RELAÇÃO SOM/IMAGEM
Bárbara Castelo Branco
Nos primórdios do audiovisual o som era tido como um acompanhamento à imagem para mais expressividade e intensidade. No cinema, por exemplo, o som ambiente muitas vezes serve para intensificar uma cena quer seja romântica ou de terror. Na televisão pode ser utilizado para identificação imediata de um programa, dar importância a um personagem, estimular a recordação de eventos, etc.
No entanto, a imagem também exprime e ilustra o som. Todo o artista de música comercial não dispensa o videoclip para o seu novo single, ou seja, usa a imagem como meio de promover a música. No início dos anos 90, surgiu um novo fenómeno conhecido como VJing, uma performance multimédia com música e video ao vivo manejados por um Video Jockey. Neste caso, a imagem foi aliada ao já conhecido acto de remisturar música ao vivo por um Disc Jockey, ilustrando o som.
Sem dúvida que a visão e a audição são os dois sentidos que hoje em dia mais utilizamos e provavelmente por isso os mais apelados.
No audiovisual o relacionamento entre estes dois sentidos ainda deixa algumas dúvidas. Como poderemos saber quando é que um som se adequa perfeitamente a uma imagem e vice versa? Será por intuição? Por sensações que nos possam provocar? Poderá haver uma relação para além do sentido entre som e imagem?
Estas perguntas surgiram no início do projecto quando comecei a refletir sobre o tema “Relacionamento som/imagem”. Com o intuito de lhes dar resposta dei por mim a desenvolver uma ideia para relacionar estas duas vertentes numa narrativa audiovisual que se tornaria no objecto de estudo. Após algumas indecisões relativamente à metodologia do projecto, resolvi aproveitar o facto de estar a trabalhar com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC) para usufruir das suas instalações relativamente novas, bastante limpas, brancas e luminosas. Desta forma, fotografei, com pouca velocidade e por isso com arraste, uma personagem vestida de preto, para criar contraste, a percorrer edifício procurando sempre espaços com pouca informação. Obtive resultados interessantes onde a personagem aperesenta várias formas e em alguns casos manchas desfiguradas. Apartir destas imagens (já realizadas) estou a montar um video onde posteriormente aplicarei a ideia que acima mencionada. Esta consiste na utilização de uma grelha (com a forma de linhas de uma pauta de música) sobre as imagens e encontrar pontos de referência (tons cromáticos, contrastes, formas evidentes) traduzindo-os em notas musicais. Com rítmo pré-definido por mim irei transformar os resultados na melodia base dom som do projecto.
A ideia surgiu de uma aula de Desenho Gráfico II no primeiro semestre, onde realizamos um exercício que consistia em traduzir três minutos de som em imagem. Desta forma, pretendo fazer o contrário, utilizando as imagens como meio de obter o som. Pretendo criar um relacionamento entre imagem e som quase físico para que, através deste esquema, se torne verdadeiro.
Nos primórdios do audiovisual o som era tido como um acompanhamento à imagem para mais expressividade e intensidade. No cinema, por exemplo, o som ambiente muitas vezes serve para intensificar uma cena quer seja romântica ou de terror. Na televisão pode ser utilizado para identificação imediata de um programa, dar importância a um personagem, estimular a recordação de eventos, etc.
No entanto, a imagem também exprime e ilustra o som. Todo o artista de música comercial não dispensa o videoclip para o seu novo single, ou seja, usa a imagem como meio de promover a música. No início dos anos 90, surgiu um novo fenómeno conhecido como VJing, uma performance multimédia com música e video ao vivo manejados por um Video Jockey. Neste caso, a imagem foi aliada ao já conhecido acto de remisturar música ao vivo por um Disc Jockey, ilustrando o som.
Sem dúvida que a visão e a audição são os dois sentidos que hoje em dia mais utilizamos e provavelmente por isso os mais apelados.
No audiovisual o relacionamento entre estes dois sentidos ainda deixa algumas dúvidas. Como poderemos saber quando é que um som se adequa perfeitamente a uma imagem e vice versa? Será por intuição? Por sensações que nos possam provocar? Poderá haver uma relação para além do sentido entre som e imagem?
Estas perguntas surgiram no início do projecto quando comecei a refletir sobre o tema “Relacionamento som/imagem”. Com o intuito de lhes dar resposta dei por mim a desenvolver uma ideia para relacionar estas duas vertentes numa narrativa audiovisual que se tornaria no objecto de estudo. Após algumas indecisões relativamente à metodologia do projecto, resolvi aproveitar o facto de estar a trabalhar com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC) para usufruir das suas instalações relativamente novas, bastante limpas, brancas e luminosas. Desta forma, fotografei, com pouca velocidade e por isso com arraste, uma personagem vestida de preto, para criar contraste, a percorrer edifício procurando sempre espaços com pouca informação. Obtive resultados interessantes onde a personagem aperesenta várias formas e em alguns casos manchas desfiguradas. Apartir destas imagens (já realizadas) estou a montar um video onde posteriormente aplicarei a ideia que acima mencionada. Esta consiste na utilização de uma grelha (com a forma de linhas de uma pauta de música) sobre as imagens e encontrar pontos de referência (tons cromáticos, contrastes, formas evidentes) traduzindo-os em notas musicais. Com rítmo pré-definido por mim irei transformar os resultados na melodia base dom som do projecto.
A ideia surgiu de uma aula de Desenho Gráfico II no primeiro semestre, onde realizamos um exercício que consistia em traduzir três minutos de som em imagem. Desta forma, pretendo fazer o contrário, utilizando as imagens como meio de obter o som. Pretendo criar um relacionamento entre imagem e som quase físico para que, através deste esquema, se torne verdadeiro.
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