domingo, dezembro 26, 2004

IMPORTANTE! dados fotografia 06 jan

Alunas e alunos do 5º ano de Fotografia II, incluindo alunas(os) erasmus!

Informação necessária para a exposição de Fotografia 5º ano no Museu a realizar a 18 de Janeiro de 2004:

Nome da(o) "artista"
Formato e suporte do trabalho da fotografia (urgente)
Título do trabalho - Se existente
Data limite para resposta - 6 de janeiro

enviar para vosso colega Rui Silva:
coisasdomacaquinho@hotmail.com

domingo, dezembro 19, 2004

primeira mutacao


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Ana Brandao 2004
fotografia II

sexta-feira, dezembro 17, 2004

parabéns aos participantes

jose duarte wrote:

Caro professor,

Estou neste momento em Barcelona (Erasmus) e tenho tentado acompanhar o que se vai passando por aí, precisamente, através do blog. No entanto, para além de dar os meus parabéns aos participantes (como já tive oportunidade de o fazer a alguns) este e-mail serve também para comunicar que é do meu total interesse tentar acompanhar os projectos da disciplina e em Fevereiro apresentar um conjunto de fotografias recolhidas em Barcelona. Este meu projecto nao teve como ponto de partida um interesse específico - ou tema determinado - a nao ser a simples necessidade de captar imagens como que se tratasse de uma memória fotográfica.
Atenciosamente,
José Duarte
Dec 17, 2004

sem titulo 2


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Marco Silva 2004
Fotografia II

sem titulo


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Claudia Silva 2004
Fotografia II

saio da banheira1


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João Vladimiro 2004
Fotografia II

O melhor de dois mundos


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Rui Silva 2004
Fotografia II

quinta-feira, dezembro 16, 2004

E Eu...


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Cátia Rodrigues 2004
Fotografia II

sem titulo # 08


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Pedro Teixeira 2004
Fotografia II

(i)muta_#769;veis


(i)muta_#769;veis, originally uploaded by quintoanodesign.

Sofia Suarez 2004
Fotografia II

Rodas da engrenagem

AnaVieira 2004
Fotografia II

fragmento de composicao

Joana Granja 2004
fotografia II

VULTO


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Ana Araujo 2004
Fotografia II

quarta-feira, dezembro 15, 2004

braco


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joana mafalda martins 2004
fotografia II

narcisismo


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saraRodrigues 2004
Fotogarfia II

abastanca01


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Sofia Leal 2004
Fotografia II

pai


pai, originally uploaded by quintoanodesign.

Pedro Messias 2004
Fotografia II

exp8a


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"Where are all these stupid people from
and how did they get to be so dumb
Bred on purple mountain range
Feed amber waves of grains
To lesser human beings, zero feelings"

nofx, the decline

terça-feira, dezembro 14, 2004

matilde1


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Matilde 2004
Fotografia II

"Encontro com a imaginação"


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Bárbara Castelo Branco 2004
Fotografia II

belaxmonstro


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Filipe Barreira 2004
Fotografia II

joana campos imag


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Joana Campos 2004
Fotografia II

blog


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Maria Joana 2004
Fotografia II

edifespel2


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Dária Salgado 2004
Fotografia II

Passagens


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Ligia Costa 2004
Fotografia II

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Oblique Strategies

Links para sites dedicados às "Oblique Strategies" de Brian Eno e Peter Schmidt, utilizadas na aula de Desenho Gráfico II de 13 de Dezembro:

http://www.rtqe.net/ObliqueStrategies/

http://eno.sb.org/oblique.html

http://www.joh.net/oblique.html

http://www.topix.com/~sean/oblique.htm

e ainda uma versão em pdf, para quem quiser imprimir as cartas:

http://www.stretta.com/~matthew/resources/oblique/oblique.pdf



coleoptero


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Micaela Amaral 2004
Fotografia II

sexta-feira, dezembro 10, 2004

transmorfos3


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Bruno Oliveira. Fotografia 2

transmorfos2


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Bruno Oliveira. Fotografia 2

transmorfos1


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Bruno Oliveira. Fotografia 2

medo Selma Flor


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quinta-feira, dezembro 09, 2004

IMPORTANTE: 17 de Dezembro, 6ª feira 14h30

Dia 17 de Dezembro, 6ª feira 14h30
Local sala 402
Reunião de Professores e Alunos do 5º ano

IMPORTANTE: 16 de Dezembro, 5ª feira 15h00

Dia 16 de Dezembro, 5ª feira 15h00
local Aula Magna
Projecto UNICER/Café BOGANI
Apresentação por responsáveis de Comunicação da Unicer, de concurso interno aos alunos do 4º e 5º anos da FBAUP, para animação gráfica de colecção de chávenas e respectivos pires para café. Haverá um primeiro prémio que será uma viagem para duas pessoas a Londres. Outros prémios consistirão em valores de compras de material na Papelaria Fernandes.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Deller Bats 1


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The Bats. Still from Memory Bucket  2003
Courtesy of the artist

Deller Untitled-1


Deller---Untitled-1, originally uploaded by quintoanodesign.

Untitled, 2003
Courtesy of the Modern Institute, Glasgow

Jeremy Deller


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nasceu em Londres em 1966

o Anúncio

Jeremy Deller recebe Prémio Turner com vídeo sobre o Texas

O artista britânico Jeremy Deller foi ontem distinguido com o Prémio Turner, um dos mais importantes do mundo na área das artes plásticas, pelo vídeo

"Memory Bucket - a film about Texas", que documenta a sua viagem por aquele estado norte-americano, desde Crawford, onde se situa o rancho do Presidente George W. Bush, a Waco, onde em 1993 uma seita provocou o massacre de 74 pessoas. O júri elogiou Deller pela "generosidade de espírito expressa numa sucessão de projectos". No catálogo da exposição com as obras dos candidatos, que pode ser vista na Tate Britain, Londres, até 23 de Dezembro, Deller, que era apontado como o principal favorito, é descrito como um "alquimista, um antropologista social preocupado em recontextualizar o passado recente e em revelar histórias escondidas que se afastam de uma visão predominante". Os outros candidatos eram: Yinka Shonibare (de origem nigeriana, foi escolhido pela exposição individual numa galeria londrina); Kutlug Ataman (de ascendência turca, era finalista com uma série de vídeo instalações); e a dupla Ben Langlands e Nikki Bell (seleccionados por um conjunto de trabalhos de vídeo, fotografia e animação digital realizados após a visita, em 2001, a uma casa do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, no Afeganistão). O Prémio Turner, criado em 1984, é atribuído a artistas britânicos ou estrangeiros radicados no Reino Unido com menos de 50 anos. Deller vai receber 59 mil euros e revelou-se pouco à-vontade após receber o prémio: "Tem sido uma experiência desagradável. É um acontecimento estranho. Confesso que não parece real."


Público, 07 de Dezembro de 2004

terça-feira, dezembro 07, 2004

"Existe um homem que tem o costume de me dar com um guarda-chuva na cabeca"


GM.IMG_2901, originally uploaded by quintoanodesign.

por Daniela Graca DG.IMG2901

"Existe um homem que tem o costume de me dar com um guarda-chuva na cabeca"


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por Daniela Graca DG.IMG2900

técnicas de "cut-up"

Site dedicado a técnicas de "cut-up", na sequência das referências a William S. Burroughs e Brion Gysin (aula de Desenho Gráfico II, 6 de Desembro de 2004):

http://www.reitzes.com/cutup.html

segunda-feira, dezembro 06, 2004

A partir de “O Medo”

O texto que seleccionei para este projecto é “O Medo” de Guy de Maupassant. Aqui são abordadas experiências de um personagem, nas quais teve medo. De uma forma bastante descritiva, o autor explica essas experiências, mas não reflecte suficientemente sobre esse sentimento. Na tentativa de tentar perceber o que é realmente o medo, na sua vertente mais extrema, resolvi investigar. Dessa pesquisa resultou o resumo que se segue, que integra os aspectos que me pareceram mais relevantes para a posterior produção de imagens de uma forma mais consciente. Existem diferentes tipos de medos e fobias considerados doenças, que limitam a vida das pessoas. Cada vez com mais frequência os consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas recebem casos destes. O medo patológico diferencia-se do medo normal por várias razões: não tem razão objectiva; não tem por base a realidade concreta; o próprio paciente sabe ser absurdo o que sente; provoca uma aflição e ansiedade desmedoidas e é acompanhado de sintomas físicos (falta de ar; sudorese, palpitação, mãos frias...). A visão mais neurológica e orgânica desta pesquisa delimita as áreas do cérebro responsáveis pelo medo patológico e elementos cerebrais relacionados com ele. Sabe-se, hoje em dia, que as amígdalas (estruturas cerebrais localizadas na região das têmporas) têm a função de identificar situações de perigo. Estas reconhecem uma ameaça porque são alimentadas pelo sistema límbico, que é uma parte do cérebro que constitui uma espécie de banco de memória das ameaças á pessoa, é portanto a memória do medo. Aqui são armazenadas informações sobre experiências em que o medo foi adquirido por trauma ou aprendizagem. As pessoas consideradas fóbicas apresentam uma hiperactividade desta parte do cérebro. O nosso corpo reage principalmente, numa situação de ameaça real ou não, ao nível do cérebro, olhos, coração, pulmões e estômago. Ao nível do cérebro, as amígdalas cerebrais enviam um sinal ao hipotálamo (região de controlo do metabolismo) para que seja intensificada a produção de adrenalina, noradrenalina e acetilcolina. Numa fracção de segundo, a descarga dessas substâncias causa alterações no funcionamento de diversas partes do corpo. Nos olhos, a química do medo faz com que as pupilas se dilatem. Isso diminui a capacidade de a pessoa reparar nos detalhes que a cercam, mas aumenta o poder de visão geral. Em tempos ancestrais, esse recurso permitia que o homem identificasse, no escuro das cavernas, um predador e as possíveis rotas de fuga. No coração e pulmões, o aumento do nível de adrenalina eleva os batimentos cardíacos. A maior irrigação sanguínea faz com que o cérebro e músculos trabalhem mais intensamente, deixando a pessoa alerta e ágil. O facto do coração bater acelerado exige maior oxigenação, daí porque a respiração se torna mais curta e ofegante. Muitas pessoas, em situações de medo, sentem dor na região estomacal. Isto acontece devido ao aumento da produção de acetilcolina. A libertação em maior quantidade e sucos gástricos acelera a digestão e a transformação dos alimentos em energia. Os fóbicos, de maneira geral, apresentam traços de personalidade em comum. Normalmente são pessoas que tiveram uma educação rígida, estimuladora da ordem, da consequência e do compromisso. São pessoas excessivamente preocupadas com o julgamento alheio, com a opinião dos outros a seu respeito, são perfeccionistas e determinados. Os portadores de fobia costumam ter alto senso de responsabilidade, bom desempenho profissional e avidez pelos desafios da vida social. Contudo, a origem da fobia é ainda misteriosa. A herança genética dos traços ansiosos da personalidade, a aprendizagem das reacções diante do perigo, e as alterações dos neurotransmissores são possíveis explicações para este fenómeno. Geneticamente já se sabe que os filhos de pais fóbicos têm 15% de possibilidade de ter este comportamento na idade adulta e que 2% das pessoas com traços de timidez na personalidade desenvolve fobia social no decorrer da vida. Pretendo que o resultado do meu trabalho integre as seguintes características: que reflicta o imaginário de um doente que sofre de medo patológico; que sejam acentuados os sintomas e as mudanças que se dão a nível físico; que, se possível, mostre a maior consciência do todo que o medo provoca; e que o resultado sejam imagens de grande formato, reflectindo assim o carácter desproporcional do medo.

FOTOGRAFÍA II | PROJECTO 01 SELMA FLOR

‹‹O FASCÍNIO DO PEQUENO LAGO›

Partir de um conteúdo literário e ilustrá-lo é o objectivo desta proposta de trabalho. Sendo a escolha arbitrária ou livre do ponto de vista individual, a opção centra-se no livro ‹‹Os contos de Virginia Woolf››, mais concretamente o conto ‹‹O fascínio do pequeno lago››. Esta opção justifica-se essencialmente nas questões que a Virginia Woolf trata na sua literatura - a Humanidade, a Efemeridade, a Existência, o Espelho, a Máscara, etc; por outras palavras, a evanescente matéria da vida, um universo que diz respeito aos Homens no sentido global da existência, e ao Homem no seu carácter mais profundo e particular. Fragmentando a sua reflexão, em apenas um conto - ‹‹o fascínio do pequeno lago››, representa uma metáfora da vida, através do seu lado matérico (imagens do exterior que se reflectem na superfície da água, neste caso num pequeno lago; e o seu lado imatérico (pensamentos de pessoas depositados no interior do lago). O binómio Exterior/Interior condensa todo o conteúdo literário. Esta bipolaridade pode ser vista aos olhos de Platão como o mundo sensível, o mundo das aparências, de trevas, de mentiras e mal - Exterior representado pela superfície do lago, no qual se espelha o mundo que o circunda (reflexo de um cartaz que anuncia a venda da casa onde está situado o lago) e o mundo supra sensível, o inteligível onde tem lugar as ideias, o eterno e o imutável - Interior representado pela profundidade do lago onde estão depositados pensamentos (das pessoas que por ali passaram) a "meditação, a ruminação de uma mente".

‹‹O FASCÍNIO DO PEQUENO LAGO›

Deveria ter tido uma grande profundidade — certamente não seria possível ver-lhe o fundo. Em redor da margem havia um rebordo tão espesso de juncos que os seus reflexos causavam uma escuridão semelhante à escuridão da água muito profunda. No entanto havia no centro algo de branco. A grande quinta que fica a uma milha dali ia ser vendida e alguma pessoa zelosa, ou talvez possa ter sido a brincadeira de alguma criança, havia colado um dos cartazes que anunciava a venda, com cavalos, utensílios para agricultura e vitelas, num toco de árvore ao lado do lago. O centro da água reflectia o cartaz branco e quando o vento soprava o centro do lago parecia ondular e oscilar como uma peça de roupa lavada. Podia-se entrever na água as grandes letras vermelhas em que Romford Hill estava impresso. Havia um tom avermelhado no verde que ondulava de margem a margem.

Todo o tipo de fantasias, queixas, segredos
Mas se uma pessoa se sentasse entre os juncos e olhasse para o lago — os lagos têm um fascínio curioso, não sabemos ao certo qual — as letras vermelhas e pretas e o papel branco pareciam jazer como uma fina película sobre a água, enquanto por baixo permanecia alguma profunda vida subaquática como a meditação, a ruminação de uma mente. Muitas, muitas pessoas devem ter ido lá sozinhas, de tempos a tempos, de idade em idade, deixando cair os seus pensamentos na água, fazendo-lhe alguma pergunta, como alguém que a fizesse a si próprio nesta noite de Verão. Talvez fosse esta a razão do seu fascínio — o facto de encerrar nas suas águas todo o tipo de fantasias, queixas, segredos, não impressos ou ditos em voz alta, mas num estado líquido, flutuando uns por cima dos outros, quase descarnados. Um peixe poderia atravessá-los a nado, poderiam ser cortados ao meio pela lâmina de uma cana. Ou a lua poderia aniquilá-los com o seu grande prato branco. O encanto do lago residia no facto de lá terem sido depositados pensamentos por pessoas que haviam partido e sem os seus corpos os seus pensamentos vagueavam por ali livres, cordiais e comunicativos, no fundo comum.

Ficar sentados e de olhar para dentro dos lagos.
Entre todos esses pensamentos líquidos alguns pareciam juntar-se e formar pessoas reconhecíveis — apenas por um momento. E via-se um rosto avermelhado de bigodes formado no lago, debruçado sobre ele, a beber da sua água. Eu vim cá em 1851 depois do calor da Grande Exposição. Vi a rainha inaugurá-la. E a voz falava num riso abafado, líquida, fácil, como se se tivesse desfeito das suas botinas e colocado o chapéu alto na margem do lago. Meu Deus, que calor estava! e agora tudo terminado, tudo desfeito, claro, pareciam dizer os pensamentos, oscilando entre as canas. Mas eu era uma amante, começou outro pensamento, deslizando lentamente sobre o outro de forma silenciosa e ordenada como peixes que não se obstruem o caminho. Uma rapariga; costumávamos vir para aqui descendo da quinta (o cartaz da sua venda reflectia-se na superfície das águas) naquele Verão, em 1662. Os soldados nunca nos viam da estrada. Fazia muito calor. Ficávamos ali deitados. Ela escondia-se, deitada nos juncos com o seu amante, rindo para o lago e fazendo deslizar para dentro dele pensamentos de amor eterno, de beijos ousados e desespero. E eu estava muito feliz, dizia outro pensamento dando uma olhadela brusca ao desespero da rapariga (porque ela tinha-se afogado). Costumava vir pescar aqui. Nunca apanhámos a carpa gigante mas uma vez vimo-la — no dia em que Nelson combateu em Trafalgar. Vimo-la debaixo do salgueiro — palavra de honra! que monstro era! Dizem que nunca foi apanhada. Ai, ai, suspirou uma voz, escorregando sobre a voz do rapaz. Uma voz tão triste só pode vir do fundo do lago. Erguia-se por debaixo das outras tal como uma colher levanta todas as coisas numa taça com água. Esta era a voz que todos desejávamos ouvir. Todas as vozes deslizaram gentilmente até à berma do lago para ouvir a voz que, parecendo tão triste — devia seguramente saber a razão de tudo isto. Porque todos desejavam saber. Uma pessoa aproximava-se do lago e abria caminho entre as canas para poder ver a uma profundidade maior, através dos reflexos, através dos rostos, através das vozes, até ao fundo. Mas ali, por baixo do homem que tinha estado na Exposição, e da rapariga que se afogara e do rapaz que tinha visto o peixe; e da voz que gritava ai! ai!, havia sempre, no entanto, ainda alguma coisa. Havia outra cara, outra voz. Um pensamento vinha e cobria outro. Porque, apesar de haver momentos em que uma colher parece estar prestes a levantar-nos a todos, e todos os nossos pensamentos e desejos e questões e confissões e desilusões para a luz do dia, de alguma maneira a colher acaba sempre por escorregar e voltamos a cair pela margem de novo para dentro do lago. E mais uma vez todo o seu centro está coberto pelo reflexo do cartaz que anuncia a venda da quinta de Romford Mill. Talvez seja por isso que gostamos de ficar sentados e de olhar para dentro dos lagos.

Imagens ao encontro do pensamento e da memória
Depois de elaborada uma análise do conto ao nível do conteúdo ou dos conceitos implícitos, as condições reúnem-se para que em termos imagéticos se soltem elementos estruturantes e fundamentais na sua resolução prática. No conto, a realidade Exterior é-nos apresentada apenas através de um espelho, ou seja, através de elementos reflectidos na superfície do lago, e a realidade Interior através da profundidade do lago, onde jazem pensamentos, sendo estes relatos vivênciais do passado, ou seja, acções ou acontecimentos. Em suma, nunca há imagens directas da realidade, há sempre um filtro, sendo neste caso o espelho (do exterior) e o pensamento (memória), ou seja, imagens reproduzidas (criadas) na cabeça da personagem. É através destes elementos que o trabalho ao nível prático/fotográfico vai ser conduzido ou orientado. Produzir imagens com referência ao nível do reflexo, do espelho para retratar um Exterior (matérico) e produzir imagens através do artifício da luz (por ex.) que vá ao encontro do pensamento e da memória (imatérico).

Textos sobre o projecto visual de Dária Joana Teixeira Salgado, 5o ano Fotografia II Novembro de 2004

sábado, dezembro 04, 2004

Diane Arbus


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Identical twins, Roselle, N.J.
1967

Diane Arbus

Teenage couple on Hudson Street, N.Y.C.
1963

Robert Capa


Robert Capa, originally uploaded by quintoanodesign.

Battle of Rio Segre, near Fraga (Aragon front), November 7, 1938. Vintage gelatin silver print. 7 1/8 x 9 1/2 inches.
Courtesy Howard Greenberg Gallery, NY

Juan-Manuel Castro Prieto


Juan-Manuel Castro Prieto, originally uploaded by quintoanodesign.

Cespedosa, 1993
Edition de 7, B&W Gelatin silver Print
98 x 123 cm
Juan-Manuel Castro Prieto / Courtesy VU La Galerie

Jean-Philippe Charbonnier


Jean-Philippe Charbonnier, originally uploaded by quintoanodesign.

Les jambes de Marisa, 1978
Courtesy galerie Agathe Gaillard, Paris

Henri Cartier-Bresson


Henri Cartier-Bresson, originally uploaded by quintoanodesign.

Italie, nu, 1933
Courtesy galerie Agathe Gaillard, Paris

Elinor Carucci


Elinor Carucci, originally uploaded by quintoanodesign.

Eran kisses me goodnight, 2000. C-print. 70 x 100 cm, Edition of 8
Courtesy Fifty One Fine Art Photography, Anvers

Beatrix von Conta


Beatrix von Conta, originally uploaded by quintoanodesign.

Tel Quel, 2003 - Série : Tel Quel, 1999-2003. Photographie couleur 30 x 40 cm
Courtesy Le Réverbère, Lyon

sexta-feira, dezembro 03, 2004

NITRAPHOT 500 w e 11.000 lumens


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quinta-feira, dezembro 02, 2004

construa você mesmo um sistema de iluminação!

Sistema de iluminação para fotografia e video
Luz contínua
lâmpadas com casquilho normal (de rosca):
OSRAM NITRAPHOT B
500 w 220-230 v
E27
temperatura de cor 3.200/3.400 graus Kelvin
atenção!
Os casquilhos devem ser de cerâmica.
Utilizar a luz com difusores (vegetal de engenharia por ex.) e/ou com reflectores (esferovite).
Quando utilizar películas de cor (negativo ou diapositivo) deverão ser do tipo "T" (tungsténio)
e o resto com criatividade...

adriano rangel (fotoII)