Olhares pelos Alunos de Belas Artes
Reportagem publicada no Primeiro de Janeiro
Exposição fotográfica patente até ao fim do mês no Inesc
Olhares pelos Alunos de Belas Artes
O Inesc abriu as suas portas aos alunos do 4º e do 5º ano do curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes e desafiou-os a fotografarem o seu quotidiano laboral de inovação e tecnologia. «002 Entidades 013 Olhares» é o resultado dos trabalhos de fotografia.
Cátia Alves da Silva
Está patente até ao final do mês a exposição «002 Entidades 013 Olhares», pelos alunos dos 4º e 5º anos do curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). A iniciativa partiu de um protocolo entre o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (Inesc) e a FBAUP. O objectivo era fotografarem o quotidiano laboral de inovação e tecnologia do Inesc Porto. Foram então escolhidos 13 trabalhos que estão espalhados pelos corredores e salas daquele instituto. Os projectos apresentados são distintos quer ao nível da temática, quer no que concerne às técnicas de impressão e apresentação utilizadas. No entanto, os vários trabalhos criam um eixo comunicativo construído pela sequência de imagens criadas pelos autores. Os projectos individuais formam uma narrativa visual através de um entendimento sequencial. Alguns alunos optaram por trabalhar em equipas de duas pessoas.
A exposição inaugurou no dia 21 de Junho, com a visita do Presidente da República, aquando da comemoração dos 20 anos do Inesc Porto.
Um olhar sobre a investigação
Bárbara Castelo Branco foi uma das alunas do 5º ano que expôs nesta iniciativa. O seu trabalho foi o único que coincidiu com o trabalho final de curso. O projecto de Bárbara Castelo Branco distingue-se ainda pelo facto de apresentar um novo conceito de montagem audiovisual. A aluna finalista debruçou-se sobre a temática do universo micro e macro da investigação, particularmente da que é realizada pelo Inesc Porto. A estudante explicou ao O PRIMEIRO DE JANEIRO o seu trabalho: “O novo conceito de montagem audiovisual consiste na utilização de uma grelha (com forma de linhas de uma pauta de música) sobre as fotografias realizadas e encontrar pontos de referência, transpondo-os para uma pauta verdadeira, traduzindo-os em notas musicais, com ritmo pré-definido, os resultados constituem a melodia do som de projecto”, referiu. Como os alunos estão habituados a trabalhar em ambientes e sobre temáticas completamente diferentes, Bárbara Castelo Branco asseverou que tiveram de “encontrar pontos de interesses nas duas áreas”.
Apesar de ter sido, para muitos, a primeira vez que trabalharam em parcerias, Bárbara Castelo Branco considera que a iniciativa correu muito bem. “É sempre um orgulho para todos nós ter trabalhos expostos numa instituição como esta”, disse a aluna da FBAUP. Bárbara considera que esta foi uma experiência muito positiva. “Foi interessante estarmos a trabalhar com áreas diferentes, até para o nosso desenvolvimento cultural. Foi o sair da faculdade e o deixar os trabalhos académicos”, concluiu.
Uma simbiose perfeita
Durante alguns meses, o edifício do Inesc Porto esteve à inteira disposição dos alunos que participaram na exposição. “Ao realizar os trabalhos em fotografia, demos a liberdade aos alunos de virem cá fazer o que entendessem, sobre a temática das pessoas e da tecnologia”, explanou Artur Pimenta Alves, director do instituto. O director considera que “os alunos abordaram a temática de forma surpreendente”, acrescentando que “toda a azáfama que consistiu na realização do trabalho foi interessante e enriquecedora para os dois lados”.
Esta é então uma forma de o mesmo problema ser visto por duas culturas completamente diferentes. “É uma maneira de ensinar colocando as duas perspectivas em confronto”, salientou o director.
Artur Pimenta Alves deixou ainda clara a intenção de repetir este tipo de iniciativas, mas com algum cuidado porque, “apesar de resultarem dos trabalhos dos alunos, elas implicam tempo e recursos significativos”, disse. Os encargos destes projectos são da responsabilidade do Inesc Porto. No caso desta exposição, as fotografias ficam para a instituição, “para no futuro decorarem as nossas paredes”, concluiu o director.
A missão
O Inesc Porto é uma instituição criada para constituir uma interface entre o mundo académico e o mundo empresarial da indústria e dos serviços, bem como a administração pública, no âmbito das Tecnologias de Informação, Telecomunicações e Electrónica, dedicando-se a actividades de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, transferência de tecnologia, consultoria e formação avançada. O instituto procura pautar a sua acção por critérios de inovação, de internacionalização e de impacto no tecido económico e social, sobretudo pelo estabelecimento de um conjunto de parcerias estratégicas que garantam a sua estabilidade institucional e sustentabilidade económica.
Culturas distintas
O Inesc Porto realizou há dois anos um protocolo de colaboração com a FBAUP. Ao abrigo deste protocolo, o instituto realizou em 2003 uma primeira iniciativa, que consistiu numa exposição de desenhos, que se iniciou com um ciclo que se denominou «Art In Esc». Artur Pimenta Alves, director do Inesc Porto, explicou a importância desta iniciativa em que uma instituição virada para a tecnologia colabora com uma instituição com uma vocação muito diferente direccionada para as artes. “É uma experiência muito produtiva porque são visões e culturas muito diferentes e quando colocadas em contexto semelhante são muito interessantes e enriquecedoras”, referiu o director. Para o futuro há alguns projectos, mas desta feita com trabalhos mais continuados em vez de um único evento, sempre ligados à actividade da tecnologia.
Exposição fotográfica patente até ao fim do mês no Inesc
Olhares pelos Alunos de Belas Artes
O Inesc abriu as suas portas aos alunos do 4º e do 5º ano do curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes e desafiou-os a fotografarem o seu quotidiano laboral de inovação e tecnologia. «002 Entidades 013 Olhares» é o resultado dos trabalhos de fotografia.
Cátia Alves da Silva
Está patente até ao final do mês a exposição «002 Entidades 013 Olhares», pelos alunos dos 4º e 5º anos do curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). A iniciativa partiu de um protocolo entre o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (Inesc) e a FBAUP. O objectivo era fotografarem o quotidiano laboral de inovação e tecnologia do Inesc Porto. Foram então escolhidos 13 trabalhos que estão espalhados pelos corredores e salas daquele instituto. Os projectos apresentados são distintos quer ao nível da temática, quer no que concerne às técnicas de impressão e apresentação utilizadas. No entanto, os vários trabalhos criam um eixo comunicativo construído pela sequência de imagens criadas pelos autores. Os projectos individuais formam uma narrativa visual através de um entendimento sequencial. Alguns alunos optaram por trabalhar em equipas de duas pessoas.
A exposição inaugurou no dia 21 de Junho, com a visita do Presidente da República, aquando da comemoração dos 20 anos do Inesc Porto.
Um olhar sobre a investigação
Bárbara Castelo Branco foi uma das alunas do 5º ano que expôs nesta iniciativa. O seu trabalho foi o único que coincidiu com o trabalho final de curso. O projecto de Bárbara Castelo Branco distingue-se ainda pelo facto de apresentar um novo conceito de montagem audiovisual. A aluna finalista debruçou-se sobre a temática do universo micro e macro da investigação, particularmente da que é realizada pelo Inesc Porto. A estudante explicou ao O PRIMEIRO DE JANEIRO o seu trabalho: “O novo conceito de montagem audiovisual consiste na utilização de uma grelha (com forma de linhas de uma pauta de música) sobre as fotografias realizadas e encontrar pontos de referência, transpondo-os para uma pauta verdadeira, traduzindo-os em notas musicais, com ritmo pré-definido, os resultados constituem a melodia do som de projecto”, referiu. Como os alunos estão habituados a trabalhar em ambientes e sobre temáticas completamente diferentes, Bárbara Castelo Branco asseverou que tiveram de “encontrar pontos de interesses nas duas áreas”.
Apesar de ter sido, para muitos, a primeira vez que trabalharam em parcerias, Bárbara Castelo Branco considera que a iniciativa correu muito bem. “É sempre um orgulho para todos nós ter trabalhos expostos numa instituição como esta”, disse a aluna da FBAUP. Bárbara considera que esta foi uma experiência muito positiva. “Foi interessante estarmos a trabalhar com áreas diferentes, até para o nosso desenvolvimento cultural. Foi o sair da faculdade e o deixar os trabalhos académicos”, concluiu.
Uma simbiose perfeita
Durante alguns meses, o edifício do Inesc Porto esteve à inteira disposição dos alunos que participaram na exposição. “Ao realizar os trabalhos em fotografia, demos a liberdade aos alunos de virem cá fazer o que entendessem, sobre a temática das pessoas e da tecnologia”, explanou Artur Pimenta Alves, director do instituto. O director considera que “os alunos abordaram a temática de forma surpreendente”, acrescentando que “toda a azáfama que consistiu na realização do trabalho foi interessante e enriquecedora para os dois lados”.
Esta é então uma forma de o mesmo problema ser visto por duas culturas completamente diferentes. “É uma maneira de ensinar colocando as duas perspectivas em confronto”, salientou o director.
Artur Pimenta Alves deixou ainda clara a intenção de repetir este tipo de iniciativas, mas com algum cuidado porque, “apesar de resultarem dos trabalhos dos alunos, elas implicam tempo e recursos significativos”, disse. Os encargos destes projectos são da responsabilidade do Inesc Porto. No caso desta exposição, as fotografias ficam para a instituição, “para no futuro decorarem as nossas paredes”, concluiu o director.
A missão
O Inesc Porto é uma instituição criada para constituir uma interface entre o mundo académico e o mundo empresarial da indústria e dos serviços, bem como a administração pública, no âmbito das Tecnologias de Informação, Telecomunicações e Electrónica, dedicando-se a actividades de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, transferência de tecnologia, consultoria e formação avançada. O instituto procura pautar a sua acção por critérios de inovação, de internacionalização e de impacto no tecido económico e social, sobretudo pelo estabelecimento de um conjunto de parcerias estratégicas que garantam a sua estabilidade institucional e sustentabilidade económica.
Culturas distintas
O Inesc Porto realizou há dois anos um protocolo de colaboração com a FBAUP. Ao abrigo deste protocolo, o instituto realizou em 2003 uma primeira iniciativa, que consistiu numa exposição de desenhos, que se iniciou com um ciclo que se denominou «Art In Esc». Artur Pimenta Alves, director do Inesc Porto, explicou a importância desta iniciativa em que uma instituição virada para a tecnologia colabora com uma instituição com uma vocação muito diferente direccionada para as artes. “É uma experiência muito produtiva porque são visões e culturas muito diferentes e quando colocadas em contexto semelhante são muito interessantes e enriquecedoras”, referiu o director. Para o futuro há alguns projectos, mas desta feita com trabalhos mais continuados em vez de um único evento, sempre ligados à actividade da tecnologia.
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