terça-feira, janeiro 04, 2005

Design Editorial

Na Sociedade da Informação e do Conhecimento em que vivemos, os nossos sentidos são ininterruptamente aturdidos por uma miríade de imagens, caracteres, símbolos, marcas, logos e aplicações multimédia. Daí resulta uma espécie de
Babel visual, onde paradoxalmente são poucas as referências que sobrevivem ao filtro da memória e escapam à usura do tempo.
Neste contexto, o design assume uma importância capital. É indispensável encontrar fórmulas de comunicação visual que, no meio do turbilhão imagético de hoje, sejam capazes de convocar os sentidos. Daqui se infere, muito claramente, que a funcionalidade do objecto gráfico já não é suficiente para o sucesso da mensagem. Para que tal aconteça é necessária a fruição visual desse mesmo objecto gráfico, ou seja, que a forma assuma a mesma importância do conteúdo ou
da função.
Tendo em conta esta premissa, um factor impõe-se como crucial ao desenvolvimento de projectos de design: a emoção. O Homem é um ser eminentemente emotivo, o que implica uma forma de interacção com o mundo que o rodeia mais empírica do que racional. Aliás, o neurologista português António Damásio defende no ensaio O Erro de Descartes que as emoções são determinantes no processo de tomada das decisões.... racionais, justamente.
A disciplina de Grafismos pode ser o palco das vossas "actuações".

Eduardo Aires
Janeiro 2005