preparar os alunos para serem, acima de tudo, bons projectistas e comunicadores, assusta-me esta prisão de movimentos subjugada às Marcas e suas estratégias de Marketing e Publicidade.
Paolo Landi diz, no seu irónico livro “Manual para a Criação do Pequeno Consumidor”, que “...A publicidade não vende apenas produtos mas todo um mundo em que os produtos são o objectivo e a razão última da vida....” Fomos engolidos neste mundo? Contribuímos para este ciclo? Regemo-nos pelas mesmas regras?
Não somos nós, designers, artistas que utilizam todos os meios ao seu alcance para criar e transmitir mensagens? Afinal, qual é o meu/nosso lugar? É possível o equilíbrio, ou há uma soberania do Marketing face ao Design de Comunicação? Comunicação é Marketing? Ainda se pensa que há um só método a seguir?
Até que ponto as regras dos manuais e os passos estabelecidos, que um projecto de comunicação visual deve seguir, contribuem para o sucesso absoluto de um projecto? Kevin Roberts, que gere mais de 7000 criativos em 82 países na empresa Saatchi & Saatchi, diz em “Lovemarks the future beyond brands” que o mais importante é não deixar de confiar na intuição, ”...zig when others zag...”.
Onde está o bom Design, na rua, na net? Perto ou longe do homem comum? Dentro de um museu? Quem lá vai? Há pouco tempo, ouvi numa conversa entre designers, um que dizia :“cada vez me convenço mais de que o melhor design não está na rua”. Onde está? Na net? Quantos são os que têm acesso à internet? Quantos são os que acedem a bons sites? Podemos, então, falar da globalização de elite?
Observar os porquês, descobrir onde é que o Design se perdeu para ser, hoje, entendido como objecto de consumo de uma pequena camada social eventualmente mais esclarecida do que o comum dos mortais. Onde é consumido, por quem, Investigar, Criar e Criticar. Uma necessidade, uma vontade uma imposição.
Vejo o meu projecto de fim de curso inserido no tema Crítica e Investigação. Não me sinto preparada para me vincular com mais pormenores, mas, apaziguando esta tormenta de questões, admito que, após o meu regresso, estas se resumam, se modifiquem, mas estou certa de que é questionando que se cresce. Tenho a certeza de que este o caminho que quero seguir.
fbaup, janeiro 2005
Ao longo destes cinco anos no curso de Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes, deparei-me com muitas novas questões e, algumas, continuam hoje por esclarecer. Muitas mais se manifestaram, ganhando consistência, agora que estou num novo ambiente, país, cultura, sistema de ensino. Certa de que não vou chegar ao fim com todas as minhas dúvidas esclarecidas, sinto que se impõe ver algumas destas dissipadas antes de entrar no mundo do trabalho.
Aqui em Itália, caí no erro de chamar a atenção a uma colega de que nós também somos artistas. Muito ofendida, respondeu-me que não era artista, era projectista… tratei de investigar, e descobri que isso mesmo lhes é ensinado, atirando os artistas para um patamar de irresponsabilidade, e frequente desprendimento, face ao receptor da sua mensagem. Se, ao início, tinha ficado feliz por ver que o curso de Design de Comunicação no Politécnico de Milão se preocupava em preparar os alunos para serem, acima de tudo, bons projectistas e comunicadores, assusta-me esta prisão de movimentos subjugada às Marcas e suas estratégias de Marketing e Publicidade.
Paolo Landi diz, no seu irónico livro “Manual para a Criação do Pequeno Consumidor”, que “...A publicidade não vende apenas produtos mas todo um mundo em que os produtos são o objectivo e a razão última da vida....” Fomos engolidos neste mundo? Contribuímos para este ciclo? Regemo-nos pelas mesmas regras?
Não somos nós, designers, artistas que utilizam todos os meios ao seu alcance para criar e transmitir mensagens? Afinal, qual é o meu/nosso lugar? É possível o equilíbrio, ou há uma soberania do Marketing face ao Design de Comunicação? Comunicação é Marketing? Ainda se pensa que há um só método a seguir?
Até que ponto as regras dos manuais e os passos estabelecidos, que um projecto de comunicação visual deve seguir, contribuem para o sucesso absoluto de um projecto? Kevin Roberts, que gere mais de 7000 criativos em 82 países na empresa Saatchi & Saatchi, diz em “Lovemarks the future beyond brands” que o mais importante é não deixar de confiar na intuição, ”...zig when others zag...”.
Onde está o bom Design, na rua, na net? Perto ou longe do homem comum? Dentro de um museu? Quem lá vai? Há pouco tempo, ouvi numa conversa entre designers, um que dizia :“cada vez me convenço mais de que o melhor design não está na rua”. Onde está? Na net? Quantos são os que têm acesso à internet? Quantos são os que acedem a bons sites? Podemos, então, falar da globalização de elite?
Observar os porquês, descobrir onde é que o Design se perdeu para ser, hoje, entendido como objecto de consumo de uma pequena camada social eventualmente mais esclarecida do que o comum dos mortais. Onde é consumido, por quem, Investigar, Criar e Criticar. Uma necessidade, uma vontade uma imposição.
Vejo o meu projecto de fim de curso inserido no tema Crítica e Investigação. Não me sinto preparada para me vincular com mais pormenores, mas, apaziguando esta tormenta de questões, admito que, após o meu regresso, estas se resumam, se modifiquem, mas estou certa de que é questionando que se cresce. Tenho a certeza de que este o caminho que quero seguir.
fbaup, janeiro 2005
Proj: Sebenta de Grafismos Editoriais e Publicitários
Pedro Messias
Vou directo ao assunto:
em que medida é legítimo utilizar-se as palavras "científico" e
"design" na mesma frase?
Tenho visto esses termos serem aplicados em conjunto várias vezes, sob diversas formas e em diversos contextos pelos
professores deste curso e não faço a pergunta numa lógica de confrontação, mas com genuína curiosidade.
Frequentei recentemente um curso numa faculdade onde são leccionadas matérias de acentuado carácter científico, em
particular das ciências duras, e onde para entrar tive de conseguir notas razoáveis em exames nacionais de física e biologia. Ali, o património histórico das disciplinas nunca é tão importante como o seu presente corpo
de conhecimentos, em parte por tudo não se resumir a uma sucessão mais ou menos arbitrária e circunstancial de correntes estilísticas/filosóficas. Em termos muito simples, na ciência, a qualidade e utilidade suas produções é aferida com relativa simplicidade e clareza pela sobreposição com um acetato bem definido: o de uma realidade exterior muito concreta chamada Realidade (com R em caixa alta). O seu corpo de conhecimentos converge lenta mas
inexoravelmente para um único ponto de fuga: a Verdade (com V em caixa
alta). Nas suas escolas há manuais, há sebentas, são apresentadas, para cada disciplina, bibliografias de, na maior parte dos casos, 4, 5 ou 6 títulos no máximo. A validade e precisão de uma afirmação feita por um professor, de uma crítica a um procedimento, podem ser facilmente corroboradas ou negadas pela simples consulta da literatura. Isto porque no meio científico, a dimensão da intersecção do conhecimento dos especialistas sobrepõe-se largamente ao que sobra nas franjas exteriores da discordância. Que garantias nos são dadas, num curso de design gráfico, de que não estamos a ouvir nas aulas apenas as introspecções pessoais, intra-filosóficas, de cada um dos professores? Por outro lado, mesmo em ciências entre aspas corpo 340 como a sociologia se nota um esforço de quantificação. Faz-se por se expressar as relações entre variàveis sob a forma de relações matemáticas, ftrata-se estatísticamente os dados, etc. No design, o único esforço de quantificação parece estar na avaliação dos alunos.
Em face disto, surge-me como contraditória determinada colagem à linguagem científica, em particular
quando o pós-moderno vive com o estigma do horror à ideia iluminista do designer como prestador de serviços, e portanto susceptível de ter de prestar contas a uma realidade exterior. "Afinal, o designer não é um reles engenheiro gráfico!" Então que designers se formam nesta escola? O design
pós-moderno parece insistir em seguir a via do auto-centrismo, da auto-referência, da auto-complacência. No limite não é muito mais que masturbação intelectual. Não me interpretem mal, concordo que a masturbação tem o seu lugar, mas acontece que apenas meia dúzia de previlegiados consegue viver dela.
Gostaria de conseguir elaborar uma sebenta para a disciplina de Grafismos Editoriais e Publicitários, sensivelmente nos moldes das sebentas das disciplinas dos cursos de ciências duras, onde fique compilado e sistematizado um corpo de conhecimentos específico da disciplina capaz de reunir o consenso possível dos especialistas.
Janeiro de 2005
Vou directo ao assunto:
em que medida é legítimo utilizar-se as palavras "científico" e
"design" na mesma frase?
Tenho visto esses termos serem aplicados em conjunto várias vezes, sob diversas formas e em diversos contextos pelos
professores deste curso e não faço a pergunta numa lógica de confrontação, mas com genuína curiosidade.
Frequentei recentemente um curso numa faculdade onde são leccionadas matérias de acentuado carácter científico, em
particular das ciências duras, e onde para entrar tive de conseguir notas razoáveis em exames nacionais de física e biologia. Ali, o património histórico das disciplinas nunca é tão importante como o seu presente corpo
de conhecimentos, em parte por tudo não se resumir a uma sucessão mais ou menos arbitrária e circunstancial de correntes estilísticas/filosóficas. Em termos muito simples, na ciência, a qualidade e utilidade suas produções é aferida com relativa simplicidade e clareza pela sobreposição com um acetato bem definido: o de uma realidade exterior muito concreta chamada Realidade (com R em caixa alta). O seu corpo de conhecimentos converge lenta mas
inexoravelmente para um único ponto de fuga: a Verdade (com V em caixa
alta). Nas suas escolas há manuais, há sebentas, são apresentadas, para cada disciplina, bibliografias de, na maior parte dos casos, 4, 5 ou 6 títulos no máximo. A validade e precisão de uma afirmação feita por um professor, de uma crítica a um procedimento, podem ser facilmente corroboradas ou negadas pela simples consulta da literatura. Isto porque no meio científico, a dimensão da intersecção do conhecimento dos especialistas sobrepõe-se largamente ao que sobra nas franjas exteriores da discordância. Que garantias nos são dadas, num curso de design gráfico, de que não estamos a ouvir nas aulas apenas as introspecções pessoais, intra-filosóficas, de cada um dos professores? Por outro lado, mesmo em ciências entre aspas corpo 340 como a sociologia se nota um esforço de quantificação. Faz-se por se expressar as relações entre variàveis sob a forma de relações matemáticas, ftrata-se estatísticamente os dados, etc. No design, o único esforço de quantificação parece estar na avaliação dos alunos.
Em face disto, surge-me como contraditória determinada colagem à linguagem científica, em particular
quando o pós-moderno vive com o estigma do horror à ideia iluminista do designer como prestador de serviços, e portanto susceptível de ter de prestar contas a uma realidade exterior. "Afinal, o designer não é um reles engenheiro gráfico!" Então que designers se formam nesta escola? O design
pós-moderno parece insistir em seguir a via do auto-centrismo, da auto-referência, da auto-complacência. No limite não é muito mais que masturbação intelectual. Não me interpretem mal, concordo que a masturbação tem o seu lugar, mas acontece que apenas meia dúzia de previlegiados consegue viver dela.
Gostaria de conseguir elaborar uma sebenta para a disciplina de Grafismos Editoriais e Publicitários, sensivelmente nos moldes das sebentas das disciplinas dos cursos de ciências duras, onde fique compilado e sistematizado um corpo de conhecimentos específico da disciplina capaz de reunir o consenso possível dos especialistas.
Janeiro de 2005
quarta-feira, fevereiro 02, 2005
proj.: O designer de comunicação como mediador de conhecimento
Miguel Januário
Qual seria o efeito na sociedade se as imagens gráficas, de repente, deixassem de existir? Se a comunicação gráfica desaparecesse, se os seus objectos, símbolos e signos que fixamos na nossa memória e nos amparam no caminhar diário neste labirinto de informação, a mesma que nos permite pensar que temos os pés assentes na terra, sumissem? Se não deixasse de existir, mas, por outro lado, ganhasse formas sobre as quais não temos conhecimento ou habituação ou proximidade, ou então se essa comunicação fosse alterada e/ou trocada de lugar, entrando em confronto com uma já existente que, no fundo toda igual, mas devidamente seleccionada e objectivamente construída e determinada, acabasse por nos baralhar, nos confundisse por alteração, nos deixasse, nem que por breves momentos, perdidos num mundo que nós próprios desenhamos, numa realidade visual que nós construímos e da qual dependemos, como se tratasse, não duma droga, mas do ar que respiramos? O desaparecimento de todo o objecto gráfico de informação ou uma alteração drástica de um modo global, no sentido conceptual e visual deste, levaria a humanidade a um verdadeiro caos, tão destrutivo, do ponto de vista evolutivo da sociedade, como a destruição causada por uma grande guerra (sendo a própria informação que desta poderia surgir, pela sua adulteração institucional, já por si igualmente destrutiva...). São infinitos os objectos gráficos dos quais a sociedade depende, nos quais estabelece os próprios alicerces do seu funcionamento, da sua existência e sobrevivência como tal (a economia e o mercado, o neo-liberalismo, as “democracias”, a educação, o desemprego, a bolsa, o dinheiro, as cotações, as transacções, a publicidade, a imprensa e a televisão, a própria rádio, as instituições, a autoridade, as fronteiras, o mundo…). Mas esta ordem comunicacional, este universo linguístico infindável de sistemas e signos e imagens, não é, apesar de tudo um campo de livre acesso ou exposição. Os limites culturais estabelecem importantes fronteiras e barreiras que são determinantes para o correcto funcionamento de uma linguagem gráfica (e não só) específica. Sejam estes “obstáculos” de ordem cultural, ideológica, geográfica, legal, religiosa, morais e éticos… Ainda assim, o objectivo egocêntrico e vaidoso (próprio da criação) da comunicação gráfica, posteriormente comprado, aliado à necessidade humana de direcção e distinção, próprio de um ser auto-denominado inteligente, que sente necessidades quase fisiológicas de condução (como é exemplo a religião ou o futebol), procura a maior expansão possível, e, apesar de estabelecer, por diversas razões naturais, públicos e objectivos distintos e particulares, quanto maior a projecção, melhor concretizada é essa comunicação, claro está se a despirmos de veracidade ou falsidade, o que quer que isso seja realmente. Claro que neste campo, reina o vale-tudo, pois nunca podemos esquecer que tudo aquilo que “lê-mos” nos é imposto, seja por obrigação, seja por selecção, seja pelo simples facto que, maioritariamente, só vemos aquilo que há para ver… O designer de comunicação funciona assim como o agente mediador de conhecimento e passagem, em relação ao que se sabe, é ele que arranja o modo de dizer, é ele que veste a informação, a maquilha. É o desenhador das simbologias e dos significados, do ir para a esquerda ou para a direita, faz-nos girar a cabeça se for preciso, entrar e sair onde devemos. Pode também, simplesmente, fazer-nos entrar na casa de banho errada.
Assim, aliando a minha experiência no campo do graffiti e da street art, ao que aprendi nos cinco (seis) anos no curso de design de comunicação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, devidamente pago ao estado português, o qual irá ainda ganhar posteriormente com a minha formação, por encargos fiscais da minha profissão, irei assim, em total consciência, com o uso de diversas intervenções distintas em espaços públicos, principalmente de rua, alienar, distorcer, adulterar, subliminar objectos gráficos importantes na nossa deambulação diária. Vou procurar, de um modo diversificado nos meios e nos fins, abanar uns, chocar outros, confundir, mostrar o quanto as pessoas, por vezes, dependem de um número, de meia dúzia de letras estrategicamente colocadas num determinado lugar, a importância de uma direcção, do apontar de um dedo (tão incorrecto), o quanto choca o grande ou o pequeno, utilizando, seja a imagem megalómana ou um simples ponto…
Pretendo que estas intervenções não passem despercebidas, que sejam notadas e que realmente ganhem um impacto inteligente em relação a muitas das intervenções já existentes, que não morram facilmente perdidas porque são efémeras, seja no que dizem, no que contestam, no que mudam ou no modo como se realizam, mas que ganhem no tempo guardados ou perdidos numa qualquer memória, numa qualquer consciência, num atraso, num dia ganho ou perdido…
É minha intenção apresentar o trabalho em formato vídeo, o qual será um resumo visual de todas as acções por mim realizadas. A fotografia poderá também vir a ser um meio utilizado.
fbaup, janeiro 2005
Qual seria o efeito na sociedade se as imagens gráficas, de repente, deixassem de existir? Se a comunicação gráfica desaparecesse, se os seus objectos, símbolos e signos que fixamos na nossa memória e nos amparam no caminhar diário neste labirinto de informação, a mesma que nos permite pensar que temos os pés assentes na terra, sumissem? Se não deixasse de existir, mas, por outro lado, ganhasse formas sobre as quais não temos conhecimento ou habituação ou proximidade, ou então se essa comunicação fosse alterada e/ou trocada de lugar, entrando em confronto com uma já existente que, no fundo toda igual, mas devidamente seleccionada e objectivamente construída e determinada, acabasse por nos baralhar, nos confundisse por alteração, nos deixasse, nem que por breves momentos, perdidos num mundo que nós próprios desenhamos, numa realidade visual que nós construímos e da qual dependemos, como se tratasse, não duma droga, mas do ar que respiramos? O desaparecimento de todo o objecto gráfico de informação ou uma alteração drástica de um modo global, no sentido conceptual e visual deste, levaria a humanidade a um verdadeiro caos, tão destrutivo, do ponto de vista evolutivo da sociedade, como a destruição causada por uma grande guerra (sendo a própria informação que desta poderia surgir, pela sua adulteração institucional, já por si igualmente destrutiva...). São infinitos os objectos gráficos dos quais a sociedade depende, nos quais estabelece os próprios alicerces do seu funcionamento, da sua existência e sobrevivência como tal (a economia e o mercado, o neo-liberalismo, as “democracias”, a educação, o desemprego, a bolsa, o dinheiro, as cotações, as transacções, a publicidade, a imprensa e a televisão, a própria rádio, as instituições, a autoridade, as fronteiras, o mundo…). Mas esta ordem comunicacional, este universo linguístico infindável de sistemas e signos e imagens, não é, apesar de tudo um campo de livre acesso ou exposição. Os limites culturais estabelecem importantes fronteiras e barreiras que são determinantes para o correcto funcionamento de uma linguagem gráfica (e não só) específica. Sejam estes “obstáculos” de ordem cultural, ideológica, geográfica, legal, religiosa, morais e éticos… Ainda assim, o objectivo egocêntrico e vaidoso (próprio da criação) da comunicação gráfica, posteriormente comprado, aliado à necessidade humana de direcção e distinção, próprio de um ser auto-denominado inteligente, que sente necessidades quase fisiológicas de condução (como é exemplo a religião ou o futebol), procura a maior expansão possível, e, apesar de estabelecer, por diversas razões naturais, públicos e objectivos distintos e particulares, quanto maior a projecção, melhor concretizada é essa comunicação, claro está se a despirmos de veracidade ou falsidade, o que quer que isso seja realmente. Claro que neste campo, reina o vale-tudo, pois nunca podemos esquecer que tudo aquilo que “lê-mos” nos é imposto, seja por obrigação, seja por selecção, seja pelo simples facto que, maioritariamente, só vemos aquilo que há para ver… O designer de comunicação funciona assim como o agente mediador de conhecimento e passagem, em relação ao que se sabe, é ele que arranja o modo de dizer, é ele que veste a informação, a maquilha. É o desenhador das simbologias e dos significados, do ir para a esquerda ou para a direita, faz-nos girar a cabeça se for preciso, entrar e sair onde devemos. Pode também, simplesmente, fazer-nos entrar na casa de banho errada.
Assim, aliando a minha experiência no campo do graffiti e da street art, ao que aprendi nos cinco (seis) anos no curso de design de comunicação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, devidamente pago ao estado português, o qual irá ainda ganhar posteriormente com a minha formação, por encargos fiscais da minha profissão, irei assim, em total consciência, com o uso de diversas intervenções distintas em espaços públicos, principalmente de rua, alienar, distorcer, adulterar, subliminar objectos gráficos importantes na nossa deambulação diária. Vou procurar, de um modo diversificado nos meios e nos fins, abanar uns, chocar outros, confundir, mostrar o quanto as pessoas, por vezes, dependem de um número, de meia dúzia de letras estrategicamente colocadas num determinado lugar, a importância de uma direcção, do apontar de um dedo (tão incorrecto), o quanto choca o grande ou o pequeno, utilizando, seja a imagem megalómana ou um simples ponto…
Pretendo que estas intervenções não passem despercebidas, que sejam notadas e que realmente ganhem um impacto inteligente em relação a muitas das intervenções já existentes, que não morram facilmente perdidas porque são efémeras, seja no que dizem, no que contestam, no que mudam ou no modo como se realizam, mas que ganhem no tempo guardados ou perdidos numa qualquer memória, numa qualquer consciência, num atraso, num dia ganho ou perdido…
É minha intenção apresentar o trabalho em formato vídeo, o qual será um resumo visual de todas as acções por mim realizadas. A fotografia poderá também vir a ser um meio utilizado.
fbaup, janeiro 2005
terça-feira, fevereiro 01, 2005
proj.: Manipulação Física da Linguagem
Cátia Rodrigues
O projecto a desenvolver até ao final do ano tem por objectivo produzir a ideia de que vivemos numa sociedade com medo de ser original e autêntica no devido modo que a própria natureza exige ser. A privatização da identidade do ser humano, a qual pode levar a uma profunda crise interior, pode por conseguinte colocar a sociedade em risco. Deste modo, penso que faz sentido continuar com o trabalho realizado para a disciplina de Fotografia, e exposto na exposição, o qual obteve uma relação com a disciplina de Desenho Gráfico, em termos técnicos. Isto é, a experimentação da técnica cut-up, mais precisamente, o corte de uma imagem em quatro partes, permitiu-me realizar narrativas visuais ilimitadas, submetidas a inúmeras interpretações quando o receptor é obrigado a criar a sua própria narrativa.
A vontade de viver numa sociedade com mentes criativas, pareceu-me importante registar perfis do corpo humano sem qualquer manipulação, em termos tecnológicos, de certa forma, também, permitir a qualquer leitor ver a originalidade dos momentos que passaram na realidade com os próprios bailarinos e as pessoas envolventes num determinado espaço.
Para podermos compreender e interpretar o que nos rodeia, para além da justificação racional e planificadora, devemos ter em conta o mundo das emoções, o qual costuma agir de uma forma bem mais espontânea. Apenas a coordenação da capacidade de sentir com a capacidade de pensar proporciona ao ser humano o seu amplo leque de possibilidades de expressão, único na natureza. Até por razões etimológicas, emoção (provém do latim emovere) significa mover para fora, movimento ou mudança. De uma maneira geral, as emoções estão ligadas a um impulso involuntário de fazer qualquer coisa. A dança é uma dessas possibilidades, por essa mesma razão justifica continuar com o trabalho desenvolvido desde o princípio do ano para ambas as disciplinas. No entanto, gostaria que a concretização das inúmeras narrativas visuais realizadas até ao momento para ambas as disciplinas obtivessem novos e diferentes contextos através da manipulação física da sua própria linguagem.
Toscani, com o tema “Realidade & Utopia - O Mundo na Feira das Ideias”, defendeu que a grande utopia dos nossos dias é pensar. A humanidade está viciada nos “media”. De acordo com esta observação o trabalho continuará a reflectir a necessidade de destruir preconceitos e conformismos que nos governam consciente e/ou inconscientemente. O verdadeiro Eu, que ainda é, para a maior parte dos homens, latente, velado, “inconsciente”, foi e continuará a ser a principal reflexão do trabalho desenvolvido ao longo do ano, sobretudo com o objectivo imediato de reflexões e experiências subjectivas e pessoais susceptíveis de ampliação, aprofundamento e de modificações. Em paralelo, pretendo alargar o conhecimento do nosso mundo psíquico, entrar em contacto com ele, explorar realidades insuspeitas, mistérios a serem descobertos…
O homem movido por uma espécie de ânsia, esse impulso que leva a humanidade a progredir, há quem duvide da possibilidade inerente ao homem de melhorar, evoluir, e, entre várias causas, as principais são as seguintes: a ignorância do homem em relação à sua verdadeira natureza; e, a ideia confusa e pouco clara que se tem do conceito de evolução.
Conhecemos o espaço exterior, mas não o espaço interior, o mundo misterioso mas real da psique, que na verdade se assemelha a um cosmo, a um universo, pelas infinitas e ocultas possibilidades a descobrir. Mesmo que o homem não tenha disso uma consciência exacta, o interior aproxima-se da sua consciência, e faz sentir a sua presença e a sua vitalidade através de sintomas e mensagens que aprenderemos pouco a pouco a decifrar.
O homem procura tomar consciência de si mesmo, e, evolução significa exactamente isso: tornarmo-nos conscientes e aprofundar e ampliar a consciência até descobrirmos quem realmente somos. Evolução não significa um movimento no tempo a um fim exterior. O homem progride interiormente, a seguir projecta no exterior o seu amadurecimento subjectivo, no campo social, cultural, moral e religioso.
A psicanálise, ou psicologia de profundidade responde à actual necessidade evolutiva do homem, entender que a realidade não é o que ele percebe com os cinco sentidos, mas “algo” que está sob, ou melhor, “dentro” das coisas.
No sentido psicológico, o homem é uma dualidade entre o consciente e o inconsciente, e é somente do equilíbrio entre esses dois aspectos da psique que pode surgir o verdadeiro homem: o Si. Muitos são, os que hoje começam a perceber que deve existir algo por trás das aparências fenomênicas e que sentem a exigência de procurar esse “algo” mais. O eu racional, a parte consciente do homem, sente que deve conhecer “a outra face” de si mesmo, a parte inconsciente. Para chegar a essa realidade mais profunda, é preciso passar por todos os níveis do mundo psíquico, introverter-se para aprender a olhar para dentro de si e descobrir pouco a pouco as energias, as faculdades, as potencialidades do próprio ser psicológico. De certa forma, devemos nos sensibilizar com a complexa, rica e variada actividade da nossa psique consciente e, em seguida, acostumarmo-nos a reconhecer também as “mensagens” e os “símbolos” que o nosso inconsciente nos transmite.
Porquê explorar e conhecer o mundo psíquico?
É uma exigência natural, um apelo à compreensão do significado evoluir: tornar-me aquilo que já sou. Tornar-me aquilo que já sou! Tornar-me aquilo que já sou?
fbaup, janeiro 2005
O projecto a desenvolver até ao final do ano tem por objectivo produzir a ideia de que vivemos numa sociedade com medo de ser original e autêntica no devido modo que a própria natureza exige ser. A privatização da identidade do ser humano, a qual pode levar a uma profunda crise interior, pode por conseguinte colocar a sociedade em risco. Deste modo, penso que faz sentido continuar com o trabalho realizado para a disciplina de Fotografia, e exposto na exposição, o qual obteve uma relação com a disciplina de Desenho Gráfico, em termos técnicos. Isto é, a experimentação da técnica cut-up, mais precisamente, o corte de uma imagem em quatro partes, permitiu-me realizar narrativas visuais ilimitadas, submetidas a inúmeras interpretações quando o receptor é obrigado a criar a sua própria narrativa.
A vontade de viver numa sociedade com mentes criativas, pareceu-me importante registar perfis do corpo humano sem qualquer manipulação, em termos tecnológicos, de certa forma, também, permitir a qualquer leitor ver a originalidade dos momentos que passaram na realidade com os próprios bailarinos e as pessoas envolventes num determinado espaço.
Para podermos compreender e interpretar o que nos rodeia, para além da justificação racional e planificadora, devemos ter em conta o mundo das emoções, o qual costuma agir de uma forma bem mais espontânea. Apenas a coordenação da capacidade de sentir com a capacidade de pensar proporciona ao ser humano o seu amplo leque de possibilidades de expressão, único na natureza. Até por razões etimológicas, emoção (provém do latim emovere) significa mover para fora, movimento ou mudança. De uma maneira geral, as emoções estão ligadas a um impulso involuntário de fazer qualquer coisa. A dança é uma dessas possibilidades, por essa mesma razão justifica continuar com o trabalho desenvolvido desde o princípio do ano para ambas as disciplinas. No entanto, gostaria que a concretização das inúmeras narrativas visuais realizadas até ao momento para ambas as disciplinas obtivessem novos e diferentes contextos através da manipulação física da sua própria linguagem.
Toscani, com o tema “Realidade & Utopia - O Mundo na Feira das Ideias”, defendeu que a grande utopia dos nossos dias é pensar. A humanidade está viciada nos “media”. De acordo com esta observação o trabalho continuará a reflectir a necessidade de destruir preconceitos e conformismos que nos governam consciente e/ou inconscientemente. O verdadeiro Eu, que ainda é, para a maior parte dos homens, latente, velado, “inconsciente”, foi e continuará a ser a principal reflexão do trabalho desenvolvido ao longo do ano, sobretudo com o objectivo imediato de reflexões e experiências subjectivas e pessoais susceptíveis de ampliação, aprofundamento e de modificações. Em paralelo, pretendo alargar o conhecimento do nosso mundo psíquico, entrar em contacto com ele, explorar realidades insuspeitas, mistérios a serem descobertos…
O homem movido por uma espécie de ânsia, esse impulso que leva a humanidade a progredir, há quem duvide da possibilidade inerente ao homem de melhorar, evoluir, e, entre várias causas, as principais são as seguintes: a ignorância do homem em relação à sua verdadeira natureza; e, a ideia confusa e pouco clara que se tem do conceito de evolução.
Conhecemos o espaço exterior, mas não o espaço interior, o mundo misterioso mas real da psique, que na verdade se assemelha a um cosmo, a um universo, pelas infinitas e ocultas possibilidades a descobrir. Mesmo que o homem não tenha disso uma consciência exacta, o interior aproxima-se da sua consciência, e faz sentir a sua presença e a sua vitalidade através de sintomas e mensagens que aprenderemos pouco a pouco a decifrar.
O homem procura tomar consciência de si mesmo, e, evolução significa exactamente isso: tornarmo-nos conscientes e aprofundar e ampliar a consciência até descobrirmos quem realmente somos. Evolução não significa um movimento no tempo a um fim exterior. O homem progride interiormente, a seguir projecta no exterior o seu amadurecimento subjectivo, no campo social, cultural, moral e religioso.
A psicanálise, ou psicologia de profundidade responde à actual necessidade evolutiva do homem, entender que a realidade não é o que ele percebe com os cinco sentidos, mas “algo” que está sob, ou melhor, “dentro” das coisas.
No sentido psicológico, o homem é uma dualidade entre o consciente e o inconsciente, e é somente do equilíbrio entre esses dois aspectos da psique que pode surgir o verdadeiro homem: o Si. Muitos são, os que hoje começam a perceber que deve existir algo por trás das aparências fenomênicas e que sentem a exigência de procurar esse “algo” mais. O eu racional, a parte consciente do homem, sente que deve conhecer “a outra face” de si mesmo, a parte inconsciente. Para chegar a essa realidade mais profunda, é preciso passar por todos os níveis do mundo psíquico, introverter-se para aprender a olhar para dentro de si e descobrir pouco a pouco as energias, as faculdades, as potencialidades do próprio ser psicológico. De certa forma, devemos nos sensibilizar com a complexa, rica e variada actividade da nossa psique consciente e, em seguida, acostumarmo-nos a reconhecer também as “mensagens” e os “símbolos” que o nosso inconsciente nos transmite.
Porquê explorar e conhecer o mundo psíquico?
É uma exigência natural, um apelo à compreensão do significado evoluir: tornar-me aquilo que já sou. Tornar-me aquilo que já sou! Tornar-me aquilo que já sou?
fbaup, janeiro 2005
proj.: Código e reprodução
Joana Granja
«O que é um código? Em diferentes domínios utiliza-se a noção de «código» como um termo genérico para aludir ao conjunto ou conexões formais, regras, convenções que definem uma determinada composição. Assim, «código» pode remeter a formas de organização sociais, leis ou normas jurídicas que regulam relações entre «pessoas» (...). A noção de código pode também se referir a regras de combinação ou a um repertório de símbolos.»*(1)
algoritmos/ base de dados/ estatisticas/probabilidades/relatividades
(são alguns dos termos chave que sustentam a base do projecto que pretendo executar)
A aposta que me auto-proponho apresentar, no âmbito do projecto pessoal, é o desempenho de um campo de acção, de levantamento, pesquisa e intervenção no seio de um determinado grupo social e de um limitado espaço geográfico e temporal, que me possa fornecer uma base de dados significativa à tradução de um evento gráfico. Por outras palavras, o que pretendo é, armazenar informação nesse mesmo campo de acção, que saliente um conjunto de códigos distintos, para posteriormente, recombinar esses mesmos códigos de forma a gerar um novo valor, um novo objecto.
Tal como pegar em alguns tipos de distintos blocos de construção, podemos combiná-los de muitas maneiras de forma a obter uma nova forma. Tal como o funcionamento de uma célula no nosso organismo, há uma espécie de regra que dita «se vires um sinal deste tipo então produz outro sinal».
A pesquisa, embora ainda sem grandes fundamentos, teria como ponto de partida as questões relativas à preferência que o ser humano dá a determinadas coisas que não dá a outras. Compreender no campo fisiológico, biológico e neurológico, a forma como o sujeito reage ao som, à cor, ao cheiro, ao tacto. Acedendo a essa informação essencial, seguir-se-ia um processo de «re-organização», de recombinação, manipulação desses mesmos códigos fornecidos outrora, de forma a gerar um número finito de combinações, distintas das iniciais.
Como fazer da codificação «caótica» e «subjectiva» uma codificação «objectiva» e «organizada»? De uma forma sintética é esta a questão que pretendo e proponho apresentar.
Na prática, o trabalho poderia resultar da seguinte forma: (exemplo)
Se, eventualmente, a pesquisa se tratasse de levantar informação sobre as condições climatéricas durante um limitado período de tempo, após o armazenamento da informação especifica, atribuir-se-ia um som (e eventualmente uma cor) a cada variação atmosférica, que faça alusão ao estado emocional que a referida indicação climatérica evoca no sujeito. O objectivo seria construir uma composição gráfica onde se «joga» com as possiveis recombinações da base de dados fornecida, de forma a criar novos estados.
De igual modo aos algoritmos genéticos que «reconstituem» e determinam um novo ser, «A razão porque tu não te pareces com os teus pais é que se tu tomares dois cromossomas, um de um pai e o segundo do outro, tu recebes alguns dos blocos de construção de um pai e alguns dos blocos do outro (...) Toda esta recombinação dos blocos de construção constitui essencialmente a maneira como os algoritmos genéticos funcionam...»*(2), o projecto que defendo, procura essa mesma «reconstrução», esse «novo ser».
*(1) NADA nº3 (revista quadrimestral); Urbano, João; Artigo «Códigos e Criação: Destilando Intuições»; Freire, Emerson; Ferreira, Pedro; Diaz-Isenrath; pp72; Set.2004
*(2) NADA nº2 (revista quadrimestral); Urbano, João; Artigo «Algortmos Genéticos»; Holland, John; pp 18; Mar.2004
fbaup, janeiro 2005
«O que é um código? Em diferentes domínios utiliza-se a noção de «código» como um termo genérico para aludir ao conjunto ou conexões formais, regras, convenções que definem uma determinada composição. Assim, «código» pode remeter a formas de organização sociais, leis ou normas jurídicas que regulam relações entre «pessoas» (...). A noção de código pode também se referir a regras de combinação ou a um repertório de símbolos.»*(1)
algoritmos/ base de dados/ estatisticas/probabilidades/relatividades
(são alguns dos termos chave que sustentam a base do projecto que pretendo executar)
A aposta que me auto-proponho apresentar, no âmbito do projecto pessoal, é o desempenho de um campo de acção, de levantamento, pesquisa e intervenção no seio de um determinado grupo social e de um limitado espaço geográfico e temporal, que me possa fornecer uma base de dados significativa à tradução de um evento gráfico. Por outras palavras, o que pretendo é, armazenar informação nesse mesmo campo de acção, que saliente um conjunto de códigos distintos, para posteriormente, recombinar esses mesmos códigos de forma a gerar um novo valor, um novo objecto.
Tal como pegar em alguns tipos de distintos blocos de construção, podemos combiná-los de muitas maneiras de forma a obter uma nova forma. Tal como o funcionamento de uma célula no nosso organismo, há uma espécie de regra que dita «se vires um sinal deste tipo então produz outro sinal».
A pesquisa, embora ainda sem grandes fundamentos, teria como ponto de partida as questões relativas à preferência que o ser humano dá a determinadas coisas que não dá a outras. Compreender no campo fisiológico, biológico e neurológico, a forma como o sujeito reage ao som, à cor, ao cheiro, ao tacto. Acedendo a essa informação essencial, seguir-se-ia um processo de «re-organização», de recombinação, manipulação desses mesmos códigos fornecidos outrora, de forma a gerar um número finito de combinações, distintas das iniciais.
Como fazer da codificação «caótica» e «subjectiva» uma codificação «objectiva» e «organizada»? De uma forma sintética é esta a questão que pretendo e proponho apresentar.
Na prática, o trabalho poderia resultar da seguinte forma: (exemplo)
Se, eventualmente, a pesquisa se tratasse de levantar informação sobre as condições climatéricas durante um limitado período de tempo, após o armazenamento da informação especifica, atribuir-se-ia um som (e eventualmente uma cor) a cada variação atmosférica, que faça alusão ao estado emocional que a referida indicação climatérica evoca no sujeito. O objectivo seria construir uma composição gráfica onde se «joga» com as possiveis recombinações da base de dados fornecida, de forma a criar novos estados.
De igual modo aos algoritmos genéticos que «reconstituem» e determinam um novo ser, «A razão porque tu não te pareces com os teus pais é que se tu tomares dois cromossomas, um de um pai e o segundo do outro, tu recebes alguns dos blocos de construção de um pai e alguns dos blocos do outro (...) Toda esta recombinação dos blocos de construção constitui essencialmente a maneira como os algoritmos genéticos funcionam...»*(2), o projecto que defendo, procura essa mesma «reconstrução», esse «novo ser».
*(1) NADA nº3 (revista quadrimestral); Urbano, João; Artigo «Códigos e Criação: Destilando Intuições»; Freire, Emerson; Ferreira, Pedro; Diaz-Isenrath; pp72; Set.2004
*(2) NADA nº2 (revista quadrimestral); Urbano, João; Artigo «Algortmos Genéticos»; Holland, John; pp 18; Mar.2004
fbaup, janeiro 2005
proj.: Estudar a relação entre som e imagem
Bárbara Castelo Branco
“O gesto, isto é, toda a forma de expressão corporal, é desde a origem, acompanhado de sons, como é o caso da dança e do canto.(...) Será apenas a pouco e pouco que o homem primitivo irá transformar o gesto, codificando-o, dando-lhe significações, que se transmitirão como uma primeira herança cultural e evoluirão de geração em geração. Os sons que acompanhavam o gesto articulam-se pouco a pouco e formam-se palavras.(...) A palavra ainda não é uma linguagem puramente acústica; nessa época ela é audiovisual: o gesto faz parte essencial dela e não é uma ilustração supérflua; a comunicação não, é puramente linguística, é integrada. A primeira linguagem do homem é pois audiovisual, tanto ao nível da expressão - gesto e palavra como ao da percepção - visão e audição.”
HYPERLINK "http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-10.htm" http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-10.htm
Texto transcrito do livro "A era de EMEREC " de Jean Cloutier, Ministério da Educação e Investigação Científica - Instituto de tecnologia Educativa, 1975.
Como proposta de trabalho para o projecto de investigação deste semestre pretendo aprofundar os meus conhecimentos relativamente ao som e imagem como meios de transmição de mensagens, meios de comunicação. Pretendo também entender melhor o relacionamento entre os dois tentando perceber qual o papel que liga um ao outro. Desta forma pretendo aliar duas áreas de estudo distintas como método de investigação: Fotografia e Video (utilizando as vertentes de imagem estática e em movimento) e Canto (explorando as capacidades da voz como instrumento sonoro não recorrendo à palavra). Neste projecto tenho como objectivo estudar alguns pontos (e outros que possam surgir pelo caminho) tais como:
Estudar a relação entre som e imagem;
Explorar até que ponto se transmite uma mensagem só através do som (sem palavras), só através da imagem ou através dos dois em simultâneo;
Explorar as capacidades da voz como instrumento sonoro e de transmissão de mensagens;
Até que ponto a imaginação e percepção humana conseguem identificar/perceber uma mensagem tanto em imagem como em som;
Como incentivá-las/motivá-las/cativá-las com o mesmo processo;
Após ter lido os textos introdutórios aos temas propostos, julgo que (se os professores concordarem) este projecto poderá inserir-se em “Narrativas Visuais” já que estas são um meio de transmitir mensagens e comunicar através do som e da imagem e porque não, talvez, criar uma como processo de investigação.
Na minha opinião, estarei também a familiarizar-me com uma das mais importantes funções de um designer gráfico: Fazer-se entender.
fbaup, janeiro 2005
“O gesto, isto é, toda a forma de expressão corporal, é desde a origem, acompanhado de sons, como é o caso da dança e do canto.(...) Será apenas a pouco e pouco que o homem primitivo irá transformar o gesto, codificando-o, dando-lhe significações, que se transmitirão como uma primeira herança cultural e evoluirão de geração em geração. Os sons que acompanhavam o gesto articulam-se pouco a pouco e formam-se palavras.(...) A palavra ainda não é uma linguagem puramente acústica; nessa época ela é audiovisual: o gesto faz parte essencial dela e não é uma ilustração supérflua; a comunicação não, é puramente linguística, é integrada. A primeira linguagem do homem é pois audiovisual, tanto ao nível da expressão - gesto e palavra como ao da percepção - visão e audição.”
HYPERLINK "http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-10.htm" http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-10.htm
Texto transcrito do livro "A era de EMEREC " de Jean Cloutier, Ministério da Educação e Investigação Científica - Instituto de tecnologia Educativa, 1975.
Como proposta de trabalho para o projecto de investigação deste semestre pretendo aprofundar os meus conhecimentos relativamente ao som e imagem como meios de transmição de mensagens, meios de comunicação. Pretendo também entender melhor o relacionamento entre os dois tentando perceber qual o papel que liga um ao outro. Desta forma pretendo aliar duas áreas de estudo distintas como método de investigação: Fotografia e Video (utilizando as vertentes de imagem estática e em movimento) e Canto (explorando as capacidades da voz como instrumento sonoro não recorrendo à palavra). Neste projecto tenho como objectivo estudar alguns pontos (e outros que possam surgir pelo caminho) tais como:
Estudar a relação entre som e imagem;
Explorar até que ponto se transmite uma mensagem só através do som (sem palavras), só através da imagem ou através dos dois em simultâneo;
Explorar as capacidades da voz como instrumento sonoro e de transmissão de mensagens;
Até que ponto a imaginação e percepção humana conseguem identificar/perceber uma mensagem tanto em imagem como em som;
Como incentivá-las/motivá-las/cativá-las com o mesmo processo;
Após ter lido os textos introdutórios aos temas propostos, julgo que (se os professores concordarem) este projecto poderá inserir-se em “Narrativas Visuais” já que estas são um meio de transmitir mensagens e comunicar através do som e da imagem e porque não, talvez, criar uma como processo de investigação.
Na minha opinião, estarei também a familiarizar-me com uma das mais importantes funções de um designer gráfico: Fazer-se entender.
fbaup, janeiro 2005
proj.: Sem título
MANUELLE FREIRE
Introdução ao projecto final
Tipografia tridimensional?
Durante o primeiro semestre do ano, ainda a decorrer em Luzern, Suiça, contactei com disciplinas diferentes das leccionadas na FBAUP e que tocam também a àrea do design, entre elas a construcção e manipulação de formas tridimensionais.
Interessa-me aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos durante esse período a um estudo sobre a inserção na nossa envolvente visual do que proponho chamar de “tipografia/objecto”: os caracteres enquanto formas multifacetadas em relação com um contexto tridimensional.
METODOLOGIA
3 pontos a desenvolver.
1_ Pensar
a simbiose das formas tipográficas, por norma bidmensionais, com a tridimensionalidade.
Habituados que estamos à tipografia exclusivamente impressa, já assim permitindo um vasto terreno de exploração e constante inovação, pensar que novas experimentações podem surgir em torno do caracter tridimensional.
É-lhe acrescentado, é certo, algo que vai além do seu valor informativo. Atenua-se a supremacia do conteúdo sobre a forma já que o observador é convidado a envolver-se com os “recortes” no espaço e a apreciar os volumes, mais que o conteúdo. O caracter (tornado objecto) já não decora a imagem: insere-se nela. Como é que isso acontece? Quais os limites que se põem? Até onde impera a legibilidade?
2_ Propôr
cidades, um edifícios, uma sala “decorada” com formas tipográficas que, além de comunicar, ocupam e transformam o espaço, percursos, interferem com a iluminação e os ambientes.
A ideia começa pela construcção dos caracteres e estudo das suas posições no espaço, real e virtual. Estes ensaios serão, no entanto sempre representados em suporte bidimensional, impresso e digital (projecção, video), logo, sem recorrer à real instalação das formas no espaço.
3_ Retorno ao bidimensional
A manipulação de um caracter tridimensional permite a definição de novas formas, através da sua projecção, deformação pela perspectiva ou mesmo a projecção dos glifos bidimensionais sobre superfícies tridimensionais.
Estas resultam mais ou menos identificáveis com a forma inicial mas a progessiva perda do referencial, permite a sua recontextualização e a definição de novos “glifos” de interessantes características visuais a explorar.
TEORIA
A parte teórica aborda os seguintes aspectos:
Por contingência ao que acontece na primeira parte, a investigação teórica toma também a tipografia como objecto central. No entanto, se o processo práctico é principalmente experimental, de pesquisa das possibilidades visuais da forma, a teoria aborda, não só o processo mas o resultado final.
“Design might be process but there needs be product. What have we produced?”,
George LOIS in Emigré nº67, “Graphic design vs (…)”
O caso da tipografia e sua relação com a tridimensionalidade, serve de suporte para desenvolver tópicos como
_A importância da qualidade da informação visual na envolvente
_Responsabilidade social do criativo
_Meios e fins
_Casos do passado e do presente
Esta pesquisa está muito relacionada com as cada vez mais “populares” discussões em torno dos processos de trabalho no design gráfico e os critérios de qualidade de um produto final. ( De resto, um tema submerso por entre os infinitos artigos que abordam a questão ética da disciplina, desde o manifesto de 68,“First Things First”, com um crescente numero de adeptos desde então....)
Com a particularidade de se basear nas manipulações conscientes e incosncientes da tipografia (de que é um exemplo a parte práctica do projecto), passando pelas relações que progressivamente se instalam com o aparecimento de novos media, nos processos de trabalho e nos seus novos suportes.
Primeira linha:
O produto final deve ser, parece-me, tão interessante como a agitação intelectual de que resulta.
E não menos que isso.
fbaup janeiro 2005
Introdução ao projecto final
Tipografia tridimensional?
Durante o primeiro semestre do ano, ainda a decorrer em Luzern, Suiça, contactei com disciplinas diferentes das leccionadas na FBAUP e que tocam também a àrea do design, entre elas a construcção e manipulação de formas tridimensionais.
Interessa-me aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos durante esse período a um estudo sobre a inserção na nossa envolvente visual do que proponho chamar de “tipografia/objecto”: os caracteres enquanto formas multifacetadas em relação com um contexto tridimensional.
METODOLOGIA
3 pontos a desenvolver.
1_ Pensar
a simbiose das formas tipográficas, por norma bidmensionais, com a tridimensionalidade.
Habituados que estamos à tipografia exclusivamente impressa, já assim permitindo um vasto terreno de exploração e constante inovação, pensar que novas experimentações podem surgir em torno do caracter tridimensional.
É-lhe acrescentado, é certo, algo que vai além do seu valor informativo. Atenua-se a supremacia do conteúdo sobre a forma já que o observador é convidado a envolver-se com os “recortes” no espaço e a apreciar os volumes, mais que o conteúdo. O caracter (tornado objecto) já não decora a imagem: insere-se nela. Como é que isso acontece? Quais os limites que se põem? Até onde impera a legibilidade?
2_ Propôr
cidades, um edifícios, uma sala “decorada” com formas tipográficas que, além de comunicar, ocupam e transformam o espaço, percursos, interferem com a iluminação e os ambientes.
A ideia começa pela construcção dos caracteres e estudo das suas posições no espaço, real e virtual. Estes ensaios serão, no entanto sempre representados em suporte bidimensional, impresso e digital (projecção, video), logo, sem recorrer à real instalação das formas no espaço.
3_ Retorno ao bidimensional
A manipulação de um caracter tridimensional permite a definição de novas formas, através da sua projecção, deformação pela perspectiva ou mesmo a projecção dos glifos bidimensionais sobre superfícies tridimensionais.
Estas resultam mais ou menos identificáveis com a forma inicial mas a progessiva perda do referencial, permite a sua recontextualização e a definição de novos “glifos” de interessantes características visuais a explorar.
TEORIA
A parte teórica aborda os seguintes aspectos:
Por contingência ao que acontece na primeira parte, a investigação teórica toma também a tipografia como objecto central. No entanto, se o processo práctico é principalmente experimental, de pesquisa das possibilidades visuais da forma, a teoria aborda, não só o processo mas o resultado final.
“Design might be process but there needs be product. What have we produced?”,
George LOIS in Emigré nº67, “Graphic design vs (…)”
O caso da tipografia e sua relação com a tridimensionalidade, serve de suporte para desenvolver tópicos como
_A importância da qualidade da informação visual na envolvente
_Responsabilidade social do criativo
_Meios e fins
_Casos do passado e do presente
Esta pesquisa está muito relacionada com as cada vez mais “populares” discussões em torno dos processos de trabalho no design gráfico e os critérios de qualidade de um produto final. ( De resto, um tema submerso por entre os infinitos artigos que abordam a questão ética da disciplina, desde o manifesto de 68,“First Things First”, com um crescente numero de adeptos desde então....)
Com a particularidade de se basear nas manipulações conscientes e incosncientes da tipografia (de que é um exemplo a parte práctica do projecto), passando pelas relações que progressivamente se instalam com o aparecimento de novos media, nos processos de trabalho e nos seus novos suportes.
Primeira linha:
O produto final deve ser, parece-me, tão interessante como a agitação intelectual de que resulta.
E não menos que isso.
fbaup janeiro 2005
proj.: Publicis
Joana Mafalda Martins
“Derivada do latim publicis, a palavra publicidade pretende designar a qualidade daquilo que é público, a divulgação e a difusão. Todavia , a publicidade é hoje muito mais do que tornar público um produto, uma ideia ou um serviço: visando alvos cada vez mais bem delimitados e identificados a publicidade joga com as emoções, anseios, necessidades, preconceitos e todo o tipo de sentimentos do receptor das suas mensagens.”
“Publicitor” – pag. 23
Tal como já havia referido o meu projecto compreende a criação de uma empresa de Design e Publicidade (especializada na criação de marcas) chamada: MAFCOMPLEX, cujo slogan é - Strict Logic Design, mas caracteriza-se por ter um sentido de humor muito próprio nas suas campanhas e pela criação de produtos ditos “fora do normal”.
Pretendo para o projecto realizar a linha gráfica da MAFCOMPLEX, o site e a sua promoção.
Posteriormente escolherei 1 ou 2 produtos do portfólio empresa e farei as suas respectivas linhas gráficas e publicidades.
Este projecto passa um pouco por todas as disciplinas pois na elaboração das campanhas, e partindo do principio que a própria empresa é um produto a ser implantado no mercado, passarei por várias fazes tais como a resolução de problemas relacionados com design, tipografia, marketing (apesar desta não ser a minha área, todos os produtos são lançados com base em estudos de marketing), fotografia publicitária e comerciais para TV.
Para elucidar melhor o que gostava de realizar vou descrever uma história que ouvi e que penso ser verídica: A Vodafone quis lançar uma linha/rede de telemóveis mais direçionados para jovens e com promoções que agradassem a estes. A conta foi dada à empresa Brandia, que reuniu uma equipa que durante alguns dias se recolheu num chamado “Brain-Storming” e daí nasceu a Yorn, com uma linha muito especial e um sentido de humor próprio. É obvio que esta equipa é formada por gente de várias áreas, mas visto que eu sou só uma, gostava de entender e de aplicar nos produtos que irei criar, a totalidade do processo desde o nascimento da ideia à compra do produto pelo consumidor.
Estou também a reunir uma série de livros que me poderão ajudar nesta tarefa, tais como “It´s not how good you are, it´s how good you want to be” – Paul Arden; “Marketing com sucesso” – Tony Fetcher e Neil Russel-jones e “Publicitor” – Bernard Brochand, Jacques Lendrevie, Joaquim Vicente Rodrigues e Pedro Dionísio.
Em relação á area de projecto que mais me interessaria seria uma cujo professor dominasse principalmente a parte teórica que compreende a criação Design/publicidade pois é mais neste ponto que irei situar o meu projecto.Deixo ao critério dos professores a escolha do meu tutor, estando certa que farão a escolha mais acertada para o meu caso.
fbaup janeiro 2005
“Derivada do latim publicis, a palavra publicidade pretende designar a qualidade daquilo que é público, a divulgação e a difusão. Todavia , a publicidade é hoje muito mais do que tornar público um produto, uma ideia ou um serviço: visando alvos cada vez mais bem delimitados e identificados a publicidade joga com as emoções, anseios, necessidades, preconceitos e todo o tipo de sentimentos do receptor das suas mensagens.”
“Publicitor” – pag. 23
Tal como já havia referido o meu projecto compreende a criação de uma empresa de Design e Publicidade (especializada na criação de marcas) chamada: MAFCOMPLEX, cujo slogan é - Strict Logic Design, mas caracteriza-se por ter um sentido de humor muito próprio nas suas campanhas e pela criação de produtos ditos “fora do normal”.
Pretendo para o projecto realizar a linha gráfica da MAFCOMPLEX, o site e a sua promoção.
Posteriormente escolherei 1 ou 2 produtos do portfólio empresa e farei as suas respectivas linhas gráficas e publicidades.
Este projecto passa um pouco por todas as disciplinas pois na elaboração das campanhas, e partindo do principio que a própria empresa é um produto a ser implantado no mercado, passarei por várias fazes tais como a resolução de problemas relacionados com design, tipografia, marketing (apesar desta não ser a minha área, todos os produtos são lançados com base em estudos de marketing), fotografia publicitária e comerciais para TV.
Para elucidar melhor o que gostava de realizar vou descrever uma história que ouvi e que penso ser verídica: A Vodafone quis lançar uma linha/rede de telemóveis mais direçionados para jovens e com promoções que agradassem a estes. A conta foi dada à empresa Brandia, que reuniu uma equipa que durante alguns dias se recolheu num chamado “Brain-Storming” e daí nasceu a Yorn, com uma linha muito especial e um sentido de humor próprio. É obvio que esta equipa é formada por gente de várias áreas, mas visto que eu sou só uma, gostava de entender e de aplicar nos produtos que irei criar, a totalidade do processo desde o nascimento da ideia à compra do produto pelo consumidor.
Estou também a reunir uma série de livros que me poderão ajudar nesta tarefa, tais como “It´s not how good you are, it´s how good you want to be” – Paul Arden; “Marketing com sucesso” – Tony Fetcher e Neil Russel-jones e “Publicitor” – Bernard Brochand, Jacques Lendrevie, Joaquim Vicente Rodrigues e Pedro Dionísio.
Em relação á area de projecto que mais me interessaria seria uma cujo professor dominasse principalmente a parte teórica que compreende a criação Design/publicidade pois é mais neste ponto que irei situar o meu projecto.Deixo ao critério dos professores a escolha do meu tutor, estando certa que farão a escolha mais acertada para o meu caso.
fbaup janeiro 2005