proj.: Sem título
MANUELLE FREIRE
Introdução ao projecto final
Tipografia tridimensional?
Durante o primeiro semestre do ano, ainda a decorrer em Luzern, Suiça, contactei com disciplinas diferentes das leccionadas na FBAUP e que tocam também a àrea do design, entre elas a construcção e manipulação de formas tridimensionais.
Interessa-me aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos durante esse período a um estudo sobre a inserção na nossa envolvente visual do que proponho chamar de “tipografia/objecto”: os caracteres enquanto formas multifacetadas em relação com um contexto tridimensional.
METODOLOGIA
3 pontos a desenvolver.
1_ Pensar
a simbiose das formas tipográficas, por norma bidmensionais, com a tridimensionalidade.
Habituados que estamos à tipografia exclusivamente impressa, já assim permitindo um vasto terreno de exploração e constante inovação, pensar que novas experimentações podem surgir em torno do caracter tridimensional.
É-lhe acrescentado, é certo, algo que vai além do seu valor informativo. Atenua-se a supremacia do conteúdo sobre a forma já que o observador é convidado a envolver-se com os “recortes” no espaço e a apreciar os volumes, mais que o conteúdo. O caracter (tornado objecto) já não decora a imagem: insere-se nela. Como é que isso acontece? Quais os limites que se põem? Até onde impera a legibilidade?
2_ Propôr
cidades, um edifícios, uma sala “decorada” com formas tipográficas que, além de comunicar, ocupam e transformam o espaço, percursos, interferem com a iluminação e os ambientes.
A ideia começa pela construcção dos caracteres e estudo das suas posições no espaço, real e virtual. Estes ensaios serão, no entanto sempre representados em suporte bidimensional, impresso e digital (projecção, video), logo, sem recorrer à real instalação das formas no espaço.
3_ Retorno ao bidimensional
A manipulação de um caracter tridimensional permite a definição de novas formas, através da sua projecção, deformação pela perspectiva ou mesmo a projecção dos glifos bidimensionais sobre superfícies tridimensionais.
Estas resultam mais ou menos identificáveis com a forma inicial mas a progessiva perda do referencial, permite a sua recontextualização e a definição de novos “glifos” de interessantes características visuais a explorar.
TEORIA
A parte teórica aborda os seguintes aspectos:
Por contingência ao que acontece na primeira parte, a investigação teórica toma também a tipografia como objecto central. No entanto, se o processo práctico é principalmente experimental, de pesquisa das possibilidades visuais da forma, a teoria aborda, não só o processo mas o resultado final.
“Design might be process but there needs be product. What have we produced?”,
George LOIS in Emigré nº67, “Graphic design vs (…)”
O caso da tipografia e sua relação com a tridimensionalidade, serve de suporte para desenvolver tópicos como
_A importância da qualidade da informação visual na envolvente
_Responsabilidade social do criativo
_Meios e fins
_Casos do passado e do presente
Esta pesquisa está muito relacionada com as cada vez mais “populares” discussões em torno dos processos de trabalho no design gráfico e os critérios de qualidade de um produto final. ( De resto, um tema submerso por entre os infinitos artigos que abordam a questão ética da disciplina, desde o manifesto de 68,“First Things First”, com um crescente numero de adeptos desde então....)
Com a particularidade de se basear nas manipulações conscientes e incosncientes da tipografia (de que é um exemplo a parte práctica do projecto), passando pelas relações que progressivamente se instalam com o aparecimento de novos media, nos processos de trabalho e nos seus novos suportes.
Primeira linha:
O produto final deve ser, parece-me, tão interessante como a agitação intelectual de que resulta.
E não menos que isso.
fbaup janeiro 2005
Introdução ao projecto final
Tipografia tridimensional?
Durante o primeiro semestre do ano, ainda a decorrer em Luzern, Suiça, contactei com disciplinas diferentes das leccionadas na FBAUP e que tocam também a àrea do design, entre elas a construcção e manipulação de formas tridimensionais.
Interessa-me aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos durante esse período a um estudo sobre a inserção na nossa envolvente visual do que proponho chamar de “tipografia/objecto”: os caracteres enquanto formas multifacetadas em relação com um contexto tridimensional.
METODOLOGIA
3 pontos a desenvolver.
1_ Pensar
a simbiose das formas tipográficas, por norma bidmensionais, com a tridimensionalidade.
Habituados que estamos à tipografia exclusivamente impressa, já assim permitindo um vasto terreno de exploração e constante inovação, pensar que novas experimentações podem surgir em torno do caracter tridimensional.
É-lhe acrescentado, é certo, algo que vai além do seu valor informativo. Atenua-se a supremacia do conteúdo sobre a forma já que o observador é convidado a envolver-se com os “recortes” no espaço e a apreciar os volumes, mais que o conteúdo. O caracter (tornado objecto) já não decora a imagem: insere-se nela. Como é que isso acontece? Quais os limites que se põem? Até onde impera a legibilidade?
2_ Propôr
cidades, um edifícios, uma sala “decorada” com formas tipográficas que, além de comunicar, ocupam e transformam o espaço, percursos, interferem com a iluminação e os ambientes.
A ideia começa pela construcção dos caracteres e estudo das suas posições no espaço, real e virtual. Estes ensaios serão, no entanto sempre representados em suporte bidimensional, impresso e digital (projecção, video), logo, sem recorrer à real instalação das formas no espaço.
3_ Retorno ao bidimensional
A manipulação de um caracter tridimensional permite a definição de novas formas, através da sua projecção, deformação pela perspectiva ou mesmo a projecção dos glifos bidimensionais sobre superfícies tridimensionais.
Estas resultam mais ou menos identificáveis com a forma inicial mas a progessiva perda do referencial, permite a sua recontextualização e a definição de novos “glifos” de interessantes características visuais a explorar.
TEORIA
A parte teórica aborda os seguintes aspectos:
Por contingência ao que acontece na primeira parte, a investigação teórica toma também a tipografia como objecto central. No entanto, se o processo práctico é principalmente experimental, de pesquisa das possibilidades visuais da forma, a teoria aborda, não só o processo mas o resultado final.
“Design might be process but there needs be product. What have we produced?”,
George LOIS in Emigré nº67, “Graphic design vs (…)”
O caso da tipografia e sua relação com a tridimensionalidade, serve de suporte para desenvolver tópicos como
_A importância da qualidade da informação visual na envolvente
_Responsabilidade social do criativo
_Meios e fins
_Casos do passado e do presente
Esta pesquisa está muito relacionada com as cada vez mais “populares” discussões em torno dos processos de trabalho no design gráfico e os critérios de qualidade de um produto final. ( De resto, um tema submerso por entre os infinitos artigos que abordam a questão ética da disciplina, desde o manifesto de 68,“First Things First”, com um crescente numero de adeptos desde então....)
Com a particularidade de se basear nas manipulações conscientes e incosncientes da tipografia (de que é um exemplo a parte práctica do projecto), passando pelas relações que progressivamente se instalam com o aparecimento de novos media, nos processos de trabalho e nos seus novos suportes.
Primeira linha:
O produto final deve ser, parece-me, tão interessante como a agitação intelectual de que resulta.
E não menos que isso.
fbaup janeiro 2005
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