Texto de intenções
Maria Joana Maques . Março 2005
Em Janeiro, quando foi pedido o texto de intenções relativo ao projecto final. Enviei duas hipoteses de trabalho que foram alteradas assim que cheguei a Portugal no início de Março. Aqui está o segundo texto de intenções que redigi e que se manteve inalterado.)
Durante o primeiro semestre deste ano lectivo estive em ERASMUS em St. Etienne. Foi-nos feita uma proposta que tinha como título “Inventez St Etienne”. O meu projecto baseou-se na recolha de imagens através de fotografia ou vídeo do prédio que se encontrava em frente ao meu. Essas imagens foram captadas durante a noite, isto porque o edifíco não estava iluminado e as luzes que se viam eram do interior dos apartamentos. A ideia era captar os movimentos daquelas vidas, em forma de silhueta devido aos contrastes de luz, já integradas numa cidade que eu conhecia apenas há semanas. O trabalho terminou com algumas montagens no sentido de evidenciar as diferenças entre o meu estado de espírito e o destas pessoas. No entanto, neste momento o que mais me interessa falar é sobre um livro que conheci devido a este projecto. É uma obra , escrita há 26 anos atrás, que fala precisamente sobre a vida de pessoas num prédio. O autor Georges Perec, em “A vida, Modo de Usar”, descreve com pormenor as vidas e as divisões daquele edifício como se lhe tivesse retirado a fachada. Foi graças à semelhança da temática entre o livro e o meu projecto que decidi o que iria ser o meu trabalho de final de curso. Repaginar esta obra como se ela tivesse sido escrita hoje. Achei tão interessante eu observar algo, que se revelou semelhante a um livro escrito tantos anos antes. Queria, através da paginação, passar a ideia de intemporalidade. Para isso decidi usar ícones que acompanham o nome de todas as personagens e espaços que são descritos. Ou seja ter uma imagem para cada capítulo diferente. Para reforçar a ideia de ser uma história actual quero também usar imagens desse meu primeiro projecto e adicionar neste livro um CD com animações de alguns capítulos ou pequenas histórias que considero mais importantes no desenrolar da narrativa.
O objecto final será um livro que se pode ler com facilidade mas onde também se poderá observar uma preocupação na sua paginação, na escolha de imagens e onde se dará a oportunidade de ir além da nossa imaginação enquanto se lê o livro podendo-se ver algumas ilustrações animadas.
Primeira actualização
Abril 2005
O livro de Georges Perec, “A Vida, Modo de Usar” é dividido em 6 partes e tem 99 capítulos. Dentro destes capítulos, 33 têm títulos diferentes, os restantes são repetidos.
Como separador entre estas seis partes vou utilizar uma fotografia que tirei a um prédio em Plzen. Neste prédio vêem-se apenas as janelas acessas constratando com o negro envolente. A ideia deste separador é conciliar a imagem com os nomes dos espaços ou personagens que são descritos nesse capítulo. Assim temos uma série de nomes que, através de setas, são localizados numa dessas janelas tentando assim personalizar um pouco toda a história com uma imagem supostamente real do prédio em questão. Para não haver sobreposição de espaços e para que os nomes ficassem bem localizados relativamente ao que é descrito pelo autor construí uma grelha baseada nas janelas acessas do prédio. Foi também a partir desta grelha que nasceram os ícones que disse que iria fazer no texto de intenções. Serão 33 ícones, correspondendo aos 33 personagens ou espaços diferentes e de momento fiz 18.
O livro terá 20cmx20cm e a grelha será a seguinte:
4cm de interior,
3cm de exterior,
3cm de cima, 3cm de baixo.
A fonte que decidi usar para texto foi a “Gill Sans” e para os separadores e abertura de capítulo foi a “Chicago”, esta última ainda provisória visto que ainda tenciono mudá-la.
Juntamente com esta actualização mostro algumas imagens para que seja mais facil a comprensão do texto. Neste momento tenho a intenção de terminar os ícones, de melhorar as imagens escolhidas de modo a que não haja erros de impressão por falta de resolução e continuar a paginar este livro com mais de 500 páginas. De momento estou debruçada na paginação mas irei começar a testar as animações que gostaria de adicionar ao livro.
Em Janeiro, quando foi pedido o texto de intenções relativo ao projecto final. Enviei duas hipoteses de trabalho que foram alteradas assim que cheguei a Portugal no início de Março. Aqui está o segundo texto de intenções que redigi e que se manteve inalterado.)
Durante o primeiro semestre deste ano lectivo estive em ERASMUS em St. Etienne. Foi-nos feita uma proposta que tinha como título “Inventez St Etienne”. O meu projecto baseou-se na recolha de imagens através de fotografia ou vídeo do prédio que se encontrava em frente ao meu. Essas imagens foram captadas durante a noite, isto porque o edifíco não estava iluminado e as luzes que se viam eram do interior dos apartamentos. A ideia era captar os movimentos daquelas vidas, em forma de silhueta devido aos contrastes de luz, já integradas numa cidade que eu conhecia apenas há semanas. O trabalho terminou com algumas montagens no sentido de evidenciar as diferenças entre o meu estado de espírito e o destas pessoas. No entanto, neste momento o que mais me interessa falar é sobre um livro que conheci devido a este projecto. É uma obra , escrita há 26 anos atrás, que fala precisamente sobre a vida de pessoas num prédio. O autor Georges Perec, em “A vida, Modo de Usar”, descreve com pormenor as vidas e as divisões daquele edifício como se lhe tivesse retirado a fachada. Foi graças à semelhança da temática entre o livro e o meu projecto que decidi o que iria ser o meu trabalho de final de curso. Repaginar esta obra como se ela tivesse sido escrita hoje. Achei tão interessante eu observar algo, que se revelou semelhante a um livro escrito tantos anos antes. Queria, através da paginação, passar a ideia de intemporalidade. Para isso decidi usar ícones que acompanham o nome de todas as personagens e espaços que são descritos. Ou seja ter uma imagem para cada capítulo diferente. Para reforçar a ideia de ser uma história actual quero também usar imagens desse meu primeiro projecto e adicionar neste livro um CD com animações de alguns capítulos ou pequenas histórias que considero mais importantes no desenrolar da narrativa.
O objecto final será um livro que se pode ler com facilidade mas onde também se poderá observar uma preocupação na sua paginação, na escolha de imagens e onde se dará a oportunidade de ir além da nossa imaginação enquanto se lê o livro podendo-se ver algumas ilustrações animadas.
Primeira actualização
Abril 2005
O livro de Georges Perec, “A Vida, Modo de Usar” é dividido em 6 partes e tem 99 capítulos. Dentro destes capítulos, 33 têm títulos diferentes, os restantes são repetidos.
Como separador entre estas seis partes vou utilizar uma fotografia que tirei a um prédio em Plzen. Neste prédio vêem-se apenas as janelas acessas constratando com o negro envolente. A ideia deste separador é conciliar a imagem com os nomes dos espaços ou personagens que são descritos nesse capítulo. Assim temos uma série de nomes que, através de setas, são localizados numa dessas janelas tentando assim personalizar um pouco toda a história com uma imagem supostamente real do prédio em questão. Para não haver sobreposição de espaços e para que os nomes ficassem bem localizados relativamente ao que é descrito pelo autor construí uma grelha baseada nas janelas acessas do prédio. Foi também a partir desta grelha que nasceram os ícones que disse que iria fazer no texto de intenções. Serão 33 ícones, correspondendo aos 33 personagens ou espaços diferentes e de momento fiz 18.
O livro terá 20cmx20cm e a grelha será a seguinte:
4cm de interior,
3cm de exterior,
3cm de cima, 3cm de baixo.
A fonte que decidi usar para texto foi a “Gill Sans” e para os separadores e abertura de capítulo foi a “Chicago”, esta última ainda provisória visto que ainda tenciono mudá-la.
Juntamente com esta actualização mostro algumas imagens para que seja mais facil a comprensão do texto. Neste momento tenho a intenção de terminar os ícones, de melhorar as imagens escolhidas de modo a que não haja erros de impressão por falta de resolução e continuar a paginar este livro com mais de 500 páginas. De momento estou debruçada na paginação mas irei começar a testar as animações que gostaria de adicionar ao livro.
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