A construcção de uma identidade do humano
Bruno Oliveira
Como podemos explicar o movimento constante à volta de uma ideia do corpo que se vai tornando cada vez mais difusa, ao ponto de observarmos o seu eventual desvanecimento? Podemos asso-ciar esses sinais ao deslocamento e ao desvanecimento das fronteiras que nos habituamos a desenhar em redor da ideia do corpo, limites esses fundamentais para
a construcção de uma identidade do humano. Essa batalha intensa que faz do organismo humano participa na construcção e desfocagem, por exemplo, da velha dualidade cartesiana entre corpo e mente, da oposição entre orgânico e mecânico (o homem e a máquina), ou mesmo da linha de separação entre a vida e a morte.
Dentro desta noção mais plástica do corpo, encontro-me numa fase de captação de imagens que são construídas na base e conceito de material, que deve ser entendido de forma desfuncionalizada do corpo e mesmo como uma desumanização
das imagens enquanto corpo.
Embora nesta fase de trabalho os materiais existentes se relacionem directamente com o conceito exótico de corpo enquanto imagem, o objectivo é perceber quais são os limites deste material que servirá de apoio a quebrar com algumas noções deste mesmo conceito. Um caminho a seguir para perceber até que ponto estas imagens podem ser
utilizadas como suporte de trabalho são as novas técnologias.
As novas tecnologias alteram culturalmente a nossa percepção do corpo humano, de um sistema naturalmente auto-regulado para um objecto artificialmente controlado e electronicamente transformado. A manipulação digital da aparência do corpo (e não do corpo propriamente dito) expressa claramente a plasticidade da nova identidade do corpo físico.
Observamos regularmente este fenómeno, quer seja através das representações mediáticas de corpos idealizados ou imaginados, de projecções gráficas maleáveis e cambiantes em realidade virtual, ou de corporifi-cações visuais em rede da presença dos utilizadores. Desenvolvimentos paralelos nas tecnologias têm finalmente nos permitido expandir essa plasticidade imaterial para os corpos físicos. A pele não é mais uma barreira imutável que contém e define o corpo no espaço. Ao contrário, ela se torna o local de transmutações contínuas. Mais que tornar visível o invisível, é necessário elevar a nossa consciência do que permanece firmemente além do nosso alcance visual, mas que, apesar de tudo, nos afecta directamente.
Como podemos explicar o movimento constante à volta de uma ideia do corpo que se vai tornando cada vez mais difusa, ao ponto de observarmos o seu eventual desvanecimento? Podemos asso-ciar esses sinais ao deslocamento e ao desvanecimento das fronteiras que nos habituamos a desenhar em redor da ideia do corpo, limites esses fundamentais para
a construcção de uma identidade do humano. Essa batalha intensa que faz do organismo humano participa na construcção e desfocagem, por exemplo, da velha dualidade cartesiana entre corpo e mente, da oposição entre orgânico e mecânico (o homem e a máquina), ou mesmo da linha de separação entre a vida e a morte.
Dentro desta noção mais plástica do corpo, encontro-me numa fase de captação de imagens que são construídas na base e conceito de material, que deve ser entendido de forma desfuncionalizada do corpo e mesmo como uma desumanização
das imagens enquanto corpo.
Embora nesta fase de trabalho os materiais existentes se relacionem directamente com o conceito exótico de corpo enquanto imagem, o objectivo é perceber quais são os limites deste material que servirá de apoio a quebrar com algumas noções deste mesmo conceito. Um caminho a seguir para perceber até que ponto estas imagens podem ser
utilizadas como suporte de trabalho são as novas técnologias.
As novas tecnologias alteram culturalmente a nossa percepção do corpo humano, de um sistema naturalmente auto-regulado para um objecto artificialmente controlado e electronicamente transformado. A manipulação digital da aparência do corpo (e não do corpo propriamente dito) expressa claramente a plasticidade da nova identidade do corpo físico.
Observamos regularmente este fenómeno, quer seja através das representações mediáticas de corpos idealizados ou imaginados, de projecções gráficas maleáveis e cambiantes em realidade virtual, ou de corporifi-cações visuais em rede da presença dos utilizadores. Desenvolvimentos paralelos nas tecnologias têm finalmente nos permitido expandir essa plasticidade imaterial para os corpos físicos. A pele não é mais uma barreira imutável que contém e define o corpo no espaço. Ao contrário, ela se torna o local de transmutações contínuas. Mais que tornar visível o invisível, é necessário elevar a nossa consciência do que permanece firmemente além do nosso alcance visual, mas que, apesar de tudo, nos afecta directamente.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home