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Miguel Januário ±
Encontramo-nos no auge da era da informação e da comunicação, acompanhada por uma crise pós-moderna, consequência da civilização industrial e do fracasso da economia mundial sustentada no lucro e na acumulação de riqueza, em detrimento da condição humana e dos seus direitos. O mundo ocidental é governado por estados entregues a grandes corporações, cujo único objectivo é o lucro, englobando as grandes empresas de comunicação, colaboradoras na constante manipulação das massas consumidoras com o objectivo de manter a população afastada da arena pública, ocupando-a com trivialidades, com “ópios”, na qual os comunicadores participam a todos os níveis, como concretizadores da linguagem. Cabe-nos a nós, designers, materializadores dessa comunicação, maquilhadores do comércio e do mercado, repensarmos o nosso papel social. De que modo podemos ou deveremos cooperar ou então insurgirmo-nos nesta (des)ordem mundial. Está nas mãos desta jovem disciplina decidir o caminho do seu crescimento, as suas cumplicidades, os seus objectivos e as suas decisões. O design, conversor de ideias em matéria visual, deve agora, no início do milénio, e ainda nesta fase tão inicial, ponderar o seu papel e determinar a sua função nesta aparente crise global. Os designers devem reflectir sobre o seu trabalho com publicidade, sobre as corporações e as grandes entidades privadas, tendo como mote de partida a justiça social e a igualdade humanas. A questão a ter em conta é: será que o design se deve resignar ao mercado e ter um papel totalmente passivo (activo na manutenção da riqueza “oligárquica”), ou então assumir um papel totalmente social, insurgindo-se como a forma de mudança e de preocupação social activa.
Encontramo-nos no auge da era da informação e da comunicação, acompanhada por uma crise pós-moderna, consequência da civilização industrial e do fracasso da economia mundial sustentada no lucro e na acumulação de riqueza, em detrimento da condição humana e dos seus direitos. O mundo ocidental é governado por estados entregues a grandes corporações, cujo único objectivo é o lucro, englobando as grandes empresas de comunicação, colaboradoras na constante manipulação das massas consumidoras com o objectivo de manter a população afastada da arena pública, ocupando-a com trivialidades, com “ópios”, na qual os comunicadores participam a todos os níveis, como concretizadores da linguagem. Cabe-nos a nós, designers, materializadores dessa comunicação, maquilhadores do comércio e do mercado, repensarmos o nosso papel social. De que modo podemos ou deveremos cooperar ou então insurgirmo-nos nesta (des)ordem mundial. Está nas mãos desta jovem disciplina decidir o caminho do seu crescimento, as suas cumplicidades, os seus objectivos e as suas decisões. O design, conversor de ideias em matéria visual, deve agora, no início do milénio, e ainda nesta fase tão inicial, ponderar o seu papel e determinar a sua função nesta aparente crise global. Os designers devem reflectir sobre o seu trabalho com publicidade, sobre as corporações e as grandes entidades privadas, tendo como mote de partida a justiça social e a igualdade humanas. A questão a ter em conta é: será que o design se deve resignar ao mercado e ter um papel totalmente passivo (activo na manutenção da riqueza “oligárquica”), ou então assumir um papel totalmente social, insurgindo-se como a forma de mudança e de preocupação social activa.
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