Teoria e História do Design
Por Teoria e História do Design entendemos, neste contexto, toda a justificação teórica e inserção histórica dos projectos a realizar.
Para falarmos em inovação ou descoberta temos que saber o que está para trás na História do Design, o que já existe, as razões porque existe, as condições que provocaram as correntes artísticas que apoiaram a maior revolução no Design, ou mesmo que fizeram com que o Design fosse considerado uma disciplina autónoma, diferenciada das Artes que até aí o tinham englobado.
A teoria que sustenta os projectos que vão ser desenvolvidos basear-se-á em teorias que já foram debatidas, aceites ou rejeitadas em tempos diferentes da História e na evolução dessas teorias de acordo com as formas de organização da vida das comunidades, o desenvolvimento das tecnologias e o papel preponderante da comunicação provocado por alguns desses desenvolvimentos.
O indiscutível primado da imagem sobre o texto a que temos vindo a assistir responsabiliza-nos sobre conteudos e manipulação de significados. O designer não é mais um transmissor de mensagens, é um criador de mensagens.
Sabemos que, por exemplo a fotografia, desde os seus primeiros tempos foi alvo de manipulação, com melhores (qualidade da fotografia) ou piores intentos (subverter a História).
Sabemos que o aparecimento do cinema foi um dos princípios da ilusão dos mundos virtuais, que teve repercuções sociais antes desconhecidas.
A construção da imagem e da página gráfica foi moldada por estas duas novas técnicas, que lentamente passaram a fazer parte integrante da comunicação e mais tarde a ser o seu meio principal.
Por sua vez, os acontecimentos políticos das primeiras décadas do século XX, e a velocidade do progresso tecnológico impulsionaram novas formas de viver a vida e de organização social.
E por último, o aparecimento do computador pessoal e o incremento do uso dos telefones móveis, revolucionaram por completo as formas de comunicação.
O Design autonomizou-se ligado às teorias idealistas dos princípios do século XX e as suas principais funções eram as de tornar iguais as condições de vida de todas as classes sociais, e de produzir séries de objectos que, sendo atingíveis por todas as bolsas, seriam, no entanto, para além de úteis, de aspecto cuidado e agradável para que se quebrasse o efeito da producção em série. Estas intenções foram rapidamente desvirtuadas, dando lugar a producções assinadas e ligadas à ideia de produtos de luxo. A sociedade de consumo apoderou-se do Design.
Após o impulso das Artes Conceptuais dos anos 60, o uso de técnicas de vídeo, de fotografia e de informática é banal agora entre os artístas plásticos, antes ligados apenas à Pintura ou à Escultura, e o campo de actividades dos Designers de Comunicação volta a ser aparentemente comum com o de outras actividades de Artes Plásticas.
O que destingue o trabalho do designer passa a ser o sentido de ‘mensagem a transmitir’ e o de investigação dos melhores meios de a transmitir. Pode ainda ser considerado um trabalho social responsável.
É uma escolha dos designers a direcção que vão tomar as suas opções temáticas, como vão utilizá-las e integrá-las nos seus projectos. Não menos importante é a forma em como vão organizar e empregar os seus conhecimentos.
Beatriz Gentil
Para falarmos em inovação ou descoberta temos que saber o que está para trás na História do Design, o que já existe, as razões porque existe, as condições que provocaram as correntes artísticas que apoiaram a maior revolução no Design, ou mesmo que fizeram com que o Design fosse considerado uma disciplina autónoma, diferenciada das Artes que até aí o tinham englobado.
A teoria que sustenta os projectos que vão ser desenvolvidos basear-se-á em teorias que já foram debatidas, aceites ou rejeitadas em tempos diferentes da História e na evolução dessas teorias de acordo com as formas de organização da vida das comunidades, o desenvolvimento das tecnologias e o papel preponderante da comunicação provocado por alguns desses desenvolvimentos.
O indiscutível primado da imagem sobre o texto a que temos vindo a assistir responsabiliza-nos sobre conteudos e manipulação de significados. O designer não é mais um transmissor de mensagens, é um criador de mensagens.
Sabemos que, por exemplo a fotografia, desde os seus primeiros tempos foi alvo de manipulação, com melhores (qualidade da fotografia) ou piores intentos (subverter a História).
Sabemos que o aparecimento do cinema foi um dos princípios da ilusão dos mundos virtuais, que teve repercuções sociais antes desconhecidas.
A construção da imagem e da página gráfica foi moldada por estas duas novas técnicas, que lentamente passaram a fazer parte integrante da comunicação e mais tarde a ser o seu meio principal.
Por sua vez, os acontecimentos políticos das primeiras décadas do século XX, e a velocidade do progresso tecnológico impulsionaram novas formas de viver a vida e de organização social.
E por último, o aparecimento do computador pessoal e o incremento do uso dos telefones móveis, revolucionaram por completo as formas de comunicação.
O Design autonomizou-se ligado às teorias idealistas dos princípios do século XX e as suas principais funções eram as de tornar iguais as condições de vida de todas as classes sociais, e de produzir séries de objectos que, sendo atingíveis por todas as bolsas, seriam, no entanto, para além de úteis, de aspecto cuidado e agradável para que se quebrasse o efeito da producção em série. Estas intenções foram rapidamente desvirtuadas, dando lugar a producções assinadas e ligadas à ideia de produtos de luxo. A sociedade de consumo apoderou-se do Design.
Após o impulso das Artes Conceptuais dos anos 60, o uso de técnicas de vídeo, de fotografia e de informática é banal agora entre os artístas plásticos, antes ligados apenas à Pintura ou à Escultura, e o campo de actividades dos Designers de Comunicação volta a ser aparentemente comum com o de outras actividades de Artes Plásticas.
O que destingue o trabalho do designer passa a ser o sentido de ‘mensagem a transmitir’ e o de investigação dos melhores meios de a transmitir. Pode ainda ser considerado um trabalho social responsável.
É uma escolha dos designers a direcção que vão tomar as suas opções temáticas, como vão utilizá-las e integrá-las nos seus projectos. Não menos importante é a forma em como vão organizar e empregar os seus conhecimentos.
Beatriz Gentil
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home